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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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introdução <strong>de</strong> refeições sólidas, <strong>de</strong> acordo com a ida-<br />

160 <strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento da criança. Apesar <strong>de</strong> a dieta na suspeita <strong>de</strong> alergia alimentar para a criança<br />

criança encontram-se listadas na tabela 2.<br />

161<br />

espessada reduzir os sintomas clínicos do refluxo, o<br />

esôfago permanece exposto ao refluxo ácido, portanto,<br />

essa medida apenas reduz o número ou episódios<br />

<strong>de</strong> regurgitações ou vômitos (12-13).<br />

Em termos <strong>de</strong> restrições alimentares recomendase<br />

evitar as substancias que aumentam a freqüência<br />

dos relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico<br />

inferior como: chocolate, cafeína e alimentos picantes.<br />

recomenda-se também o controle da obesida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> situações como a constipação intestina (3).<br />

Para o lactente jovem é recomendada a postura<br />

elevada, no colo e em <strong>de</strong>cúbito lateral esquerdo,<br />

no leito. Alguns estudos têm <strong>de</strong>monstrado<br />

que a posição em <strong>de</strong>cúbito ventral reduz os episódios<br />

<strong>de</strong> refluxo, porém a Socieda<strong>de</strong> Brasileira e<br />

Americana <strong>de</strong> Pediatria a contraindica, <strong>de</strong>vido ao<br />

risco <strong>de</strong> morte súbita no lactente, principalmente<br />

TABELA 1. Tratamento medicamentoso <strong>de</strong> acordo com<br />

algumas manifestações clínicas associadas ao rGE.<br />

Manifestações<br />

clínicas<br />

RGE e irritabilida<strong>de</strong><br />

/ choro intenso/<br />

disfagia/ dificulda<strong>de</strong><br />

para se alimentar<br />

em lactentes.<br />

RGE e apnéia<br />

RGE e rouquidão/<br />

laringite posterior/<br />

tosse recorrente<br />

RGE e asma<br />

RGE e pneumonia<br />

recorrente<br />

RGE e esofagite<br />

erosiva á<br />

endoscopia<br />

Medicação Observações<br />

Inibidor H2/Inibidor<br />

da bomba <strong>de</strong><br />

prótons (?).<br />

Procinético e Inibidor<br />

H2/Inibidor<br />

da bomba <strong>de</strong> prótons<br />

(?).<br />

Inibidor H2/Inibidor<br />

<strong>de</strong> bomba <strong>de</strong> prótons<br />

(por no mínimo<br />

3 meses)<br />

Inibidor da bomba<br />

<strong>de</strong> prótons<br />

Procinéticos Inibidor<br />

da bomba <strong>de</strong><br />

prótons Cirurgia<br />

Inibidor da bomba<br />

<strong>de</strong> prótons<br />

no primeiro ano <strong>de</strong> vida (14-15).<br />

em aleitamento materno, é indicado retirar o leite <strong>de</strong><br />

vaca e/ou soja da mãe durante duas semanas e avaliar<br />

a melhora clínica. Caso ocorra melhora, é preciso<br />

suplementar a mãe com cálcio oral (500mg/dia),<br />

enquanto a mesma estiver amamentando e em dieta<br />

restritiva. Se, entretanto a criança já faz uso <strong>de</strong> alguma<br />

fórmúla láctea, recomenda-se substituí-la por<br />

fórmula alimentar hidrolisada também ao longo <strong>de</strong><br />

duas semanas para posterior avaliação (16).<br />

A suspensão a exposição à fumaça <strong>de</strong> cigarro<br />

é preconizada (tabagismo passivo) (17).<br />

dOEnçA dO rEFLUXO GASTrOESOFÁGICO<br />

Além das condutas mencionadas acima, o tratamento<br />

farmacológico é recomendado nas situações<br />

<strong>de</strong>scritas na tabela 1. É pru<strong>de</strong>nte verificar os<br />

comentários ressaltados nesta tabela.<br />

A importância do sintoma aumenta se ocorre durante ou após a ingestão <strong>de</strong><br />

alimentos(18). Não há evidências em estudos, até o momento, que <strong>de</strong>monstrem<br />

que a irritabilida<strong>de</strong> esteja associada à esofagite. Frequentemente crianças com disfagia<br />

apresentam doença neurológica associada. Quando a criança apresenta melhora<br />

com a medicação po<strong>de</strong> ser difícil avaliar se ocorreu resposta terapêutica ou<br />

se houve melhora da ansieda<strong>de</strong> dos pais.<br />

No neonato e em prematuros a maior parte doe episódios <strong>de</strong> apnéia não está relacionado<br />

a refluxo. Alguns autores referem as seguintes características associadas<br />

à RGE: apnéia em vigília, apnéia obstrutiva, apnéia, vômitos e cianose concomitantes<br />

(3).<br />

Em escolares e crianças maiores a rouquidão po<strong>de</strong> estar relacionada ao RGE (19). Não<br />

há até o momento estudos controlados e randomizados que <strong>de</strong>monstrem a eficácia<br />

do tratamento com bloqueadores <strong>de</strong> ácido. Apenas estudos com série <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>screvem<br />

o uso <strong>de</strong> IH2 ou IBP para essas situações e com resultados satisfatórios.<br />

Muitos estudos têm <strong>de</strong>monstrado que RGE e Asma po<strong>de</strong>m coexistir, porém sua relação<br />

causal continua sem esclarecimento. Crianças com sintomas <strong>de</strong> RGE e asma <strong>de</strong>vem receber<br />

tratamento para refluxo (comorbida<strong>de</strong>). Crianças com asma <strong>de</strong> difícil controle,<br />

porém sem sintomas específicos <strong>de</strong> RGE precisam ser investigadas com Phmetria <strong>de</strong> 24<br />

horas para avaliar a necessida<strong>de</strong> do tratamento com IBP por três meses ou mais (3).<br />

As macroaspirações são raras e geralmente ocorrem em crianças com déficit neurológico.<br />

Em situações mais graves é indicado o tratamento com fundoplicatura. (20).<br />

Estudos em crianças têm <strong>de</strong>monstrado que o omeprazol na dose <strong>de</strong> 0,7-3.5 mg/kg/<br />

dia contribui para a cicatrização <strong>de</strong> erosões e melhora dos sintomas (18).<br />

As principais medicações disponíveis e empregadas para o tratamento da doença do refluxo na<br />

TABELA 2. Principais drogas usadas no tratamento da DrGE<br />

Droga Mecanismo <strong>de</strong> ação Dose<br />

Cimetidina Inibidor H2 20-40mg/kg/dia<br />

Ranitidina Inibidor H2 5-10mg/kg/dia<br />

Omeprazol 1 Inibidor da bomba <strong>de</strong> prótons 0,7-3,5mg/kg/dia<br />

Lanzoprazol Inibidor da bomba <strong>de</strong> prótons 1.4mg/kg/dia<br />

Metoclopramida 2 Antidopaminérgico, aumenta o tônus do EEI 0,1-0,2mg/kg/dia<br />

Domperidona 3 Antagonista periférico do receptor D2 da dopamina 0,3mg/kg/dose<br />

1 Liberado para > <strong>de</strong> 2 anos<br />

2 Aumenta o tônus do esfíncter esofagiano inferior. Causa sintomas extra-piramidais com freqüência.<br />

3 É um antagonista periférico do receptor D2 da dopamina. Droga efetiva para os indivíduos que apresentam retardo <strong>de</strong> esvaziamento gástrico. Os estudos<br />

<strong>de</strong> revisão sistemática encontraram pequenas evidências com relação a sua eficácia.<br />

recentemente, alguns estudos têm avaliado<br />

o uso do Baclofen, um agonista do receptor do<br />

ácido gama aminobutírico (GABA B) para o tratamento<br />

da drGE. O Baclofen inibe os episódios<br />

<strong>de</strong> relaxamento transitório do esfíncter esofagiano<br />

inferior, principal mecanismo responsável pelo<br />

rGE, sendo uma droga promissora no tratamento<br />

da drGE(20).<br />

2.16 TUBERCULOSE<br />

doença infecto contagiosa <strong>de</strong> transmissão<br />

aérea causada pelo Mycobacterium tuberculo-<br />

2.16.2 DISTRIBUIÇÃO DA DOENÇA POR FAIXA ETÁRIA<br />

≥ 15 anos (85%)<br />

< 15 anos (15%)<br />

90% Tuberculose pulmonar<br />

10% Extra pulmonar<br />

75% Tuberculose pulmonar<br />

25% Extra pulmonar<br />

sis cuja fonte <strong>de</strong> infecção é geralmente um adulto<br />

bacilífero.<br />

2.16.1 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS<br />

Estima-se que 1/3 da população mundial esteja<br />

infectada, isto significa dois bilhões <strong>de</strong> habitantes.<br />

<strong>de</strong>ntre os infectados, 10% adoecerão, sendo<br />

50% no primeiro ano pós-infecção e os outros<br />

50% em qualquer fase da vida.<br />

no Mundo ocorrem três milhões <strong>de</strong> óbitos pela<br />

doença anualmente, no Brasil 6 mil/ano. Atenção especial<br />

<strong>de</strong>ve ser dada às crianças no primeiro ano <strong>de</strong><br />

vida por apresentarem alto risco <strong>de</strong> adoecimento.<br />

70% Baciloscopia positiva<br />

30% Baciloscopia negativa<br />

20% Baciloscopia positiva<br />

80% Baciloscopia negativa

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