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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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crosporum, Tricophyton e Epi<strong>de</strong>rmophyiton,<br />

102 cujo habitat natural é o homem (fungos an- griseofulvina (>2 anos) 10 a 20 mg / kg / dia<br />

e vírus leva ao aparecimento <strong>de</strong> impetigo, fo- 103<br />

tropofílicos), os animais (fungos zoofíílicos) e<br />

o solo (fungos geofílicos). Inva<strong>de</strong>m a pele, cabelos<br />

e unhas.<br />

n clínica: a entrada do fungo na pele leva a uma<br />

resposta inflamatória, com aumento do turn<br />

over celular objetivando expulsar o mesmo. A<br />

lesão tem crescimento anular e centrífugo. na<br />

porção central existem poucos microorganismos<br />

e a periferia é rica em fungos. Tem localização<br />

variada. A tinha recebe a <strong>de</strong>nominação<br />

<strong>de</strong> acordo com a região acometida.<br />

n Tinha do couro cabeludo: lesões <strong>de</strong>scamativas,<br />

placas com tonsura, ou placa elevada contendo<br />

pústulas ou formando abscessos (quérion).<br />

n Tinha do corpo: lesões anulares ou ovais com<br />

bordas eritemato<strong>de</strong>scamativas e elevadas, e<br />

no centro pele normal. Observa-se um crescimento<br />

centrífugo com ativida<strong>de</strong> periférica.<br />

Freqüente em crianças <strong>de</strong> qualquer ida<strong>de</strong>. As<br />

lesões são em número variado e acompanhadas<br />

<strong>de</strong> prurido.<br />

n Tinha crural ou da coxa: pouco comum em<br />

crianças, freqüente em adolescentes e adultos.<br />

Eritema marginado uni ou bilateral acometendo<br />

a face medial das coxas e região inguinal<br />

acompanhada <strong>de</strong> prurido.<br />

n Tinha do pé: pouco comum em crianças, e freqüente<br />

nos em adolescentes e adultos. Observase<br />

<strong>de</strong>scamação e maceração interdigital, vesiculação<br />

em planta e bordas dos pés, hiperceratose.<br />

n Tinha da unha: rara antes da puberda<strong>de</strong>. Iniciase<br />

na porção distal da unha, que se torna distrófica,<br />

<strong>de</strong>scolorida e <strong>de</strong>scolada <strong>de</strong> seu leito.<br />

oBS.: Dermatofíti<strong>de</strong>s: (“i<strong>de</strong>s”) São reações inflamatórias<br />

da pele em local distante da infecção fúngica primária.<br />

Ocorrem por mecaismo imunilógico <strong>de</strong>sconhecido.<br />

O exame micológico direto e a cultura são<br />

negativos no local das “i<strong>de</strong>s”. Po<strong>de</strong>m se apresentar<br />

como pápulas foliculares, urticária, eritema anular<br />

centrífugo e vesiculação em mãos e pés. Desaparecem<br />

com o tratamento da <strong>de</strong>rmatofitose.<br />

TraTaMENTo DaS TiNhaS:<br />

n antifúngicos tópicos (<strong>de</strong>rivados azólicos, alilaminas)<br />

três vezes ao dia por duas a três semanas.<br />

n na tinha do couro cabeludo o tratamen-<br />

to sistêmico está formalmente indicado:<br />

por quatro a seis semanas; cetoconazol (> 2<br />

anos) 3 a 6 mg / kg / dia por dois a quatro meses;<br />

itraconazol: 3 a 5 mg / kg / dia por cinco<br />

semanas; terbinafina < 20 quilos: 62,6 mg<br />

/ dia, <strong>de</strong> 20 a 40 quilos: 125 mg / dia, e > 40<br />

quilos:250 mg / dia, por quatro semanas.<br />

n na onicomicose: fluconazol 3 a 6 mg / kg /<br />

dia, uma vez por semana, durante três a quatro<br />

meses (mão) e quatro a seis meses (pé);<br />

itraconazol: 5 mg / kg / dia , duas a quatro vezes<br />

(mão) e três a seis vezes (pé), em pulsoterapia<br />

(usar por sete dias e fazer um intervalo<br />

<strong>de</strong> três semanas para a próxima dose).<br />

caNDiDÍaSE:<br />

n agente etiológico: Candida albicans, levedura<br />

do gênero candida que habita na forma saprófita<br />

a pele, intestino, mucosa oral e vaginal.<br />

Torna-se patogênica quando ocorrem alterações<br />

no hospe<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> natureza imunológica,<br />

por uso <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>s e antibióticos, umida<strong>de</strong>,<br />

maceração. Ocorre em 20% dos recém natos<br />

<strong>de</strong>vido a colonização no canal <strong>de</strong> parto.<br />

n clínica: na criança po<strong>de</strong> acometer a mucosa<br />

oral com formação <strong>de</strong> placas esbranquiçadas,<br />

<strong>de</strong> aspecto leitoso, a<strong>de</strong>rentes, confluentes<br />

ou não, po<strong>de</strong>ndo ocupar toda a cavida<strong>de</strong><br />

bucal. Ao serem removidas <strong>de</strong>ixam a superfície<br />

avermelhada. nas pregas <strong>de</strong> flexão e região<br />

das fraldas, as lesões são eritematosas, úmidas,<br />

brilhosas, com presença <strong>de</strong> lesões papulosas<br />

satélites. O acometimento da comissura<br />

labial revela eritema, maceração e fissura.<br />

na paroníquia há tumefação, eritema, e<strong>de</strong>ma,<br />

dor e secreção purulenta. Quando afeta<br />

a matriz ungueal po<strong>de</strong> levar a distrofia. Ocorre<br />

pelo hábito <strong>de</strong> chupar os <strong>de</strong>dos, ou contato<br />

prolongado com a água.<br />

n Tratamento:<br />

• na candidíase oral: nistatina suspensão oral 50<br />

a 100.000 unida<strong>de</strong>s no prematuro e 200.000<br />

uds. (2ml) nos lactentes e crianças. Quatro a<br />

seis vezes ao dia, durante sete a quatorze dias.<br />

Usar até 48 horas após o <strong>de</strong>saparecimento das<br />

lesões. Ou, miconazol oral / gel, uma a duas<br />

vezes ao dia, por oito dias.<br />

• na candidíase sistêmica: fluconazol oral.<br />

• na paroníquia: usar antifúngico sistêmico, fluconazol<br />

oral (>2 anos), 3 a 6 mg / kg / dia, dose<br />

única semanal, por uma a duas semanas.<br />

• na candidíase das <strong>de</strong>mais localizações: nistatina<br />

tópica ou <strong>de</strong>rivados imidazólicos ( cetoconazol,<br />

miconazol.).<br />

obs.: A candidíase mucocutânea crônica ocorre <strong>de</strong>vido a<br />

uma alteração na ativida<strong>de</strong> do linfócito T. Há comprometimento<br />

<strong>de</strong> mucosa, pele e unhas po<strong>de</strong>ndo<br />

inclusive apresentar granuloma por candida. O tratamento<br />

requer uso <strong>de</strong> antifúngico sistêmico: anfotericina<br />

B endovenosa, 0,1 a 1mg / kg / dia com aumentos<br />

gradativos até a dose total <strong>de</strong> 4g.<br />

2.5.3 DERMATITES OU ECZEMAS<br />

São <strong>de</strong>rmatoses pruriginosas <strong>de</strong> etiologia variada.<br />

As mais comuns são: <strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> Contato<br />

(qualquer ida<strong>de</strong>), <strong>de</strong>rmatite Atópica (após o<br />

segundo trimestre <strong>de</strong> vida), <strong>de</strong>rmatite Seborreica<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros dias <strong>de</strong> vida), e a <strong>de</strong>rmatite<br />

<strong>de</strong> fraldas.<br />

2.5.3.1 DERMATITE ATÓPICA<br />

doença comum na infância, freqüentemente<br />

observada em pessoas alérgicas (atópicas) ou naquelas<br />

com história familiar <strong>de</strong> alergia (asma, rinite<br />

alérgica). As lesões aparecem entre dois e três meses<br />

<strong>de</strong> vida e ten<strong>de</strong>m a cronicida<strong>de</strong> e recorrência.<br />

n clínica: a forma <strong>de</strong> apresentação e distribuição<br />

das lesões na pele varia com a ida<strong>de</strong>. Encontra-se<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a presença <strong>de</strong> eritema, e<strong>de</strong>ma,<br />

pápulas, vesículas e secreção serosa, até crostas<br />

e liquenificação. O prurido intenso é um achado<br />

constante, associado à irritabilida<strong>de</strong>.<br />

nos lactentes, as lesões acometem a face (fronte<br />

e região malar, poupando a parte central),<br />

punhos e superfícies extensoras dos membros<br />

com aspecto eritematoso e exsudativo. Entre<br />

os dois e três anos ocorre o envolvimento das<br />

áreas flexurais (cubital e poplítea), e durante a<br />

adolescência ocorrem lesões nas flexuras, face,<br />

pescoço, mãos e pés. A pele seca e áspera é<br />

freqüentemente observada.<br />

É comum a infecção secundária das lesões,<br />

pois a coçadura e a constante escarificação<br />

das áreas envolvidas contribui para a inoculação<br />

e disseminação <strong>de</strong> agentes infecciosos. A<br />

colonização da pele e das lesões por bactérias<br />

liculites, molusco contagioso, verrugas, e ocasionalmente<br />

o herpes simples.<br />

n Tratamento:<br />

na <strong>de</strong>rmatite atópica não complicada por infecção<br />

secundária <strong>de</strong>ve-se buscar o controle do<br />

prurido, a diminuição da inflamação, a proteção<br />

da pele aos irritantes <strong>de</strong>sconhecidos e a remoção<br />

dos irritantes conhecidos.<br />

O uso <strong>de</strong> sabonetes suaves, banhos não <strong>de</strong>morados,<br />

e lubrificantes tópicos auxiliam a minimizar<br />

o ressecamento da pele promovendo uma<br />

diminuição do prurido.<br />

<strong>de</strong>ve-se orientar a família sobre a cronicida<strong>de</strong><br />

da doença, os fatores agravantes e as remissões.<br />

na criança, na fase aguda po<strong>de</strong>m ser utilizados<br />

esterói<strong>de</strong>s tópicos <strong>de</strong> média potência (<strong>de</strong>sonida,<br />

mometasona) por curto período, em uma única<br />

aplicação diária, apenas para o controle da situação.<br />

A manutenção do tratamento é feita com<br />

esterói<strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixa potência (hidrocortisona 1%),<br />

<strong>de</strong>scontinuando-se e suspen<strong>de</strong>ndo o uso quando<br />

da remissão das lesões.<br />

Imunomoduladores <strong>de</strong> uso tópico (pimecrolimus<br />

e tracolimus 2x ao dia) nos casos leves. Quando<br />

utilizados logo no início das exacerbações tem<br />

mostrando um bom resultado, entretanto ainda<br />

apresentam custo elevado.<br />

na face <strong>de</strong>ve-se sempre utilizar corticói<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

baixa potência e por períodos curtos. não utilizar<br />

os fluorados.<br />

n outros cuidados:<br />

• controlar a sudorese excessiva, que piora o<br />

prurido, com a utilização <strong>de</strong> roupas <strong>de</strong> algodão<br />

e tecidos não sintéticos. Proteger o corpo<br />

da poeira e <strong>de</strong> outros irritantes;<br />

• evitar o contato com irritantes conhecidos,<br />

como as roupas e cobertores <strong>de</strong> lã, pêlos <strong>de</strong><br />

animais, perfumes, fumaça do cigarro, sabões<br />

perfumados, <strong>de</strong>tergentes, brinquedos <strong>de</strong> pelúcia.<br />

• evitar o uso <strong>de</strong> corantes, conservantes, e aditivos<br />

alimentares;<br />

• diminuir ou evitar o consumo <strong>de</strong> clara <strong>de</strong> ovo,<br />

amendoim, morango, leite <strong>de</strong> vaca nos casos<br />

necessários;<br />

• sempre manter as unhas limpas e curtas;

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