À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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acteriana secundária e manchas hiper ou hi-<br />
108 pocrômicas residuais.<br />
• i<strong>de</strong>ntificar e eliminar o agente causador;<br />
em crianças menores <strong>de</strong> cinco anos nos países em trição saudável para crianças menores <strong>de</strong> 5 anos 109<br />
n Tratamento:<br />
• combate aos insetos voadores;<br />
• proteção contra picadas pela utilização <strong>de</strong><br />
telas e mosquiteiros;<br />
• tratamento <strong>de</strong> animais domésticos infestados.<br />
<strong>de</strong>ve-se tomar cuidado na utilização <strong>de</strong> repelentes<br />
tópicos pelo risco <strong>de</strong> sensibilização e toxicida<strong>de</strong>.<br />
Utilizar anti-histamínicos por via oral, loções<br />
tópicas com calêndula a 2%. Corticói<strong>de</strong>s tópicos.<br />
nas complicações bacterianas: antibióticos<br />
tópicos (neomicina, ácido fusídico, mupirocina)<br />
ou sistêmicos (penicilina benzatina, eritromicina,<br />
amoxacilina, azitromicina).<br />
A <strong>de</strong>ssensibilização com vacinas <strong>de</strong> uso oral<br />
é discutível, as <strong>de</strong> uso subcutâneo são indicadas<br />
para os casos graves, ou naqueles que mantêm<br />
reação importante após a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssensibilização<br />
natural.<br />
2.5.6.2 URTICÁRIA<br />
na infância é comum a urticária aguda, cujo episódio<br />
não ultrapassa quatro a seis semanas, o que<br />
facilita a <strong>de</strong>tecção do agente <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante.<br />
Clínica: o diagnóstico é fácil e po<strong>de</strong> ser buscado<br />
pela relação temporal que varia <strong>de</strong> alguns segundos<br />
até mais <strong>de</strong> vinte e quatro horas entre a exposição<br />
e o aparecimento das lesões típicas, as urticas.<br />
São lesões eritematoe<strong>de</strong>matosas (elevadas e lisas),<br />
sem nenhuma escama ou alteração <strong>de</strong> superfície.<br />
Surgem em qualquer parte do corpo, em pequeno<br />
ou gran<strong>de</strong> número, <strong>de</strong> tamanhos e formas variadas.<br />
Aparecem e <strong>de</strong>saparecem sem <strong>de</strong>ixar vestígio<br />
(são fugazes). O prurido está sempre presente.<br />
Os exames laboratoriais via <strong>de</strong> regra não são<br />
necessários. A dosagem <strong>de</strong> IgE específica (rAST) e<br />
os testes cutâneos <strong>de</strong> leitura imediata são <strong>de</strong> pouca<br />
valia na investigação da causa (falsa correlação).<br />
diversos são os agentes implicados: drogas,<br />
inalantes, infecções, alimentos, contactantes, picadas<br />
<strong>de</strong> insetos e <strong>de</strong> artrópo<strong>de</strong>s, fatores físicos e<br />
doenças sistêmicas. Sem dúvida os medicamentos<br />
são os mais implicados (sulfas, penicilinas, aspirina,<br />
dipirona, anti-inflamatórios não hormonais,<br />
anticonvulsivantes...) mas também, as plantas,<br />
pêlos <strong>de</strong> animais, perfumes, tintas, vírus, verminoses,<br />
crustáceos, corantes e conservantes, linfomas,<br />
frio, calor, exercício etc.<br />
n Tratamento:<br />
• anti-histamínicos sistêmicos (droga <strong>de</strong> eleição<br />
). <strong>de</strong>ve-se evitar o uso <strong>de</strong> doses ina<strong>de</strong>quadas<br />
e a interrupção precoce do tratamento.<br />
Manter até uma ou duas semanas após<br />
o <strong>de</strong>saparecimento completo das lesões.<br />
na urticária leve usar anti-histamínicos por<br />
via oral:<br />
• <strong>de</strong>xclorfeniramina: 0,2mg a 0,5mg / kg<br />
/ dia <strong>de</strong> 8/8h ou 12/12h.;<br />
• hidroxizina: 1 a 2mg / kg / dia <strong>de</strong> 12/12 h;<br />
• cetirizina: 5mg / dia (2 a 6 anos) e 10 mg<br />
/ dia (> 6anos);<br />
• loratadina: 5mg / 24h (6 a 12 anos) e<br />
10mg/24h (> 12 anos);<br />
• clemastina: 0,125 mg / dose, duas vezes<br />
ao dia (< 1 ano ), 0,150 mg / dose, duas<br />
vezes ao dia (1 a 3 anos), 0,250 mg / dose<br />
duas vezes ao dia ( 3 a 6 anos );<br />
• <strong>de</strong>sloratadina: 1mg dia (6m a 12 meses)<br />
e 1,5 mg dia (1 a 2 anos);<br />
• ebastina: 2,5 mg / dia (2 a 6 anos) e 5 mg<br />
/ dia (6 a 12 anos).<br />
nos casos mo<strong>de</strong>rados, porém sem comprometimento<br />
sistêmico (urticária gigante, lesões múltiplas<br />
com prurido intenso, angioe<strong>de</strong>ma): aplicar adrenalina<br />
solução milesimal 0,01 ml / kg (máx. 0,5m l)<br />
subcutâneo; corticói<strong>de</strong>s orais: prednisona ou prednisolona:<br />
1 a 2 mg / kg / dia <strong>de</strong> 12/12h durante<br />
cinco dias e anti-histamínicos por via oral.<br />
na anafilaxia (comprometimento sistêmico:<br />
dispnéia, taquicardia, hipotensão, vômitos) provi<strong>de</strong>nciar<br />
a hospitalização. Será necessário o uso <strong>de</strong><br />
adrenalina solução milesimal subcutânea, po<strong>de</strong>ndo-se<br />
repetir após intervalo <strong>de</strong> 15 minutos. Corticói<strong>de</strong>s<br />
endovenosos ( hidrocortisona ou metilprednisolona).<br />
hidratação venosa e oxigenioterapia.<br />
2.6 DESNUTRIÇÃO<br />
A <strong>de</strong>snutrição energético-protéica em crianças<br />
menores <strong>de</strong> cinco anos ainda é um dos mais<br />
sérios problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública em evidência<br />
nos países do terceiro mundo, pela alta morbida<strong>de</strong><br />
e mortalida<strong>de</strong>;<br />
É a segunda causa mais freqüente <strong>de</strong> morte<br />
<strong>de</strong>senvolvimento;<br />
Segundo a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
(OMS), o termo “<strong>de</strong>snutrição energético-protéica”,<br />
comumente chamada <strong>de</strong>snutrição infantil, engloba<br />
um grupo <strong>de</strong> condições patológicas resultantes<br />
da falta concomitante <strong>de</strong> calorias e proteínas,<br />
em proporções variáveis, que acomete com maior<br />
freqüência <strong>de</strong> lactentes e pré-escolares;<br />
A <strong>de</strong>snutrição infantil tem conseqüências <strong>de</strong>sastrosas<br />
não apenas para a saú<strong>de</strong> e sobrevida<br />
das crianças, mas também mina o potencial <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento humano <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> uma nação, perpetuando a pobreza e o sub<strong>de</strong>senvolvimento;<br />
Apesar <strong>de</strong> o indicador peso/altura ser reconhecido<br />
como mais a<strong>de</strong>quado para acompanhar<br />
o perfil nutricional das crianças do país, o indicador<br />
peso/ida<strong>de</strong>, tem sido freqüentemente usado<br />
para as crianças menores <strong>de</strong> 2 anos como alternativa,<br />
<strong>de</strong>vido a dificulda<strong>de</strong>s operacionais não solucionadas<br />
para a medida peso/estatura;<br />
<strong>de</strong> acordo com o peso/ida<strong>de</strong>, a prevalência da<br />
<strong>de</strong>snutrição no Brasil nos 6 primeiros meses é muito<br />
baixa (0,4%), mas aumenta em 6 vezes entre as<br />
crianças <strong>de</strong> 6 a 11 meses, indicando que as crianças<br />
menores <strong>de</strong> 1 ano são priorida<strong>de</strong> indiscutível<br />
para as ações da <strong>de</strong>snutrição infantil;<br />
Impõe-se, no mínimo, o incansável estímulo ao<br />
aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e mantê-lo<br />
até os 2 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e a cuidadosa orientação<br />
durante a alimentação complementar ao seio;<br />
Crianças classificadas como <strong>de</strong>snutridas ou em<br />
risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição através das curvas <strong>de</strong> percentil<br />
<strong>de</strong> gráficos <strong>de</strong> crescimento, como é o caso do<br />
Cartão Criança, <strong>de</strong>vem ser prioritárias para a intervenção<br />
nutricional e <strong>de</strong>vem ser ajudadas a retornar<br />
à sua nutrição normal da forma mais efetiva<br />
e no menor tempo possível;<br />
O objetivo é evitar conseqüências graves e <strong>de</strong>sastrosas<br />
para as crianças, incluindo déficit <strong>de</strong>finitivo<br />
<strong>de</strong> crescimento, <strong>de</strong>senvolvimento e até morte;<br />
A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição no município <strong>de</strong> <strong>Vitória</strong>,<br />
segundo dados <strong>de</strong> peso/ida<strong>de</strong> colhidos dos relatórios<br />
do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> <strong>Vitória</strong>,<br />
PSF/2001, estava em torno <strong>de</strong> 5,0% na população<br />
menor <strong>de</strong> 5 anos;<br />
O município tem se esforçado na redução <strong>de</strong>ssa<br />
taxas, promovendo curso <strong>de</strong> capacitação para<br />
os profissionais do PSF em cuidados infantis, nu-<br />
e recuperação nutricional em nível domiciliar para<br />
uma atuação mais efetiva junto às famílias;<br />
Os trabalhadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que atuam na comunida<strong>de</strong><br />
têm um papel primordial na prevenção da<br />
<strong>de</strong>snutrição e na reabilitação das crianças <strong>de</strong>snutridas.<br />
não cabe a eles acabar com a pobreza, mas é <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong> do trabalhador <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prevenir a<br />
doença e tratar as crianças por ela acometidas.<br />
O seu campo <strong>de</strong> ação está não apenas na Unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, mas principalmente nos domicílios<br />
das crianças, motivando, reforçando a autoestima<br />
e apoiando as mães a adotarem práticas<br />
<strong>de</strong> cuidados infantis que possibilitem a recuperação<br />
do estado nutricional da criança e a prevenção<br />
<strong>de</strong> novas recaídas.<br />
2.6.1 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO<br />
DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL NO<br />
AMBULATÓRIO E DOMICÍLIO<br />
O atendimento ambulatorial e na comunida<strong>de</strong><br />
não é recomendável para crianças severamente<br />
<strong>de</strong>snutridas que apresentam: sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação<br />
severa com inconsciência; distúrbio eletrolítico<br />
grave ou choque ou convulsões; sinais <strong>de</strong> infecção<br />
grave localizada ou disseminada; ulcerações<br />
<strong>de</strong> córnea; anemia grave que necessite <strong>de</strong><br />
correção transfusional;<br />
Esses pacientes <strong>de</strong>vem inicialmente ser tratados<br />
no hospital até a estabilização do quadro, quando<br />
então <strong>de</strong>vem ser encaminhados à recuperação<br />
nutricional no ambulatório e domicílio;<br />
PaSSoS rEcoMENDaDoS<br />
1º PASSO<br />
n diagnóstico da <strong>de</strong>snutrição, gravida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>cisão<br />
do local <strong>de</strong> tratamento:<br />
• Anamnese <strong>de</strong>talhada e exame físico minucioso;<br />
• história alimentar <strong>de</strong>talhada (pesquisar erro<br />
alimentar, história <strong>de</strong> alergia alimentar ou<br />
outras causas que justifiquem o quadro <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>snutrição atual);<br />
• Pesar e medir a criança e selecionar para<br />
recuperação nutricional caso peso/estatura<br />
esteja abaixo do Percentil 3 (P3);<br />
• Exames complementares <strong>de</strong> rotina: hemograma<br />
/ EAS / Cultura <strong>de</strong> urina / EPF 3 amostras.