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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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A violência é um fenômeno que vem adquirindo<br />

168 cada vez mais importância na socieda<strong>de</strong> brasileira e xual, é que em 85-90% dos casos os agres-<br />

• <strong>de</strong>screve a criança como má ou <strong>de</strong>sobe- infância;<br />

169<br />

que tem atingido, indistintamente vários grupos sociais,<br />

instituições e faixas etárias da população.<br />

Os estudos sobre a violência urbana têm mostrado<br />

que é um fenômeno multicausal e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

tanto <strong>de</strong> fatores econômicos, sociais e culturais.<br />

A violência apresenta várias expressões e sujeitos<br />

envolvidos, ocorrendo nas ruas, nas escolas,<br />

nas instituições e principalmente, no seio familiar,<br />

on<strong>de</strong> também os dados são alarmantes, mostrando<br />

abuso do po<strong>de</strong>r disciplinador e coercitivo do<br />

adulto sobre a criança e o adolescente.<br />

3.1 CATEGORIAS<br />

DA VIOLÊNCIA<br />

ViolÊNcia FÍSica<br />

n É qualquer ação, única ou repetida por um<br />

adulto sobre uma criança ou adolescente e<br />

que lhe cause dano físico, mesmo que leve;<br />

ViolÊNcia PSicolÓGica<br />

n É quando existe a intervenção do adulto, <strong>de</strong>preciando<br />

uma criança, causando-lhe gran<strong>de</strong><br />

constrangimento e sofrimento mental;<br />

n São seis as formas mais praticadas: isolar, rejeitar,<br />

aterrorizar, ignorar, corromper, produzir<br />

expectativas irreais ou extremadas;<br />

NEGliGÊNcia<br />

n Consiste na omissão em prover as necessida<strong>de</strong>s<br />

físicas, emocionais e sociais <strong>de</strong> uma criança<br />

ou adolescente;<br />

n Casos como a não garantia <strong>de</strong> educação prevista<br />

por lei e falhas no alimentar e vestir a<strong>de</strong>quadamente<br />

os filhos são alguns exemplos e<br />

negligência;<br />

ViolÊNcia SEXUal<br />

n É todo ato ou jogo sexual ou relação homossexual,<br />

entre um adulto que tenha laços <strong>de</strong> consangüinida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

com uma criança ou adolescente menor<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos, tendo por finalida<strong>de</strong> estimular<br />

sexualmente as mesmas ou utilizá-la para<br />

obter uma estimulação sexual sem contato físico,<br />

com ou sem emprego <strong>de</strong> força física;<br />

n Um dado relevante com relação à violência se-<br />

sores são pessoas conhecidas da criança, geralmente<br />

pai, padrasto ou outra pessoa com<br />

quem tem laços <strong>de</strong> confiança e afeto;<br />

n <strong>de</strong>sta forma, é um fenômeno complexo que<br />

<strong>de</strong>ve ser combatido <strong>de</strong> forma sistemática e rigorosa,<br />

pois o que está em jogo é a vida <strong>de</strong><br />

uma criança e adolescente;<br />

FOrMAS dE VOLÊnCIA SEXUAL<br />

n abuso Sexual: acontece com ou sem abuso físico,<br />

e consiste em toda ação em que a criança<br />

é usada para satisfação sexual <strong>de</strong> pessoas mais<br />

velhas.<br />

n assédio Sexual: caracteriza-se por propostas<br />

<strong>de</strong> relações sexuais. nesses casos, crianças e<br />

adolescentes são chantageadas e ameaçadas<br />

pelos autores da agressão.<br />

n Exploração Sexual: é a forma <strong>de</strong> violência sexual<br />

caracterizada pelos fins comerciais, tais como:<br />

turismo sexual, pornografia e prostituição.<br />

Todos os tipos <strong>de</strong> violência sexual são uma viloação<br />

dos direitos humanso da criança e do adolescente.<br />

São atos que <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificados e<br />

<strong>de</strong>nunciados.<br />

3.2 SINAIS DE ALERTA<br />

Existem alguns sinais <strong>de</strong> alerta que po<strong>de</strong>m subsidiar<br />

os profissionais da saú<strong>de</strong> na i<strong>de</strong>ntificação das<br />

diversas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> violência, como:<br />

ViolÊNcia FÍSica<br />

n indicadores físicos da criança<br />

• Lesões físicas como queimaduras, feridas e<br />

fraturas;<br />

n comportamento da criança:<br />

• Agressiva;<br />

• Apática;<br />

• hiperativa;<br />

• <strong>de</strong>pressiva;<br />

• Teme aos pais;<br />

• Foge constantemente <strong>de</strong> casa;<br />

• Problemas <strong>de</strong> aprendizagem;<br />

n características da família:<br />

• Oculta as lesões ou as justifica <strong>de</strong> forma<br />

contraditória;<br />

diente;<br />

ViolÊNcia PSicolÓGica<br />

n indicadores físicos da criança:<br />

• Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, obesida<strong>de</strong>, urinar na<br />

roupa e na cama, chupar <strong>de</strong>do;<br />

• Comportamento da criança:<br />

• Problema <strong>de</strong> aprendizagem;<br />

• Apático;<br />

• Tendência suicida;<br />

• Problemas com o sono;<br />

n características da família:<br />

• rejeita a criança, aterroriza, ignora, isola,<br />

corrompe, produz expectativas irreais;<br />

NEGliGÊNcia<br />

n indicadores físicos da criança:<br />

• Crescimento <strong>de</strong>ficiente, fadiga constante,<br />

pouca atenção;<br />

n comportamento da criança:<br />

• hiper ou hipoativida<strong>de</strong>, comportamentos<br />

regressivos, atrasos na escola e nas consultas<br />

médicas;<br />

n característica da família:<br />

• Apática e passiva;<br />

• Po<strong>de</strong> usar álcool e drogas;<br />

• <strong>de</strong>sleixo;<br />

ViolÊNcia SEXUal<br />

n indicadores físicos da criança:<br />

• dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> caminhar;<br />

• Infecções urinárias;<br />

• Secreções vaginais ou penianas;<br />

• dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> urinar ou <strong>de</strong>glutir;<br />

• Comportamento da criança:<br />

• Vergonha excessiva;<br />

• Autoflagelação;<br />

• Comportamento sexual ina<strong>de</strong>quado para<br />

a sua ida<strong>de</strong>;<br />

• Tendência suicida;<br />

• Fugas constantes <strong>de</strong> casa;<br />

• Alternância <strong>de</strong> humor e medo <strong>de</strong> lugares<br />

fechados;<br />

n característica da família:<br />

• Crê que o contato sexual é uma forma <strong>de</strong><br />

amor sexual;<br />

• Promiscuida<strong>de</strong> ou sedução sexual;<br />

• Abusa <strong>de</strong> álcool e drogas;<br />

• O perpetrador po<strong>de</strong> ter sofrido abuso na<br />

• Possessivida<strong>de</strong> com a criança;<br />

n Demais sintomas:<br />

• Conhecimento e interesse precoce por assuntos<br />

relacionados ao sexo;<br />

• Manifetação precoce da sexualdia<strong>de</strong>;<br />

• Medo ou pânico <strong>de</strong> certas pessoas;<br />

• Oscilação no humor entre retraída e extrovertida;<br />

• Choro excessivo sem causa aparente;<br />

• dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamento em grupo<br />

e isolamento social;<br />

• Comportamento auto-<strong>de</strong>strutivo ou suicida;<br />

• roupas íntimas ragadas ou manchadas;<br />

• Freqüentes fugas <strong>de</strong> casa;<br />

• dificulada<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração e aprendizagem<br />

resultando em baixo rendimento escolar;<br />

• Marcas físicas constantes, como hematomas,<br />

lesões ou sangramentos;<br />

• Queixa <strong>de</strong> dores, coceiras, corrimentos e<br />

outras secreções nos órgãos genitais.<br />

Se a criança e adolescentes próximos a você<br />

apresentam alguns <strong>de</strong>sses sintomas, po<strong>de</strong> ser um<br />

caso <strong>de</strong> violência sexual.<br />

3.3 ESTRATÉGIAS DE<br />

ATENDIMENTO E<br />

ENCAMINHAMENTOS<br />

DAS CRIANÇAS E<br />

ADOLESCENTES<br />

VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA<br />

DOMÉSTICA<br />

n Mapear a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços existentes na cida<strong>de</strong><br />

que atua no enfrentamento à violência doméstica,<br />

para conhecimento das suas atribuições<br />

e possíveis encaminhamentos;<br />

n notificar os casos segundo as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

violência apresentadas;<br />

n Atentar para as falas, os gestos, comportamentos<br />

e expressões das crianças e adolescentes<br />

como sinalizadores da relação que ela estabelece<br />

com o mundo e com outro, para reunir<br />

elementos que possam apontar para um possível<br />

diagnóstico da violência;

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