À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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e conforme a melhora do paciente ir reduzindo a<br />
98 dose lentamente.<br />
ciente para manter o controle.<br />
surgem vesículas, pápulas, pequenos sulcos e coriadas;<br />
99<br />
Os broncodilatadores <strong>de</strong> longa duração po<strong>de</strong>m<br />
ser associados quando não há um controle<br />
a<strong>de</strong>quado, mesmo com doses altas <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>s<br />
inalatórios. A monoterapia com esta medicação<br />
<strong>de</strong>ve sempre ser evitada.<br />
n Equivalência, resumida, <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>s<br />
inalatórios utilizados no Brasil<br />
FáRMACO<br />
DOSE<br />
BAixA<br />
DOSE<br />
MéDiA<br />
DOSE<br />
ALTA<br />
Beclometasona 250 500 1000<br />
Bu<strong>de</strong>sonida 200 400 800<br />
Fluticasona 100-200 250 500<br />
Ciclesonida 80 160 320<br />
n Por exemplo, Beclometasona nas<br />
apresentações <strong>de</strong> 250 Mcg e 50 Mcg:<br />
Dose baixa: 50 Mcg, 2 jatos <strong>de</strong> 12/12 horas;<br />
dose média: 250 Mcg, 1 jato <strong>de</strong> 12/12 horas;<br />
Dose alta: 250 Mcg, 2 jatos <strong>de</strong> 12/12 horas.<br />
oBS.: A beclometasona é a única medicação<br />
que <strong>de</strong>ve ser sempre usada <strong>de</strong> 12/12 horas.<br />
n recoemdações para uso <strong>de</strong><br />
dispositivos inalados em crianças<br />
aerossol dosimetrado (“spray”) com<br />
espaçador e máscara facial<br />
• Retirar a tampa<br />
• Agitar o dispositivo<br />
• Acoplar o dispositivo ao espaçador<br />
• Posicionar a máscara do espaçador no rosto da<br />
criança<br />
• Acionar o dispositivo<br />
• Deixar a criança respirar normalmente, se possível<br />
<strong>de</strong> boca aberta, por 10 a 20 segundos<br />
• Para subseqüentes aplicações, todo processo<br />
<strong>de</strong>verá ser repetido, ou seja, a cada dose, o<br />
dispositivo <strong>de</strong>verá ser agitado.<br />
n Tratamento <strong>de</strong> manutenção baseado no<br />
estado <strong>de</strong> controle<br />
Se durante a avaliação o paciente não se encontra<br />
controlado, <strong>de</strong>ve ser promovido o incremento<br />
do esquema terapêutico, aumentando-se<br />
a dose da medicação.<br />
Quando o controle for alcançado, <strong>de</strong>ve-se manter<br />
a medicação, na mesma dose, por pelo menos<br />
três a seis meses, quando então a medicação<br />
<strong>de</strong>verá ser reduzida lentamente, para a dose sufi-<br />
O tratamento i<strong>de</strong>al é o que mantém o paciente<br />
controlado e estável, com a menor dose <strong>de</strong> medicação<br />
possível.<br />
Se o controle esperado não for obtido consi<strong>de</strong>rar:<br />
1) A<strong>de</strong>são ao tratamento; 2) Erro na técnica<br />
<strong>de</strong> uso dispositivo inalatório; 3) A presença <strong>de</strong><br />
fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes ou agravantes, 4) Erro no<br />
diagnóstico; 5) asma <strong>de</strong> difícil controle.<br />
A asma <strong>de</strong> difícil controle po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida<br />
como falta <strong>de</strong> controle a<strong>de</strong>quado da doença,<br />
quando são usadas as doses máximas recomendadas<br />
dos fármacos inalatórios, após um período<br />
variável <strong>de</strong> três a seis meses. nestes casos é primordial<br />
a verificação da a<strong>de</strong>são ao tratamento e<br />
uso correto da técnica inalatória. Será então necessário<br />
<strong>de</strong>scartar doenças concomitantes ou que<br />
simulem asma e portanto o encaminhamento ao<br />
especialista é recomedado.<br />
Além <strong>de</strong> pacientes com asma <strong>de</strong> difícil controle,<br />
<strong>de</strong>verão ser encaminhados ao especialista,<br />
pacientes nas seguintes situações: dúvida sobre o<br />
diagnóstico da doença e pacientes com doenças<br />
concomitantes, que compliquem a asma.<br />
2.5 DERMATOSES DE<br />
INTERESSE PEDIáTRICO<br />
NA ATENÇÃO BáSICA<br />
2.5.1 DERMATOZOONOSES<br />
2.5.1.1 ESCABIOSE<br />
doença contagiosa causada por um ácaro, o<br />
Sarcoptes scabiei varieda<strong>de</strong> hominis, sem preferência<br />
por sexo, ida<strong>de</strong> ou raça.<br />
n reservatório: homem doente.<br />
n Transmissão: pelo contato direto com a pessoa<br />
infestada e menor possibilida<strong>de</strong> através<br />
<strong>de</strong> objetos inanimados como vestes, toalhas ,<br />
lençóis.<br />
n Período <strong>de</strong> incubação: po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> um dia<br />
a seis semanas. novos episódios na mesma <strong>de</strong>terminam<br />
períodos <strong>de</strong> incubação menores.<br />
n Diagnóstico: clínico e/ou pela visualização do<br />
ácaro à microscopia do raspado da lesão ou<br />
biópsia <strong>de</strong> pele.<br />
n clínica: após a penetração do ácaro na pele<br />
crostículas hemorrágicas. O prurido é intenso<br />
e maior durante a noite. As lesões acometem<br />
as regiões interdigitais, punhos (face anterior),<br />
axilas (pregas anteriores), mamilos, região peri-umbelical,<br />
genitália e sulco interglúteo. nos<br />
lactentes, lesões também palmo-plantares, no<br />
couro cabeludo, face e pescoço.<br />
n Sarna norueguesa ou crostosa: quadro clínico<br />
que ocorre em imunossuprimidos, <strong>de</strong>snutridos<br />
e institucionalizados. Caracteriza-se pela<br />
presença <strong>de</strong> crostas espessas, ou por uma <strong>de</strong>rmatite<br />
generalizada com intensa <strong>de</strong>scamação.<br />
Extremamente contagiosa <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> ácaros existentes nas lesões.<br />
n Forma nodular: encontrada no pós- tratamento,<br />
como reação do organismo aos produtos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação parasitária. Pápulas e nódulos<br />
muito pruriginosos, eritematosos ou acastanhados,<br />
sendo freqüente em crianças quando<br />
ocorre o acometimento da genitália.<br />
observações:<br />
• na presença <strong>de</strong> uma higiene pessoal a<strong>de</strong>quada<br />
existe maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção do<br />
ácaro po<strong>de</strong>ndo dificultar o diagnóstico. Portanto,<br />
sempre pensar em escabiose na presença <strong>de</strong><br />
prurido, buscando-se o vínculo epi<strong>de</strong>miológico<br />
(mãe, babás, e outros contatos com sinais e sintomas<br />
semelhantes);<br />
• o uso ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> corticoterapia tópica ou<br />
sistêmica favorece o surgimento <strong>de</strong> um quadro<br />
clínico que se alastra, <strong>de</strong> localização atípica,<br />
com lesões <strong>de</strong> aspecto eritematoso, urticado<br />
e eczematoso;<br />
• nos lactentes as lesões urticadas e eczematosas<br />
po<strong>de</strong>m mascarar o quadro clínico.<br />
n complicação: infecção bacteriana secudária<br />
pelo ato <strong>de</strong> coçar.<br />
n Tratamento: tratar o doente e os contactantes.<br />
TraTaMENTo TÓPico:<br />
n lindano a 1%: não <strong>de</strong>ve ser usado em menores<br />
<strong>de</strong> 6 meses, gestantes, nutrizes, e, em<br />
lesões escoriadas. Aplicar uma única vez, <strong>de</strong>ixar<br />
na pele por oito horas e lavar com água e<br />
sabão, não repetir antes <strong>de</strong> 7 dias;<br />
n permetrina a 5 %: bem menos irritante que<br />
a <strong>de</strong>ltametrina. Po<strong>de</strong> ser utilizada em gestan-<br />
tes, nutrizes, menores <strong>de</strong> 1 ano, e lesões es-<br />
n benzoato <strong>de</strong> benzila a 25%: muito irritante<br />
quando aplicado em lesões escoriadas. Tentar<br />
evitar diluições usando o produto sem esfregá-lo<br />
sobre a pele, somente tocando-se as<br />
lesões, ou então utilizá-lo na diluição <strong>de</strong> 1:3<br />
partes em água. Usar por três a sete noites;<br />
n monossulfiram sol. alcoólica 25 %: diluir 1:3<br />
partes em água e utilizar por duas noites;<br />
n enxofre precipitado a 3% ou 6% em vaselina<br />
ou pasta d'água: Usar por três a cinco noites;<br />
n tiabendazol a 5%: duas vezes ao dia durante<br />
uma semana.<br />
n aplicar os medicamentos evitando-se o contato<br />
com as mucosas.<br />
TraTaMENTo SiSTÊMico:<br />
n ivermectina (comp.6mg): utilizada para maiores<br />
<strong>de</strong> 15kg. dose única: 200 microgramas /<br />
kg, repetir com 7 dias.<br />
n outras medicações: anti-histamínicos para<br />
alívio do prurido, antibioticoterapia sistêmica<br />
em casos <strong>de</strong> infecção secundária, corticói<strong>de</strong><br />
tópico nas reações pápulo-nodulares-pruriginosas<br />
pós- tratamento, e queratolítico (vaselina<br />
salicilada 3%) e anti-escabicida na lesões<br />
escamosas e crostosas.<br />
rEcoMENDaÇÕES:<br />
n tratar o doente;<br />
n afastar da escola ou creche até 24 horas após<br />
o término do tratamento;<br />
n tratar ao mesmo tempo todos que tiveram<br />
contato cutâneo com o doente e apresentam<br />
sinais e sintomas <strong>de</strong> escabiose, para evitar a<br />
reinfestação;<br />
n isolar o doente hospitalizado para evitar surtos<br />
em enfermarias, e a transmissão para os<br />
profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
n trocar e lavar a roupa <strong>de</strong> banho e <strong>de</strong> cama diariamente;<br />
n buscar casos no convívio: família, resi<strong>de</strong>ntes<br />
do mesmo domicilio do doente, escolas, creches<br />
tratando-os rapidamente;<br />
n consi<strong>de</strong>rar fracasso terapêutico a presença <strong>de</strong>