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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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uma <strong>de</strong>rmatose freqüente na faixa etária pediátri-<br />

106 ca, <strong>de</strong> maior ocorrência no verão (<strong>de</strong>vido ao calor intensos, em crianças <strong>de</strong> baixa ida<strong>de</strong> e nos <strong>de</strong>s-<br />

Placa eritemato-e<strong>de</strong>matosa, <strong>de</strong> superfície lisa evolução, da faixa etária acometida e da gravida- 107<br />

e umida<strong>de</strong>), e em condições <strong>de</strong> higiene precária,<br />

má nutrição, imuno<strong>de</strong>pressão. Tem importância<br />

por sua fácil disseminação em coletivida<strong>de</strong>s (creches,<br />

escolas) e no meio hospitalar.<br />

O quadro clínico varia <strong>de</strong> acordo com o microorganismo<br />

causal, sua virulência, a resposta imune<br />

do indivíduo, e o sítio da infecção (superficial, profunda,<br />

ou em anexos cutâneos). Encontra-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

manifestações leves à casos <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong> clínica.<br />

E, uma mesma bactéria po<strong>de</strong> provocar diferentes<br />

entida<strong>de</strong>s clínicas. Como exemplo, o estafilococo<br />

que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o aparecimento <strong>de</strong> impetigo,<br />

periporite, hidra<strong>de</strong>nite, celulite, ou hordéolo.<br />

2.5.5.1 IMPETIGO<br />

Infecção cutânea superficial (acomete a epi<strong>de</strong>rme)<br />

provocada por cocos gram-positivos. Comum<br />

em crianças, altamente contagiosa, com lesões<br />

satélites aparecendo por auto-inoculação. há<br />

linfa<strong>de</strong>nopatia regional, estado geral preservado,<br />

e cura sem <strong>de</strong>ixar cicatriz.<br />

n clínica:<br />

• impetigo bolhoso: infecção pelo Stahylococcus<br />

aureus com localização preferencial<br />

em face, dobras e tronco. A característica da<br />

lesão é <strong>de</strong> uma vesícula com evolução rápida<br />

para bolha flácida <strong>de</strong> conteúdo inicial citrino<br />

e <strong>de</strong>pois purulento. disseca formando crosta<br />

fina e acastanhada na borda, <strong>de</strong> aspecto circinado<br />

( lembra queimadura <strong>de</strong> cigarro ). Ocorre<br />

cura central e crescimento centrífugo.<br />

• impetigo não bolhoso: infecção pelo Streptococcus<br />

beta-hemolítico do grupo A, às vezes<br />

Staphylococcus aureus, ou a associação <strong>de</strong> ambos<br />

na mesma lesão. Localização preferencial na<br />

face ( ao redor do nariz da boca ) e tronco. A<br />

característica da lesão é <strong>de</strong> uma vesícula sobre<br />

base eritematosa, <strong>de</strong> rompimento precoce e formação<br />

<strong>de</strong> crosta serohemática espessa. há confluência<br />

das lesões e não ten<strong>de</strong> a circinação.<br />

n Tratamento:<br />

• limpeza da região com sabões antissépticos<br />

ou neutros;<br />

• antibioticoterapia tópica: nos casos com<br />

poucas lesões. Mupirocina, fusidato <strong>de</strong> sódio,<br />

neomicina + bacitracina, gentamicina.<br />

• antibioticoterapia sistêmica: nos casos mais<br />

nutridos. Eritromicina 40 mg / kg / dia <strong>de</strong> 6/6h,<br />

amoxacilina 20 a 40 mg / kg / dia <strong>de</strong> 8/8h, cefalexina<br />

50mg / kg / dia <strong>de</strong> 6/6h.<br />

2.5.5.2 ECTIMA<br />

Infecção ulcerada da pele que atinge a <strong>de</strong>rme<br />

e o tecido celular sub-cutâneo. Prevalece no<br />

clima tropical, e em condições <strong>de</strong> mau estado <strong>de</strong><br />

higiene e nutrição.<br />

n clínica: lesão inicial efêmera, uma vésico-pústula<br />

que evolui para úlcera recoberta por crosta<br />

serohemática seca, espessa e a<strong>de</strong>rente com<br />

borda eritematosa. A retirada da crosta mostra<br />

o fundo recoberto por secreção. <strong>de</strong>ixa cicatriz<br />

ao involuir e predomina nos membros<br />

inferiores com uma ou mais lesões. O principal<br />

patógeno é o estreptococo. Em crianças<br />

imuno<strong>de</strong>primidas, a pseudomonas.<br />

n Tratamento: igual ao do impetigo<br />

2.5.5.3 ERISIPELA<br />

n agente etiológico: Streptococcus beta-hemolítico<br />

do grupo A.<br />

n clínica: envolve a <strong>de</strong>rme e os linfáticos superficias.<br />

Tem início abrupto, cursa com sintomas<br />

gerais (febre, anorexia, calafrios...). Frequentemente<br />

há porta <strong>de</strong> entrada (solução <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong><br />

na pele próxima à lesão). Localização<br />

em membros inferiores (predomínio) e face.<br />

Placa eritematosa e brilhante, com linfangite<br />

e a<strong>de</strong>nite satélite. A lesão é dolorosa, circunscrita<br />

e elevada, com borda bem <strong>de</strong>marcada<br />

po<strong>de</strong>ndo ocorrer vesículas ou bolhas sobre<br />

a lesão.<br />

n Tratamento: antibioticoterapia sistêmica. Penicilina<br />

Procaína: 30 a 50.000 UI/kg/dia 2x ao dia,<br />

por sete dias; cefalosporina <strong>de</strong> 1ª geração: cefalexina<br />

25 a 50mg/kg/dia <strong>de</strong> 6/6h por sete dias.<br />

2.5.5.4 CELULITE<br />

n agentes etiológicos: estreptococco, estafilococco,<br />

hemófilus influenzae.<br />

n clínica: envolve o tecido celular subcutâneo a<br />

partir <strong>de</strong> uma ferida superficial, ou por disseminação<br />

hematogênica, ou ainda pela propagação<br />

<strong>de</strong> uma infecção profunda. Cursa com sintomas<br />

gerais (febre, calafrios, mal estar), e locais (dor).<br />

e opaca, sem limites nítidos, com aumento da<br />

temperatura local e dolorosa.<br />

• Estreptococco: atinge a <strong>de</strong>rme profunda<br />

e hipo<strong>de</strong>rme. Pequenos traumas atuam<br />

como porta <strong>de</strong> entrada. Presença <strong>de</strong><br />

eritema vivo e intenso, e<strong>de</strong>ma doloroso,<br />

linfangite, a<strong>de</strong>nite regional, bordos bem<br />

<strong>de</strong>limitados, avanço rápido, capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> recidiva.<br />

• Estafilococco: atinge mais a hipo<strong>de</strong>rme,<br />

com eritema menos intenso e bordos mal<br />

<strong>de</strong>finidos.<br />

• hemófilus influenzae: importante nas<br />

celulites <strong>de</strong> face, orbitárias e pré septal.<br />

obs: em recém - natos e lactentes menores <strong>de</strong> três<br />

meses: Streptococcus do grupo B ou bactérias<br />

gram negativas. Nos lactentes acima dos três<br />

meses e em pré-escolares: S. aureus, S. pyogenes<br />

(há evidência <strong>de</strong> porta <strong>de</strong> entrada), S. pneumoniae,<br />

H. influenzae.<br />

n Tratamento: antibioticoterapia sistêmica,<br />

levando-se em consi<strong>de</strong>ração o agente<br />

etiológico provável.<br />

2.5.5.5 INFECÇÃO DOS<br />

FOLÍCULOS PILOSOS<br />

n agente etiológico: Stafilococcus aureus.<br />

• osteofoliculite: acomete somente o óstio<br />

folicular com formação <strong>de</strong> pústula superficial.<br />

• foliculite: inflamação do folículo piloso<br />

em toda a sua extensão.<br />

• furúnculo: acomete o folículo piloso e<br />

a glândula sebácea anexa levando à sua<br />

<strong>de</strong>struição, com eliminação <strong>de</strong> material<br />

necrótico e cicatrização.<br />

• hordéolo: infecção bacteriana dos cílios<br />

e glândulas <strong>de</strong> meibomius.<br />

• periporite: infecção bacteriana que acomete<br />

a glândula sudorípara écrina.<br />

• hidra<strong>de</strong>nite: inflamação das glândulas<br />

apócrinas.<br />

n Tratamento: antibioticoterapia sistêmica.<br />

n recomendações:<br />

nas pio<strong>de</strong>rmites, o tratamento varia <strong>de</strong> acor-<br />

do com a extensão do processo, do tempo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> da clínica.<br />

nos cuidados locais orienta-se a limpeza com<br />

água e sabão ou soluções antissépticas, a remoção<br />

das crostas e tecidos <strong>de</strong>svitalizados, e a drenagem<br />

<strong>de</strong> coleções purulentas.<br />

O uso criterioso dos antibióticos tópicos (neomicina<br />

+ bacitracina, gentamicina, mupirocina,<br />

ácido fusídico), e dos <strong>de</strong> uso sistêmico (Penicilina,<br />

eritomicina, azitromicina, claritromicina, cefalosporina,<br />

oxacilina, amoxacilina, amoxacilina+ácido<br />

clavulânico, cloranfenicol..) evita a sensibilização<br />

com reação sistêmica posterior e o aparecimento<br />

<strong>de</strong> resistência bacteriana.<br />

Em geral, as pio<strong>de</strong>rmites superficiais (impetigos)<br />

não requerem internação. A hospitalização <strong>de</strong>ve<br />

ser consi<strong>de</strong>rada para crianças <strong>de</strong>snutridas, imunocomprometidas<br />

e récem natos <strong>de</strong>vido a maior probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> complicações. A celulite <strong>de</strong> face em<br />

crianças requer tratamento endovenoso pelo elevado<br />

risco <strong>de</strong> complicações e letalida<strong>de</strong>.<br />

2.5.6 REAÇÕES DE<br />

HIPERSENSIBILIDADE<br />

2.4.6.1 ESTRÓFULO OU PRURIGO<br />

AGUDO INFANTIL<br />

reação <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> tardia às picadas<br />

<strong>de</strong> insetos, como mosquitos, pulgas e carrapatos<br />

sendo pouco freqüente em menores <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong>vido<br />

à menor exposição, e rara após os sete anos.<br />

Po<strong>de</strong> acontecer cura espontânea por uma <strong>de</strong>ssensibilização<br />

específica natural da pele após picadas<br />

recorrentes. Crianças com constituição atópica são<br />

freqüentemente acometidas.<br />

n clínica: as lesões surgem tanto em áreas expostas<br />

do corpo (picada <strong>de</strong> insetos voadores),<br />

quanto nas superfícies cobertas (insetos não<br />

voadores). Presença <strong>de</strong> pápulas enduradas, ou<br />

pápulas encimadas por minúsculas vesículas<br />

(seropápulas), dispostas aos pares, com distribuição<br />

linear e muito pruriginosas. A escoriação<br />

das lesões leva a formação <strong>de</strong> crostas hemáticas<br />

na superfície das mesmas. Lesões similares<br />

à distância (i<strong>de</strong>s), e reativação <strong>de</strong> lesões<br />

pré - existentes po<strong>de</strong>m ocorrer após coçadura<br />

ou novas picadas. A reação anafilática<br />

é raramente <strong>de</strong>scrita. É freqüente a infecção

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