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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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4.5.2 MEDIDAS DE SUPORTE<br />

É mais eficaz que a lavagem gástrica na elimi-<br />

4.6.3 SÍNDROME OPIÓIDE,<br />

4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

176 nação do conteúdo gástrico.<br />

SEDATIVA<br />

177<br />

As medidas iniciais serão sempre assegurar a via<br />

aérea (A), respiração (B) e circulação (C). A <strong>de</strong>pressão<br />

do sistema nervoso central é freqüente com alguns<br />

tóxicos, po<strong>de</strong>ndo levar a comprometimento da via<br />

aérea, falência respiratória ou aspiração. Entubar, se<br />

necessário, sobretudo pacientes em coma ou com<br />

<strong>de</strong>pressão SnC, principalmente se vão ser submetidos<br />

à lavagem gástrica e/ou carvão ativado. É importante<br />

<strong>de</strong>stacar que a criança tem maior risco <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sidratação, e a reposição volêmica <strong>de</strong>ve ser prontamente<br />

iniciada se há comprometimento da qualida<strong>de</strong><br />

dos pulsos distais ou aumento do tempo <strong>de</strong><br />

enchimento capilar. Os limitados estoques <strong>de</strong> glicogênio<br />

no lactente e pré-escolar aumentam os riscos<br />

<strong>de</strong> hipoglicemia após exposição tóxica.<br />

4.5.3 PREVENÇÃO DA ABSORÇÃO<br />

4.5.3.1 DESCONTAMINAÇÃO<br />

CUTÂNEA<br />

remover roupas contaminadas. Lavar a pele exposta<br />

com água corrente por 15 minutos, atentando<br />

para as áreas retroauricular, umbilical, axilar, couro<br />

cabeludo, subungueal e pubiana. As substâncias<br />

oleosas po<strong>de</strong>m ser retiradas com água e sabão<br />

4.5.3.2 DESCONTAMINAÇÃO OCULAR<br />

Lavar cuidadosamente os olhos com as pálpebras<br />

abertas, em água corrente ou soro fisiológico<br />

por vários minutos. A lavagem sempre <strong>de</strong>verá ser<br />

no sentido medial-lateral, com a cabeça lateralizada<br />

para evitar o comprometimento do outro olho.<br />

Encaminhar para avaliação oftalmológica.<br />

4.5.3.3 DESCONTAMINAÇÃO<br />

GASTRINTESTINAL<br />

Em geral, a maioria dos produtos líquidos é<br />

quase completamente absorvida <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 30 minutos<br />

da ingestão, e a maioria das apresentações<br />

sólidas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 1 a 2 horas. A <strong>de</strong>scontaminação<br />

gastrintestinal após este período só tem valor no<br />

caso <strong>de</strong> substâncias que retardam o esvaziamento<br />

gástrico, como barbitúricos, anticolinérgicos e<br />

anti<strong>de</strong>pressivos tricíclicos.<br />

A. Indução <strong>de</strong> vômito (emese) – <strong>de</strong>tergente<br />

<strong>de</strong> ph neutro (cozinha) na dose <strong>de</strong> 2 colheres<br />

<strong>de</strong> sopa. Oferecer 1-2 copos <strong>de</strong> água antes.<br />

contra-indicações: ingestão <strong>de</strong> cáusticos (álcalis<br />

ou ácidos), hidrocarbonetos (<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong><br />

petróleo), <strong>de</strong>pressores do SnC, agentes convulsivantes,<br />

crianças menores <strong>de</strong> 6 meses e gestantes<br />

no último trimestre <strong>de</strong> gestação.<br />

B. Outras medidas usadas a nível hospitalar:<br />

lavagem gástrica (LG), carvão ativado<br />

(CA) e Catárticos.<br />

4.5.4 AUMENTO DA ELIMINAÇÃO<br />

As técnicas <strong>de</strong> eliminação ativa (irrigação intestinal,<br />

diálise, hemodiálise, hemoperfusão com carvão,<br />

alcalinização urinária), têm papel limitado, estando<br />

reservadas para meio hospitalar nas situações<br />

em que exposições prolongadas a altas concentrações<br />

<strong>de</strong> tóxico são potencialmente graves tais como<br />

nos casos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> hemodinâmica, convulsões<br />

não controláveis, falência <strong>de</strong> órgão.<br />

4.6 PRINCIPAIS<br />

SÍNDROMES TÓXICAS<br />

4.6.1 SÍNDROME COLINÉRGICA<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Salivação<br />

Lacrimejamento<br />

Broncorréia<br />

Miose<br />

Fasciculações musculares<br />

Taquicardia ou bradicardia<br />

Hipertensão<br />

Vômitos<br />

Diarréia<br />

Convulsão<br />

Inseticidas organofosforados<br />

Carbamatos<br />

Cogumelos<br />

4.6.2 SÍNDROME ANTICOLINERGICA<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Midríase<br />

Taquicardia<br />

Hipertermia<br />

Pele quente e seca<br />

Delírio/alucinações<br />

Retenção urinária<br />

Mioclonia<br />

Atropina<br />

Anti<strong>de</strong>pressivos tricíclicos.<br />

Antipsicóticos<br />

Anti-histamínicos<br />

Antiespasmódicos<br />

Escopolamina (hioscina)<br />

Plantas e cogumelos<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Depressão respiratória<br />

Miose<br />

Hipotensão<br />

Bradicardia<br />

Hipotermia<br />

Hiporreflexia<br />

Sonolência<br />

4.6.4 SÍNDROME<br />

EXTRAPIRAMIDAL<br />

Narcóticos opiói<strong>de</strong>s<br />

Benzodiazepínicos<br />

Barbitúricos<br />

Descongestionante tópico<br />

Etanol<br />

Metanol<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Hipertonia<br />

Espasmos musculares<br />

Crises oculógiras<br />

Opistótono<br />

Sinal da roda <strong>de</strong>ntada<br />

Catatonia<br />

Acatisia<br />

Choro monótono<br />

Mímica facial pobre<br />

4.6.5 SÍNDROME<br />

SIMPATOMIMÉTICA<br />

Metoclopramida<br />

Bromoprida<br />

Domperidona<br />

Haloperidol<br />

Fenotiazínicos<br />

Bloqueadores dopaminérgicos D2<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Taquicardia<br />

Hipertensão<br />

Hipertermia<br />

Delírio<br />

Midríase<br />

Arritmias<br />

Convulsão<br />

Cocaína<br />

Anfetamina<br />

Ecstasy<br />

Descongestionantes sistêmicos<br />

Teofilina<br />

4.6.6 SÍNDROME DE<br />

METEMOGLOBINEMIA<br />

Sinais comuns Agentes comuns<br />

Cianose<br />

Taquicardia<br />

Astenia<br />

Dificulda<strong>de</strong> respiratória<br />

Depressão neurológica<br />

Irritabilida<strong>de</strong>/Convulsão<br />

Sulfonas<br />

Anilina e <strong>de</strong>rivados<br />

Sulfonamidas<br />

Nitratos e nitritos<br />

Anestésicos locais<br />

Fenazopiridina<br />

O principal tratamento das exposições tóxicas<br />

é a prevenção. Criar um ambiente seguro para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das crianças é essencial. É fundamental<br />

que os pediatras eduquem os pais e outros<br />

cuidadores a respeito dos riscos potenciais <strong>de</strong><br />

intoxicação, sobre como tornar “à prova <strong>de</strong> veneno”<br />

o ambiente <strong>de</strong> uma criança, e o que fazer se<br />

uma intoxicação ocorrer, diminuindo assim a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> grave morbida<strong>de</strong> ou mortalida<strong>de</strong>.<br />

Em vista dos dados apresentados, é imperioso que<br />

o projeto <strong>de</strong> Lei nº 4841-A/94, em tramitação no<br />

Congresso nacional, visando a adoção, a exemplo<br />

do que ocorre em muitos países, da Embalagem<br />

Especial <strong>de</strong> Proteção à Criança (EEPC) em<br />

medicamentos e produtos químicos <strong>de</strong> uso doméstico<br />

que apresentem potencial <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong><br />

seja aprovada. E que tenham sempre disponível<br />

o número do Centro <strong>de</strong> Atendimento Toxicológico<br />

para consulta a qualquer hora.<br />

O TOXCEn-ES é um serviço da Secretaria <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> do Estado do Espírito Santo, localizado no<br />

hospital Infantil nossa Senhora da Glória, em <strong>Vitória</strong>.<br />

Tem como finalida<strong>de</strong>s: difundir à população,<br />

informações técnicas atualizadas, proporcionando<br />

novos rumos e melhoria da qualida<strong>de</strong> do atendimento<br />

aos intoxicados, reduzindo assim os índices<br />

<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>; produzir conhecimento toxicológico<br />

para comunida<strong>de</strong> cientifica; avaliar e cadastrar<br />

os agrotóxicos a serem utilizados no Estado;<br />

atuar como referência médica do SInAn nas<br />

notificações por agrotóxicos e picadas por animais<br />

peçonhentos; gerar estudos epi<strong>de</strong>miológicos para<br />

embasar políticas públicas e promover ações objetivando<br />

a prevenção dos aci<strong>de</strong>ntes toxicológicos<br />

além <strong>de</strong> capacitar profissionais com habilida<strong>de</strong>s<br />

em proce<strong>de</strong>r ao diagnóstico e o tratamento a<strong>de</strong>quado<br />

<strong>de</strong> pacientes atendidos nos inúmeros serviços<br />

<strong>de</strong> urgência e emergência no Espírito Santo<br />

e outros estados.<br />

Este serviço que presta atendimento telefônico<br />

em casos <strong>de</strong> intoxicação, funciona em regime<br />

<strong>de</strong> plantão 24 horas, mantém uma equipe <strong>de</strong> médicos,<br />

psicólogo, enfermeiro, plantonistas acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina, estagiários acadêmicos <strong>de</strong> enfermagem<br />

e farmácia.<br />

atendimento 24 horas<br />

0800 2839904 / 31372400

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