17.04.2013 Views

À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4.1 INTRODUÇÃO<br />

das e instituídas, bem como as previstas para o<br />

vel, contribuindo com 1.583 casos (20,7%). a um <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> produto e/ou subs-<br />

174 transporte, po<strong>de</strong>m ser cruciais. Informação escritância<br />

química há aparecimento <strong>de</strong> alterações 175<br />

As intoxicações agudas exógenas constituem<br />

uma percentagem importante dos atendimentos<br />

nos Serviços <strong>de</strong> Urgência dos hospitais Pediátricos<br />

ou Serviços <strong>de</strong> Pediatria. Um número significativo<br />

<strong>de</strong> casos é atendido inicialmente nas estruturas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> locais. As medidas aqui <strong>de</strong>fini-<br />

4.2 EPIDEMIOLOGIA<br />

ta com a história clínica e medidas já tomadas <strong>de</strong>verão<br />

sempre acompanhar o paciente encaminhado<br />

ao hospital.<br />

O médico <strong>de</strong>ve estar preparado para tratar <strong>de</strong><br />

forma imediata o doente e não o tóxico, qualquer<br />

que seja o seu local <strong>de</strong> atuação.<br />

casos registrados <strong>de</strong> intoxicação humana e em crianças menores <strong>de</strong> 10anos, por faixas etárias.<br />

ToXcEN, 2005.<br />

Agente/Tipo <strong>de</strong> solicitação Humana < 1 ano 1–4 anos 5–9 anos<br />

Medicamentos 2411 119 647 184<br />

Agrotóxico-agrícola 539 5 29 10<br />

Agrotóxico-domiciliar 187 6 41 9<br />

Produto veterinário 36 7 2<br />

Raticidas 94 2 21 2<br />

Prod uso domiciliar 627 18 334 36<br />

Cosméticos 98 8 51 6<br />

Produto químico 338 12 106 25<br />

Metais 25 2 10 2<br />

Drogas <strong>de</strong> abuso 1235 1 5<br />

Plantas 239 7 100 55<br />

Alimentos 367 7 42 35<br />

Aninal peçonhento – cobra 129 1 7 9<br />

Aninal peçonhento – aranha 71 4<br />

Aninal peçonhento – escorpião 149 14 24<br />

Outros animais peçonhentos 277 2 29 47<br />

Animais não peçonhentos 287 11 37 39<br />

Outro 57 4 13 11<br />

DesDesconhecido 482 11 90 51<br />

Total geral 7648 215 1583 559<br />

no Brasil, assim como no Espírito Santo, os dados<br />

sobre intoxicações estão concentrados nos Centros<br />

<strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Intoxicações distribuídos pelo<br />

país. Esses dados são compilados, analisados e divulgados<br />

pelo Sistema nacional <strong>de</strong> Informação Tóxico-Farmacológica<br />

(SInITOX-FIOCrUZ), órgão do<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong>. no ano <strong>de</strong> 2002, foram reunidos<br />

nesta base <strong>de</strong> dados, 75.212 exposições tóxicas<br />

(25,4% em crianças menores <strong>de</strong> cinco anos <strong>de</strong> ida-<br />

<strong>de</strong>) e 375 óbitos sendo 31 nesta faixa etária.<br />

Em 2005, o TOXCEn (Centro <strong>de</strong> Atendimento<br />

Toxicológico do ES) registrou 7.648 casos <strong>de</strong> intoxicação<br />

humana em geral com 29 óbitos.<br />

n Crianças menores <strong>de</strong> 10 anos contribuíram com<br />

2.357 casos <strong>de</strong> intoxicação (30,8%) e três óbitos<br />

(10,3%).<br />

n A faixa etária <strong>de</strong> 1-4 anos foi a mais vulnerá-<br />

n Alguns agentes variaram ao longo dos anos,<br />

mas os medicamentos continuam a ocupar o<br />

primeiro lugar. Os principais agentes responsáveis<br />

por intoxicação na faixa etária <strong>de</strong> 0-9 anos<br />

foram os medicamentos com 950 casos (39,4%),<br />

os produtos <strong>de</strong> uso domiciliar 388 notificações<br />

(16%) e as plantas tóxicas com 162 (6,7%).<br />

n A principal circunstância foi a aci<strong>de</strong>ntal representado<br />

por cerca <strong>de</strong> 60%dos casos em, principalmente,<br />

crianças entre 1- 5 anos, refletindo<br />

a propensão do <strong>de</strong>senvolvimento sociopsicomotor.<br />

n Chama a atenção o registro <strong>de</strong> cinco casos <strong>de</strong><br />

tentativa <strong>de</strong> suicídio entre 5-9 anos.<br />

n dos 100 casos <strong>de</strong> intoxicação por agrotóxicos,<br />

houve predomínio <strong>de</strong> agrotóxicos <strong>de</strong> uso domiciliar,<br />

principalmente nos menores <strong>de</strong> cinco anos.<br />

n <strong>de</strong>ntre os 144 casos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes por animais<br />

peçonhentos, os aci<strong>de</strong>ntes por escorpiões foram<br />

relevantes, contribuindo com 26,4% dos<br />

envenenamentos; por serpentes com 11,8%<br />

e por aracní<strong>de</strong>os, 7,6% dos relatos, nos menores<br />

<strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

n Os óbitos (3) ocorreram entre 4-7 anos <strong>de</strong>vido<br />

a picadas por escorpiões e, na ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 9<br />

anos, por um animal <strong>de</strong>sconhecido.<br />

4.3 QUANDO SUSPEITAR<br />

Quadros <strong>de</strong> início súbito, sem motivo evi<strong>de</strong>nte,<br />

com história inconsistente ou bizarra, sobretudo<br />

se existe antece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> intoxicação. Criança<br />

encontrada inconsciente ao lado <strong>de</strong> frascos <strong>de</strong><br />

medicamentos ou <strong>de</strong> produtos tóxicos. Alterações<br />

psíquicas agudas com <strong>de</strong>lírios ou alucinações, <strong>de</strong>pressão<br />

neurológica, secura da boca ou hipersalivação,<br />

miose ou midríase. Todas as emergências<br />

com sintomatologia estranha.<br />

4.4 CONCEITOS BáSICOS<br />

n Toxicologia - ciência que estuda os efeitos tóxicos<br />

das substâncias químicas sobre o organismo<br />

vivo.<br />

n intoxicação – caso em que após a exposição<br />

bioquímicas, funcionais e/ou sinais clínicos compatíveis<br />

com o quadro <strong>de</strong> intoxicação.<br />

n Exposição – quando há uma exposição a um<br />

<strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> produto e/ou substância<br />

química, mas não se evi<strong>de</strong>ncia alterações bioquímicas,<br />

funcionais e/ou sinais clínicos compatíveis<br />

com um quadro <strong>de</strong> intoxicação.<br />

n reação adversa – inclui todas as situações ou<br />

manifestações clínicas <strong>de</strong> efeitos adversos (colaterais)<br />

<strong>de</strong> medicamentos isolados ou em associação<br />

quando utilizados <strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> doses<br />

terapêuticas propostas para o mesmo. Incluemse<br />

aqui <strong>de</strong>s<strong>de</strong> manifestações discretas (mal estar,<br />

<strong>de</strong>sconforto gástrico p.ex.) até quadros com<br />

reações idiosssincrásicas graves e anafilaxia.<br />

4.5 MEDIDAS GERAIS<br />

4.5.1 IDENTIFICAÇÃO DO TÓXICO<br />

<strong>de</strong>ntro do possível, é conveniente tentar estabelecer<br />

qual foi o produto envolvido (farmacêutico,<br />

não farmacêutico ou droga ilícita), há quanto<br />

tempo ocorreu a exposição (menos ou mais <strong>de</strong><br />

uma hora); a dose estimada (tóxica ou não tóxica),<br />

composição, peso da criança, a via <strong>de</strong> exposição<br />

(na gran<strong>de</strong> maioria das vezes, ocorre por ingestão<br />

<strong>de</strong> um único produto); se a exposição foi aci<strong>de</strong>ntal<br />

ou intencional (mais grave); on<strong>de</strong> ocorreu (em<br />

casa, na casa do vizinho, em terreno baldio, em<br />

festas,etc.); quem estava cuidando da criança; o<br />

que foi feito; o estado do paciente (com ou sem<br />

manifestações clinicas); se há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encaminhamento<br />

para uma sala <strong>de</strong> emergência; se<br />

há indicação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação; e<br />

se há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> triagem laboratorial. Sendo<br />

a quantida<strong>de</strong> muitas vezes difícil <strong>de</strong> avaliar, <strong>de</strong>verá<br />

ter-se em conta a quantida<strong>de</strong> máxima que po<strong>de</strong>rá<br />

ter sido ingerida, vendo o que ainda resta. É<br />

importante questionar sobre todas as substâncias<br />

que possam ter estado ao alcance da criança.<br />

Um exame físico cuidadoso po<strong>de</strong>rá facilitar a<br />

i<strong>de</strong>ntificação da substância envolvida, com foco nos<br />

sinais vitais, temperatura, estado <strong>de</strong> hidratação, tamanho<br />

e resposta pupilar à luz, exame neurológico<br />

e reflexos, na tentativa <strong>de</strong> caracterizar uma das<br />

síndromes tóxicas (ver no final <strong>de</strong>ste capítulo).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!