À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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As medidas preventivas <strong>de</strong>vem visar somente os<br />
128 grupos com risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as formas graves da lares, adolescentes e adultos e se caracteriza clini-<br />
não há tratamento específico para a <strong>de</strong>ngue, em curso com vacinas <strong>de</strong> vírus vivos atenuados con- 129<br />
infecção pelo B19 (grávidas e portadores <strong>de</strong> anemias<br />
hemolíticas crônicas), sendo indicados a gamaglobulina<br />
humana intravenosa na grávida e o isolamento<br />
<strong>de</strong>stes pacientes em risco <strong>de</strong> evolução grave.<br />
NoTiFicaÇÃo<br />
não é necessário notificar.<br />
2.8.5 DENGUE<br />
doença infecciosa, não contagiosa, causada pelo<br />
vírus <strong>de</strong>ngue. Apresenta amplo espectro clínico, com<br />
<strong>de</strong>staque, no entanto, para duas formas clínicas principais:<br />
a febre clássica do <strong>de</strong>ngue e a febre hemorrágica.<br />
É a arbovirose mais difundida no mundo, ocorrendo<br />
em todos os continentes, com exceção da Europa.<br />
Sua incidência têm aumentado no Brasil, nos<br />
últimos anos, assumindo caráter epidêmico em alguma<br />
regiões, principalmente no verão.<br />
Via DE TraNSMiSSÃo<br />
Picada <strong>de</strong> mosquitos hematofágos do gênero<br />
Ae<strong>de</strong>s, principalmente o Ae<strong>de</strong>s aegypti.<br />
PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />
Varia <strong>de</strong> três a 14 dias, em média <strong>de</strong> cinco a<br />
seis dias.<br />
PErÍoDo DE TraNSMiSSÃo<br />
Inicia-se um dia antes do aparecimento da febre<br />
e vai até o quinto dia da doença (período<br />
<strong>de</strong> viremia).<br />
aGENTE ETiolÓGico<br />
É um vírus rnA. Arbovírus do gênero Flavivirus,<br />
pertencente à família Flaviviridae.<br />
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.<br />
iMUNiDaDE E SUScEPTiBiliDaDE<br />
A susceptibilida<strong>de</strong> ao vírus da <strong>de</strong>ngue é universal.<br />
A imunida<strong>de</strong> é permanente para um mesmo<br />
sorotipo (homóloga). Entretanto, a imunida<strong>de</strong><br />
cruzada (heteróloga) existe temporariamente.<br />
QUaDro clÍNico<br />
O espectro clínico é amplo, variando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> formas<br />
assintomáticas, quadros febris indiferenciados<br />
e febre clássica da <strong>de</strong>ngue até formas graves com<br />
hemorragia, que po<strong>de</strong>m evoluir ou não com cho-<br />
que. A forma clássica é mais freqüente em esco-<br />
camente por síndrome febril aguda, <strong>de</strong> início súbito,<br />
com febre alta, cefaléia, hiperemia conjuntival,<br />
mialgias, dor retro-ocular, artralgias e exantema.<br />
Po<strong>de</strong>m ocorrer fenômenos hemorrágicos cutâneos<br />
(petéquias, equimoses) ou outros tipos <strong>de</strong> sangramento<br />
(gengivorragia, epistaxe, hematúria), mais<br />
freqüentes em adultos e que são <strong>de</strong> leve intensida<strong>de</strong>.<br />
A infecção em geral evolui bem, com duração<br />
<strong>de</strong> quatro a sete dias, po<strong>de</strong>ndo no entanto<br />
persistir a fadiga. Já os lactentes e os pré-escolares<br />
po<strong>de</strong>m apresentar quadro febril inespecífico,<br />
acompanhado ou não <strong>de</strong> exantema.<br />
no <strong>de</strong>ngue clássica o exantema, em 30% dos<br />
casos, surge após o <strong>de</strong>clínio da febre, sendo em<br />
geral do tipo maculopapular; inicia-se no tronco e<br />
dissemina-se posteriormente, po<strong>de</strong>ndo acometer<br />
a região palmo-plantar acompanhado <strong>de</strong> prurido,<br />
mais intenso na fase <strong>de</strong> convalescença.<br />
São também <strong>de</strong>scritos outros padrões <strong>de</strong> exantema,<br />
como por exemplo o tipo escarlatiniforme nas<br />
áreas <strong>de</strong> confluência e o petequial nos membros inferiores.<br />
nos lactentes e pré-escolares o exantema<br />
do tipo maculopapular é que o predomina, disseminado<br />
ou não, po<strong>de</strong>ndo às vezes apresentar-se como<br />
um eritema morbiliforme ou escarlatiniforme.<br />
DiaGNÓSTico laBoraTorial<br />
A confirmação diagnóstica é feita através das<br />
provas específicas, que compreen<strong>de</strong>m:<br />
a) isolamento do vírus – para pesquisa ep<strong>de</strong>miológica.<br />
b) Testes sorológicos – A sorologia <strong>de</strong>ve ser colhida<br />
a partir do sétimo dia <strong>de</strong> doença, priorizando,<br />
no período epidêmico, os pacientes sob<br />
risco (idosos, gestantes, crianças, portadores <strong>de</strong><br />
diabetes mellitus, portadores <strong>de</strong> asma brônquica,<br />
portadores <strong>de</strong> anemia falciforme) e aqueles<br />
com manifetações hemorrágicas. no período<br />
interepidêmico, on<strong>de</strong> ocorre a diminuição<br />
no número <strong>de</strong> casos, a sorologia <strong>de</strong>ve ser feita<br />
em todos os casos suspeitos. Todas as amostras<br />
<strong>de</strong>vem ser encaminhadas ao laboratório central<br />
da SEMUS, inclusive com a data da coleta.<br />
As provas inespecíficas revelam leucopenia com<br />
neutropenia e linfocitose nos primeiros dias <strong>de</strong> doença,<br />
além da trombocitopenia que po<strong>de</strong> eventualmente<br />
ocorrer na forma clássica <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue.<br />
TraTaMENTo E PrEVENÇÃo<br />
estabelecendo-se portanto apenas as medidas <strong>de</strong><br />
suporte para a preservação das funções vitais do<br />
paciente. no controle da febre estão proscritos<br />
medicamentos à base <strong>de</strong> ácido acetilsalícilico e<br />
seus <strong>de</strong>rivados, por suas ações anticoagulante e<br />
irritativa na mucosa gástrica, predispondo a sangramentos<br />
e acidose.<br />
Para a prevenção ainda não se dispõe <strong>de</strong> um<br />
FlUXo DE aTENDiMENTo DoS caSoS DE DENGUE<br />
Sem manifestações<br />
hemorrágicas<br />
Prova do laço negativa<br />
Sem sinais <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong><br />
hemodinâmica<br />
Ambulatório<br />
Reavaliar em 72 h<br />
Presentes<br />
(um ou mais)<br />
Caso suspeito:<br />
Febre + dois ou mais dos<br />
seguintes sinais ou sintomas:<br />
cefaléia, prostração, dor retro-orbitária,<br />
exantema, mialgia e artralgia<br />
Ausentes<br />
Internação Avaliar contagem<br />
<strong>de</strong> Plaquetas<br />
< 50.000 50.000 a 100.000<br />
imunizante eficaz, não obstante os vários estudos<br />
tra os quatro sorotipos, bem como com as <strong>de</strong> engenharia<br />
genética. Portanto, o controle da <strong>de</strong>ngue<br />
<strong>de</strong>ve ser basicamente o combate ao vetor e a vigilância<br />
epi<strong>de</strong>miológica, que envolvem a notificação<br />
dos casos clínicos e a busca ativa dos mosquitos<br />
Ae<strong>de</strong>s aegypti (vigilância entomológica).<br />
Atendimento ambulatorial <strong>de</strong> pacientes com<br />
<strong>de</strong>ngue segundo protocolo da SEMUS 2003<br />
Com ou sem<br />
manifestações<br />
hemorrágicas<br />
Verificar a presença <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> alerta:<br />
Dor abdominal intensa e contínua agitação<br />
ou letargia, vômitos persistentes, pulso<br />
rápido e fraco, hepatomegalia dolorosa,<br />
extremida<strong>de</strong>s frias, <strong>de</strong>rrames cavitários,<br />
cianose, sangramentos espontâneos,<br />
lipotímia, hipotensão arterial, sudorese<br />
profusa, hipotensão postural, hematócrito<br />
alto (Cças>38%, H>% 45%, M>40%),<br />
baixo débito urinário e melhora súbita da<br />
febre até o 5º dia<br />
> 100.000<br />
Internação Acompanhamento<br />
Ambulatório<br />
Ambulatorial Diário<br />
Reavaliar em 48 horas