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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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n Os cabos das panelas <strong>de</strong>vem estar posicionados<br />

68 para trás, dificultando o acesso da criança;<br />

Como este processo acontece na relação da <strong>de</strong>ntro dos aspectos culturais e legais, <strong>de</strong>ve- 69<br />

n Avaliar a temperatura da água, ao dar banho<br />

e colocar água fria em primeiro lugar;<br />

n Evitar contato com substâncias ou materiais quentes,<br />

ao ter uma criança no colo ou por perto;<br />

n retirar do alcance da criança alimentos<br />

quentes;<br />

n Manter guardados: fósforos, ferro <strong>de</strong> passar<br />

roupa, isqueiros, líquidos inflamáveis;<br />

n Proteja tomadas e fios elétricos;<br />

n Ao oferecer alimento à criança, antes avaliar<br />

a temperatura.<br />

iNToXicaÇÕES:<br />

n Geralmente, as intoxicações ocorrem por ingestão<br />

<strong>de</strong> produtos (venenos, medicamentos),<br />

que se encontram ao alcance da criança;<br />

n Manter produtos perigosos em suas embalagens<br />

originais, <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificada, e em<br />

locais seguros;<br />

n Afastar do alcance da criança as plantas, procurar<br />

ter em casa apenas as inócuas à saú<strong>de</strong>;<br />

n Guardar os produtos em lugar seguro, na embalagem<br />

original, <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificada,<br />

fora do alcance da criança;<br />

n Orientar os pais quanto ao risco da automedicação<br />

e os cuidados, quanto à dosagem, o intervalo,<br />

o tempo <strong>de</strong> tratamento e a via <strong>de</strong> administração<br />

quando houver prescrição <strong>de</strong> medicação.<br />

* (Ver capítulo 4 – Intoxicações)<br />

aFoGaMENToS:<br />

n não <strong>de</strong>ixar a criança sozinha em contato com<br />

vaso sanitário, bal<strong>de</strong>, tanque, piscina, poço,<br />

rio, mar;<br />

n não <strong>de</strong>ixá-la sozinha mesmo durante o banho;<br />

n Evitar <strong>de</strong>ixar vasilhames com água (bal<strong>de</strong>s, bacias,<br />

etc.) próximo à criança;<br />

n Estar atento em locais <strong>de</strong> lazer: rio, piscina,<br />

praia, fazendo o uso <strong>de</strong> colete salva vida e<br />

atentar para brinca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> agarrar <strong>de</strong>ntro<br />

d’água;<br />

n Quando maior, ensinar a criança a nadar.<br />

aSFiXiaS:<br />

n Prevenir aspirações <strong>de</strong> corpo estranho, tirando<br />

do alcance objetos pequenos, como botões,<br />

moedas, pregos, bijuterias, bexigas, pilhas, materiais<br />

quebráveis, balas, amendoim, grãos secos,<br />

frutas com sementes, entre outros;<br />

n Cuidado com almofadas, travesseiros, ou evitar<br />

que a criança brinque, colocando a cabeça<br />

em sacola <strong>de</strong> plástico ou amarrando o pescoço<br />

com fitas, corda, barbante, etc;<br />

n Os bebês <strong>de</strong>vem ser amamentados no colo,<br />

em posição elevada, logo após, colocados para<br />

eructar e, quando <strong>de</strong>itados, mantidos em <strong>de</strong>cúbito<br />

lateral, para evitar bronco-aspiração <strong>de</strong><br />

líquidos;<br />

n Evitar brinquedos pequenos ou que contenham<br />

partes pequenas.<br />

oBJEToS PEriGoSoS:<br />

n Manter fora do alcance da criança objetos pontiagudos<br />

e cortantes: facas, tesouras, pregos,<br />

parafusos, cotonetes, garfos, etc.;<br />

n Quando necessário ter arma em casa, manter<br />

travada, <strong>de</strong>scarregada e fora do alcance da<br />

criança, <strong>de</strong> preferência trancada à chave;<br />

n remover toalha <strong>de</strong> mesa com objetos em cima<br />

tipo: faca, leite quente, café, etc.<br />

TraNSPorTES:<br />

n Transportar as crianças com segurança: sempre<br />

no banco traseiro, em ca<strong>de</strong>ira apropriada<br />

ou no colo do responsável, este com cinto <strong>de</strong><br />

segurança;<br />

n Manter contida a criança em transporte coletivo<br />

ou automóvel;<br />

n Ensinar a criança a não projetar qualquer parte<br />

do corpo para fora do carro em movimento<br />

ou não.<br />

1.11 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS<br />

na primeira infância, a criança está vivendo o<br />

amplo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, ou seja, o processo<br />

<strong>de</strong> transformação complexa e dinâmica que,<br />

além do crescimento (que significa o aumento físico<br />

do corpo), inclui a maturação (que é a organização<br />

progressiva das estruturas morfológicas), a apren-<br />

dizagem e os aspectos psíquicos e sociais.<br />

criança com os outros, no seu ambiente familiar,<br />

social, econômico e cultural, <strong>de</strong>vemos ampliar ainda<br />

mais seu entendimento, passando a falar <strong>de</strong><br />

‘<strong>de</strong>senvolvimento psicossocial’ que é:<br />

“O processo <strong>de</strong> humanização que inter-relaciona<br />

aspectos biológicos, psíquicos, cognitivos, ambientais,<br />

socioeconômicos e culturais, mediante o qual a<br />

criança vai adquirindo maior capacida<strong>de</strong> para mover-se,<br />

coor<strong>de</strong>nar, sentir, pensar e interagir com os<br />

outros e o meio que a ro<strong>de</strong>ia. Em síntese, é o que<br />

lhe permitirá incorporar-se, <strong>de</strong> forma ativa e transformadora,<br />

à socieda<strong>de</strong> em que vive”. (Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong>, Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Atenção Básica, vol. 11, Saú<strong>de</strong><br />

da Criança- acompanhamento do crescimento<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento infantil, 2002, p. 76).<br />

Trata-se, então, <strong>de</strong> um processo multi <strong>de</strong>terminado,<br />

que envolve vários aspectos da vida da criança,<br />

o que torna impossível falar <strong>de</strong> um só caminho<br />

que fosse regular, contínuo, linear e universal,<br />

ou seja, que fosse igual e “normal” para todas as<br />

crianças. Ainda que existam alguns aspectos que,<br />

por se relacionarem com as questões físicas e neuropsicomotoras,<br />

sigam uma seqüência previsível e<br />

conhecida, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites existe uma variação<br />

<strong>de</strong> ritmo que <strong>de</strong>vemos respeitar.<br />

Lembrar <strong>de</strong>sta diferença que sempre existirá <strong>de</strong><br />

criança para criança é essencial para evitar nossa<br />

frustração e atuação ina<strong>de</strong>quada caso esperemos<br />

que todas sigam um mesmo ritmo, forma ou padrão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Esta lembrança se torna particularmente importante<br />

ao falarmos dos aspectos psicológicos e<br />

sociais, pois estes sofrem a influência do campo<br />

sócio-cultural <strong>de</strong> maneira mais intensa e direta. É<br />

fácil perceber isso ao observarmos como as crianças<br />

<strong>de</strong> hoje são diferentes das que viviam há algumas<br />

décadas atrás: até a maturação física e sexual<br />

acontece mais cedo hoje, além <strong>de</strong> as crianças<br />

serem mais rápidas na aprendizagem, mais in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

bem informadas, dotadas <strong>de</strong> melhor<br />

controle motor, etc. Muito <strong>de</strong>ssas mudanças<br />

são efeito da cultura passada via mídia e televisão<br />

que também atua sobre os jovens, fazendo-lhes,<br />

por exemplo, ter uma noção <strong>de</strong> tempo diferente<br />

da nossa, com a sensação <strong>de</strong> urgência e pressa<br />

mais acirrada do que já seria na adolescência.<br />

<strong>de</strong>sse modo, toda a assistência à criança <strong>de</strong>ve levar<br />

em conta as características próprias da cultu-<br />

ra e <strong>de</strong> cada criança em particular.<br />

mos lembrar, ainda, que qualquer ação que se relacione<br />

com crianças <strong>de</strong>ve ter em conta o Estatuto<br />

da Criança e do Adolescente (ECA) que trás<br />

princípios legais que afetam a todas as áreas, entre<br />

elas a saú<strong>de</strong>.<br />

<strong>de</strong>staca-se ai a doutrina da proteção integral<br />

que afirma que se <strong>de</strong>ve garantir priorida<strong>de</strong> absoluta<br />

à efetivação dos direitos referentes à vida, à<br />

saú<strong>de</strong>, à alimentação, à educação, ao esporte, ao<br />

lazer, à profissionalização, à cultura, à dignida<strong>de</strong>,<br />

ao respeito, à liberda<strong>de</strong> e à convivência familiar e<br />

comunitária.<br />

Também é essencial lembrarmos que as crianças<br />

<strong>de</strong>vem ser respeitadas “como pessoas humanas<br />

em processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e como sujeitos<br />

<strong>de</strong> direitos civis, humanos e sociais garantidos na<br />

Constituição e nas leis” (ECA, Cap. II, Art. 15).<br />

Isto significa garantir a todas as crianças, como<br />

parte do direito à liberda<strong>de</strong>, o direito <strong>de</strong>:<br />

“ i - Ir e vir;<br />

ii - opinião e expressão;<br />

iii - crença e culto religioso;<br />

iV - brincar, praticar esportes e divertir-se;<br />

V - participar da vida familiar e comunitária,<br />

sem discriminação;<br />

Vi - participar da vida política, na forma da lei;<br />

Vii - buscar refúgio, auxílio e orientação.”<br />

(ECA, Cap II, Art. 16)<br />

E, com relação ao direito ao respeito, este consiste<br />

na “inviolabilida<strong>de</strong> da integrida<strong>de</strong> física, psíquica<br />

e moral da criança e do adolescente, abrangendo<br />

a preservação da imagem, da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, da<br />

autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços<br />

e objetos pessoais” (ECA, Cap. II, Art 17).<br />

Estes pontos que <strong>de</strong>stacamos do Estatuto não<br />

são apenas aspectos legais, mas encontram-se intimamente<br />

ligados às necessida<strong>de</strong>s da criança para<br />

que esta se <strong>de</strong>senvolva <strong>de</strong> maneira saudável.<br />

Apenas uma criança respeitada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua<br />

primeira infância, como sujeito <strong>de</strong> direitos, em sua<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão, opinião e autonomia po<strong>de</strong>rá<br />

crescer e se <strong>de</strong>senvolver saudavelmente, constituindo-se<br />

como uma pessoa capaz <strong>de</strong> lidar <strong>de</strong> forma<br />

ativa com sua vida e com os problemas.<br />

Veremos isto a seguir, ao <strong>de</strong>stacarmos alguns<br />

pontos do <strong>de</strong>senvolvimento psicológico e social<br />

da criança.

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