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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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2º PASSO<br />

110 n Tratar/prevenir a infecção;<br />

n realimentação <strong>de</strong> forma a facilitar o crescico<br />

<strong>de</strong> contaminação alimentar e <strong>de</strong> diarréia; quadro 1;<br />

111<br />

n Tratamento das infecções e sua prevenção sistemática<br />

são aspectos chave para a sobrevivência<br />

e reabilitação a<strong>de</strong>quada dos <strong>de</strong>snutridos;<br />

n Sinais usuais <strong>de</strong> infecção tais como a febre,<br />

freqüentemente estão ausentes;<br />

n Infecções (respiratória, <strong>de</strong> ouvido, urinária, <strong>de</strong><br />

pele, etc) <strong>de</strong>vem, portanto, ser cuidadosamente<br />

rastreadas e tratadas em todas as crianças<br />

<strong>de</strong>snutridas;<br />

n A escolha a<strong>de</strong>quada do antibiótico a ser usado<br />

é crítica para o sucesso <strong>de</strong> evolução da criança;<br />

n A criança <strong>de</strong>ve ser imediatamente encaminhada<br />

à hospitalização quando <strong>de</strong>tectada a presença <strong>de</strong><br />

sinais <strong>de</strong> infecção generalizada e/ou grave como<br />

hipotermia, letargia, aspecto <strong>de</strong> criança muito doente,<br />

meningite, dispnéia importante;<br />

3º PASSO<br />

n Corrigir a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> micronutriente;<br />

n Iniciar a suplementação só <strong>de</strong>pois da primeira<br />

semana <strong>de</strong> crescimento ascen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong> tratamento<br />

<strong>de</strong> infecções associadas;<br />

n recomenda-se a administração diária <strong>de</strong>:<br />

• Suplemento <strong>de</strong> multivitaminas;<br />

• Ácido fólico (rEMUME – comprimido 5mg),<br />

ou 1mg/dia (5mg no primeiro dia e a seguir<br />

½ comprimido <strong>de</strong> 2/2 dias), ou 5ml=1mg;<br />

• Acetato <strong>de</strong> zinco: 2mg Zn/kg/dia (rE-<br />

MUME)<br />

• Sulfato <strong>de</strong> cobre: 0,2mg Cu/kg/dia (rE-<br />

MUME)<br />

• Sulfato ferroso: 3mg/kg/dia (rEMUME:<br />

1ml=25mg ou 1 gota=1mg)<br />

*manipulados pela assistência farmacêutica da<br />

SEmuS, conforme prescrição.<br />

1. O ferro NÃO DEVE ser dado inicialmente em<br />

<strong>de</strong>snutrido grave, com processo infeccioso,<br />

mais sim apenas quando for afastado a infecção<br />

e a criança começar a ganhar peso;<br />

2. Suplementos <strong>de</strong> Zinco e Cobre po<strong>de</strong>m ser<br />

adicionados às refeições;<br />

3. O <strong>de</strong>snutrido é consi<strong>de</strong>rado pela OmS, grupo<br />

<strong>de</strong> risco para hipovitaminose A. Se a vitamina A<br />

não foi dada durante o último mês, recomenda-se<br />

mega-dose <strong>de</strong> vitamina A, via oral, no<br />

início do tratamento (conforme Anexo 02):<br />

n Vitamina A dê 200.000 UI (1 a 5 anos);<br />

n Vitamina A dê 100.000 UI (ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 6-12<br />

meses).<br />

4º PASSO<br />

mento rápido;<br />

n A dieta <strong>de</strong>ve fornecer todos os nutrientes, açúcares,<br />

gorduras, proteínas com 50% <strong>de</strong>las sendo<br />

<strong>de</strong> alto valor biológico (proteína animal), vitaminas<br />

e minerais em quantida<strong>de</strong> suficiente<br />

para cobrir o déficit e manter a vida:<br />

• Cobertura calórica: 150 a 200 cal/kg/dia;<br />

• Proteínas: 4 a 6g/kg/dia;<br />

1. Atualmente, consi<strong>de</strong>ra-se que o tratamento<br />

da criança <strong>de</strong>snutrida inclui duas fases:<br />

2. fase inicial <strong>de</strong> estabilização: direcionada à<br />

criança severamente <strong>de</strong>snutrida tratada em<br />

hospital e correspon<strong>de</strong> ao manejo das condições<br />

agudas que motivaram a internação;<br />

3. fase <strong>de</strong> crescimento rápido ou recuperação<br />

do crescimento: o objetivo é propiciar a reposição<br />

dos tecidos perdidos, sendo necessária<br />

uma abordagem rigorosa para atingir<br />

ingestão muito alta e crescimento rápido ><br />

5g/kg <strong>de</strong> peso/dia. A recuperação total do<br />

peso/altura em <strong>de</strong>snutrição primária é estimada<br />

para 12 semanas para que o paciente<br />

esteja acima do P3 no peso/altura. A recuperação<br />

no peso/ida<strong>de</strong> acima do percentil<br />

3 ocorre em um período maior.<br />

PArA A FASE dE CrESCIMEnTO<br />

rÁPIdO rECOMEndA-SE<br />

n Ter um fornecimento <strong>de</strong> 150-220 kcal/kg/dia<br />

e <strong>de</strong> 4-6g proteína/kg/dia;<br />

n Para atingir esse alvo nutricional a criança <strong>de</strong>ve<br />

ser alimentada <strong>de</strong> 3 em 3 horas, pelo menos 5<br />

a 6 vezes ao dia, com alimentos que contém<br />

aproximadamente 100kcal/100g e 2 a 3g <strong>de</strong><br />

proteína/100g <strong>de</strong> alimento;<br />

n Oferecer mingaus e alimentos complementares<br />

preparados a partir <strong>de</strong> alimentos da família,<br />

que forneçam quantida<strong>de</strong>s equivalentes <strong>de</strong><br />

energia e proteína conforme quadro 1 e 2;<br />

n A criança <strong>de</strong>ve ser encorajada a comer toda a<br />

refeição (mingaus ou refeição <strong>de</strong> sal) e o volume<br />

ingerido <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> acordo com a aceitação<br />

da criança até o ponto em que a criança<br />

coma tudo e <strong>de</strong>ixe um pouco <strong>de</strong> resto;<br />

n dar orientação prática e viável às mães sobre<br />

como preparar os alimentos;<br />

n recomendar que os alimentos sejam preferencialmente<br />

dados no copo, prato e colher, para<br />

facilitar a higiene dos utensílios e reduzir o ris-<br />

n Mama<strong>de</strong>ira é um utensílio difícil <strong>de</strong> limpar e<br />

contamina o alimento;<br />

n no caso <strong>de</strong> infecção, recomen<strong>de</strong> que mais alimento<br />

(freqüência e volume) seja oferecido à<br />

criança tão logo o apetite volte para recuperar<br />

a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento;<br />

n Se a criança é amamentada, encoraje para continuar<br />

a amamentação tão freqüentemente quanto<br />

a criança queira. Se for maior <strong>de</strong> 6 meses, as<br />

mamadas não <strong>de</strong>vem substituir os alimentos<br />

complementares. A criança precisa nessa fase,<br />

receber gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s protéico-energéticas<br />

<strong>de</strong> alimentos complementares<br />

a<strong>de</strong>quados. Uma das causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição<br />

infantil é o aleitamento prolongado com baixa<br />

oferta <strong>de</strong> alimentos complementares;<br />

n Em caso <strong>de</strong> diarréia aumentar a freqüência das<br />

refeições, corrigir erros alimentares e cuidar da<br />

higiene dos alimentos, tratar parasitas intestinais<br />

que possa estar associado à diarréia. Se<br />

for diagnosticada uma intolerância à lactose<br />

com repercussões para o crescimento da criança,<br />

ela <strong>de</strong>ve ser tratada com formulas livre <strong>de</strong><br />

lactose. Em caso <strong>de</strong> intolerância a proteína do<br />

leite <strong>de</strong> vaca, usar fórmulas a base <strong>de</strong> soja ou<br />

hidrolizado protéico.<br />

n A adição <strong>de</strong> gordura é <strong>de</strong>sejável para facilitar<br />

que a cobertura calórica seja atingida. Freqüentemente,<br />

no entanto, existem tabus por parte<br />

das mães sobre a utilização <strong>de</strong> óleo para a<br />

alimentação das crianças. Isto <strong>de</strong>ve ser trabalhado<br />

<strong>de</strong> forma culturalmente aceitável. recomen<strong>de</strong><br />

a adição <strong>de</strong> óleo a 5% em mingaus e<br />

uma colher das <strong>de</strong> sopa <strong>de</strong> óleo sobre a refeição<br />

<strong>de</strong> sal.<br />

n durante o período <strong>de</strong> recuperação, a criança<br />

necessita <strong>de</strong> muito afeto e estimulação, portanto,<br />

<strong>de</strong>ve-se orientar a mãe para não <strong>de</strong>ixála<br />

isolada, colocá-la perto para que possa ver o<br />

rosto da mãe sorrindo, conversando com ela,<br />

cantando e brincando. nos momentos <strong>de</strong> banho<br />

e alimentação, aproveitar para tocá-la, acariciar,<br />

abraçar e beijar. Isso estimula a criança a<br />

querer viver e favorece o apetite.<br />

rEFEIçãO dE SAL<br />

n As crianças <strong>de</strong>vem comer uma mistura balan-<br />

ceada dos diversos grupos <strong>de</strong> alimentos do<br />

n Os cereais e tubérculos são também classificados<br />

como alimento básico ou principal <strong>de</strong><br />

uma refeição;<br />

n Para o preparo <strong>de</strong>ssa mistura combina-se: um<br />

alimento básico com pelo menos um alimento<br />

do grupo das leguminosas ou proteína animal;<br />

n Quanto maior a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos dos<br />

diferentes grupos, mais balanceada será a dieta<br />

(AIdIPI, 1999);<br />

n Preparar a refeição da criança a partir da refeição<br />

<strong>de</strong> sal servida à família;<br />

n A preparação dos alimentos na mistura <strong>de</strong>ve<br />

conter o alimento <strong>de</strong> base, o alimento protéico<br />

(origem animal ou uma leguminosa) e hortaliças<br />

e acrescentar uma colher <strong>de</strong> sopa <strong>de</strong> óleo,<br />

manteiga ou margarina no prato que contém<br />

essa mistura <strong>de</strong> alimentos para a criança;<br />

n Os óleos e gorduras vegetais têm alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

energética e, portanto, em pequena<br />

quantida<strong>de</strong> aumenta bastante o valor energético<br />

da dieta sem aumentar o seu volume,<br />

além <strong>de</strong> melhorar a viscosida<strong>de</strong> da dieta, tornando-a<br />

mais macia, e melhorar o sabor dos<br />

alimentos (AIdIPI, 1999).<br />

QUaDro 1<br />

EXEMPLO dE MISTUrAS BALAnCEAdAS<br />

ALiMENTO<br />

DE BASE<br />

FONTE<br />

PROTéiCA<br />

OUTROS<br />

LEGUMES<br />

E VERDURAS<br />

Arroz Feijão Abóbora<br />

Fubá Frango Taioba<br />

Farinha <strong>de</strong><br />

mandioca<br />

Peixe Couve<br />

Macarrão Ovo Cenoura<br />

Arroz Miúdos Espinafre<br />

Batata Lentilha Abóbora<br />

Mandioca Carne moída Couve<br />

ALIMEnTAçãO EM CrIAnçAS<br />

MEnOrES dE SEIS MESES<br />

o alimento básico é o leite.<br />

Fonte: AIDIPI, 1999.<br />

n Incentivar o aleitamento materno e fazer a relactação<br />

sempre que for possível;

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