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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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assim como a presença <strong>de</strong> anticorpos IgM.<br />

122 sa vitamina (nível sérico inferior a 10mg/dl) e on<strong>de</strong><br />

na Tríplice Viral (SCr ou MMr) contra Saramtas (síndrome da rubéola congênita), recém-nascido 123<br />

n Anticorpos IgM po<strong>de</strong>m não ser <strong>de</strong>tectáveis nas primeiras<br />

72 horas do início do exantema e normalmente<br />

não o são 30 a 60 dias após o "rash".<br />

n leucograma: leucopenia com neutropenia absoluta<br />

e linfopenia. nos casos <strong>de</strong> complicação<br />

bacteriana verifica-se leucocitose com <strong>de</strong>svio à<br />

esquerda.<br />

coMPlicaÇÕES<br />

n complicações respiratórias<br />

• rinite, estomatite, sinusite e mastoidite; a<br />

otite média aguda.<br />

• As complicações pulmonares e brônquicas<br />

são as segundas mais freqüentes.<br />

n complicações neurológicas<br />

• Convulsão febril.<br />

• A encefalite po<strong>de</strong> ocorrer e atinge, em média,<br />

um em cada 1 000 a 2 000 pacientes.<br />

• A panencefalite esclerosante subaguda é<br />

doença rara (1:100 000 a 1:150 000 casos<br />

<strong>de</strong> sarampo).<br />

n acometimentos diversos<br />

• complicações oculares: conjuntivite, neurorretinite,<br />

ceratite e até ulceração <strong>de</strong> córnea.<br />

• O envolvimento do miocárdio caracterizase<br />

usualmente por alterações tanto no sistema<br />

contrátil como no excito condutor.<br />

• Ocorrem ainda complicações renais, complicações<br />

digestivas; vômito e diarréia.<br />

• A a<strong>de</strong>nite mesentérica po<strong>de</strong> provocar quadros<br />

dolorosos <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> suficiente<br />

para sugerir abdome agudo, sendo necessário<br />

diagnóstico diferencial.<br />

n complicações hematológicas: púrpura trombocitopência.<br />

TraTaMENTo<br />

não há terapêutica específica contra o vírus do<br />

sarampo e tampouco drogas capazes <strong>de</strong> prevenir<br />

ou interromper os sintomas da doença uma vez<br />

instalados. Entretanto, vários estudos têm observado<br />

que o uso <strong>de</strong> vitamina A em crianças com sarampo<br />

tem se associado à redução <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

e da morbida<strong>de</strong>. A vitamina A é substrato necessário<br />

à preservação da integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> células epiteliais<br />

e participa da modulação imunitária.<br />

A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) tem<br />

recomendado a suplementação <strong>de</strong> vitamina A para<br />

toda criança <strong>de</strong> áreas on<strong>de</strong> exista <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>s-<br />

a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> associada ao sarampo seja<br />

maior ou igual a 1%. A dose recomendada é <strong>de</strong><br />

100 000 Ul, por via oral, para crianças menores <strong>de</strong><br />

doze meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> 200 000 Ul para crianças<br />

maiores <strong>de</strong> um ano. na presença <strong>de</strong> sinais oftalmológicos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência da vitamina A, tais como cegueira<br />

noturna, mancha <strong>de</strong> Bitot ou xeroftalmia, a<br />

OMS recomenda que a dose seja repetida em 24<br />

horas e novamente quatro semanas após.<br />

A Aca<strong>de</strong>mia Americana <strong>de</strong> Pediatria recomenda,<br />

no entanto, que a administração <strong>de</strong> vitamina<br />

A seja feita com cautela, monitorizando-se seus<br />

efeitos colaterais (abaulamento <strong>de</strong> fontanela, vômitos<br />

e cefaléia) e selecionando-se para a suplementação<br />

os seguintes pacientes:<br />

n pacientes com complicações como laringite,<br />

pneumonia e diarréia, ou com fatores <strong>de</strong> risco<br />

como: imuno<strong>de</strong>ficiência, evidência oftalmológica<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> vitamina A; dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> absorção intestinal , <strong>de</strong>snutrição mo<strong>de</strong>rada<br />

e grave, imigração recente <strong>de</strong> áreas com<br />

altas taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por sarampo.<br />

n Evitar internação dos casos não complicados.<br />

n O repouso no leito se impõe, enquanto houver febre<br />

e erupção, <strong>de</strong>vendo ser mantido o isolamento<br />

por cinco dias após o início do exantema.<br />

n Os líquidos <strong>de</strong>vem ser oferecidos, <strong>de</strong> acordo<br />

com a preferência da criança, a curtos intervalos.<br />

A dieta é livre, normal para ida<strong>de</strong>, porém<br />

respeitando a inapetência natural que ocorre.<br />

n Lavar os olhos com soro fisiológico e, na presença<br />

<strong>de</strong> conjuntivite purulenta, estão indicados<br />

os colírios <strong>de</strong> antibióticos por cinco a sete<br />

dias. Ambiente escuro é recomendado para o<br />

paciente quando a fotofobia é intensa.<br />

n A hipertermia <strong>de</strong>ve ser combatida com os antitérmicos<br />

usuais.<br />

n Os antimicrobianos só estão indicados em caso<br />

<strong>de</strong> complicação bacteriana.<br />

n nas encefalites, a corticoterapia tem valor questionável,<br />

estando indicada nas síndromes <strong>de</strong><br />

hipertensão intracraniana que freqüentemente<br />

acompanham esta complicação.<br />

ProFilaXia E MEDiDaS<br />

DE coNTrolE Do SaraMPo<br />

1. A Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pediatria (Calendá-<br />

rio Vacinal 2003) recomenda a aplicação Vaci-<br />

po, Caxumba e rubéola aos 12 meses <strong>de</strong> vida<br />

e revacinação entre 4 a 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> ou em<br />

campanhas <strong>de</strong> seguimento.<br />

2. Vacinação <strong>de</strong> Bloqueio: a vacina contra sarampo<br />

(Tríplice Viral ou SCr) consegue imunizar o suceptível<br />

contactante em prazo inferior ao período<br />

<strong>de</strong> incubação da doença. recomenda-se a sua administração<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 72 horas após a exposição,<br />

envolvendo o grupo <strong>de</strong> 6 meses a 39 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

<strong>de</strong>ve abranger as pessoas do mesmo domicílio<br />

do caso suspeito, da mesma creche, vizinhos<br />

próximos ou, quando for o caso, os indivíduos da<br />

mesma sala <strong>de</strong> aula, do mesmo quarto <strong>de</strong> alojamento<br />

ou da mesma sala <strong>de</strong> trabalho, etc.<br />

3. Notificação: <strong>de</strong>ve ser feita pelo médico ou enfermeiro<br />

que aten<strong>de</strong>u a criança em todos os casos<br />

suspeitos <strong>de</strong> sarampo. <strong>de</strong>fine-se como caso<br />

suspeito: “todo paciente que apresente febre e<br />

exantema maculopapular, acompanhado <strong>de</strong> um<br />

ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse<br />

e/ou coriza e/ou conjuntivite, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

ida<strong>de</strong> ou situação vacinal.”<br />

2.8.2 RUBÉOLA<br />

ETioloGia<br />

Vírus da rubéola (togavírus).<br />

rUBÉola coNGÊNiTa<br />

A rubéola pré-natal se diferencia da rubéola<br />

pós-natal em vários aspectos, pois muitas vezes<br />

não tem o caráter <strong>de</strong> benignida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta última.<br />

Embora a maioria dos recém-nascidos infectados<br />

seja assintomática, em alguns casos a infecção<br />

é tão grave que resulta em morte intra-uterina<br />

ou pós-natal. Outras vezes, a criança po<strong>de</strong> ser<br />

portadora <strong>de</strong> várias malformações, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

do período <strong>de</strong> embriogênese no qual a infecção<br />

ocorreu; existem ainda situações nas quais o recém-nascido<br />

po<strong>de</strong> aparentemente ter sido poupado<br />

da infecção, vindo a apresentar sintomatologia<br />

somente alguns anos mais tar<strong>de</strong>.<br />

QUaDro clÍNico<br />

Após a viremia materna, a invasão do concepto<br />

pelo vírus po<strong>de</strong> resultar em : infecção placentária sem<br />

infecção fetal, morte e reabsorção do embrião (infecções<br />

muito precoces), abortamento espontâneo,<br />

natimorto, recém-nascido com anomalias congêni-<br />

que vai <strong>de</strong>senvolver a doença algum tempo <strong>de</strong>pois,<br />

recém-nascido PIG, infecção subclínica.<br />

<strong>de</strong> acordo com os conhecimentos atuais, a rubéola<br />

congênita é vista como uma doença crônica<br />

e progressiva, freqüentemente silenciosa na sua<br />

evolução, sendo os casos assintomáticos em número<br />

muito maior do que os sintomáticos.<br />

As manifestações clínicas da rubéola congênita<br />

po<strong>de</strong>m ser agrupadas nas seguintes categorias:<br />

precoces (transitórias ou permanentes) e tardias.<br />

n Manifestações precoces: evi<strong>de</strong>nciados<br />

<strong>de</strong>ntro do primeiro ano <strong>de</strong> vida.<br />

1. Manifestações precoces transitórias:<br />

trombocitopenia, púrpura, leucopenia, hepatite,<br />

hepatoesplenomegalia, icterícia, anemia<br />

hemolítica, baixo peso ao nascimento,<br />

lesões ósseas, linfa<strong>de</strong>nopatia e diarréia.<br />

2. Manifestações precoces permanentes:<br />

• Sinais gerais: prematurida<strong>de</strong>, retardo no<br />

crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento intra-uterinos<br />

e pós- -natais, aumento da mortalida<strong>de</strong>,<br />

a<strong>de</strong>nopatia e diarréia crônica;<br />

• Lesões ósseas: micrognatia e alterações<br />

dos ossos longos (rarefações lineares nas<br />

metáfises);<br />

• Lesões oculares: retinopatia pigmentar, catarata<br />

(em 50% dos casos é bilateral), glaucoma,<br />

microftalmia e <strong>de</strong>feitos da íris;<br />

• Lesões do sistema nervoso central: microcefalia,<br />

abaulamento das fontanelas e sinais<br />

<strong>de</strong> encefalite;<br />

• Lesões cardiovasculares: persistência do<br />

canal arterial, estenose da artéria pulmonar,<br />

estenose da válvula aórtica, <strong>de</strong>feitos<br />

septais, tetralogia <strong>de</strong> Fallot, coarctação<br />

da aorta e necrose miocárdica;<br />

• Lesões auditivas: sur<strong>de</strong>z neuro-sensorial<br />

(lesão do órgão <strong>de</strong> Corti) e sur<strong>de</strong>z central<br />

(por encefalite);<br />

• Alterações hematológicas: púrpura trombocitopênica<br />

e anemia hemolítica;<br />

• Lesões viscerais: hepatite e pneumonite<br />

intersticial;<br />

• Outras alterações: discrasias imunológicas<br />

e "rash" rubeoliforme crônico.<br />

n Manifestações tardias: associadas com a persistência<br />

e reativação do vírus, bem como com

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