À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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PArA FAE:<br />
146 • Evitar contatos com doentes <strong>de</strong> FAE até 24 • Laringoe<strong>de</strong>ma alérgico: reação anafilática;<br />
147<br />
horas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> antibiótico a<strong>de</strong>quado;<br />
• Suspen<strong>de</strong>r o comparecimento à creche, escola<br />
ou festas por, pelo menos, 24 horas<br />
<strong>de</strong> uso <strong>de</strong> antibiótico.<br />
PArA Fr:<br />
• Tratamento da FAE com antibiótico a<strong>de</strong>quado,<br />
até o 9o dia <strong>de</strong> evolução da doença,<br />
é ainda efetivo;<br />
• Tentar erradicar o estreptococo da orofaringe<br />
do paciente quando este ou algum familiar<br />
tenha história prévia <strong>de</strong> febre reumática.<br />
PArA GndA:<br />
• risco <strong>de</strong> GndA não é reduzido com o uso<br />
<strong>de</strong> antibiótico na fase aguda da FAE.<br />
2.10.5 LARINGITE VIRAL AGUDA<br />
A laringite é uma inflamação subglote da laringe.<br />
Ocorre congestão e e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong>sta região acarretando<br />
grau variável <strong>de</strong> obstrução da via aérea.<br />
Acontece mais em lactentes e pré-escolares sendo<br />
o pico <strong>de</strong> incidência aos 2 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
n Sinais e sintomas: coriza, obstrução nasal,<br />
tosse seca e febre baixa.<br />
n Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro<br />
rouco e estridor inspiratório. Em casos graves<br />
o estridor é mais intenso, ocorre tiragem<br />
supra external, batimento <strong>de</strong> asas do nariz, estridor<br />
também expiratório e agitação. nos casos<br />
extremos, além <strong>de</strong> intensa dispnéia e agitação,<br />
surgem pali<strong>de</strong>z, cianose, torpor, convulsões,<br />
apnéia e morte.<br />
n Diagnóstico diferencial:<br />
• Laringite espasmódica (estridulosa): sem os<br />
pródromos <strong>de</strong> IVAS;<br />
• Epiglotite aguda: febre alta, dor ou dificulda<strong>de</strong><br />
para engolir a saliva (sialorréia), ausência<br />
<strong>de</strong> rouquidão, prostração e toxemia;<br />
• Malformações congênitas <strong>de</strong> via aérea (laringomalácia,<br />
traqueomalácia, estenose<br />
subglótica);<br />
• Corpo estranho: relato <strong>de</strong> engasgo, início<br />
súbito;<br />
• Laringotraqueite bacteriana: secundária a<br />
IVAS viral. há febre alta e toxemia;<br />
• Laringite diftérica: ausência ou vacinação<br />
incompleta para difteria. Presença <strong>de</strong> pla-<br />
cas na orofaringe e toxemia;<br />
• Abcesso retrofaríngeo.<br />
n Exames complementares: <strong>de</strong>snecessários.<br />
n radiografia <strong>de</strong> região cervical: há diminuição<br />
da luz do segmento subglótico (sinal da<br />
ponta <strong>de</strong> lápis). Corpo estranho só é percebido<br />
se for radiopaco;<br />
n Broncoscopia flexível: não é indicada em casos<br />
<strong>de</strong> laringite viral. nos casos suspeitos <strong>de</strong><br />
malformação congênita da via aérea, sua realização<br />
é mandatória.<br />
n Medidas preventivas: Evitar contato, sempre<br />
que possível, <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> 2 anos com<br />
pessoas com IVAS.<br />
2.10.6 OTITE MÉDIA AGUDA<br />
n Etiologia: Streptococcus pneumoniae, haemophilus<br />
influenzae tipo B, Moraxella catarrhalis<br />
e os virus sincicial respiratório, a<strong>de</strong>novirus<br />
e rinovirus.<br />
n Sinais e sintomas: quadro <strong>de</strong> IVAS mais dor<br />
ou secreção no ouvido. A dor se caracteriza<br />
por choro, inquietação e, às vezes, dificulda<strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>glutir. nos lactentes po<strong>de</strong>m ocorrer<br />
vômitos e diarréia.<br />
n Exame físico:<br />
• hiperemia <strong>de</strong> membrana timpánica (início<br />
da inflamação);<br />
• Formação <strong>de</strong> mucopus, produzindo abaulamento,<br />
e<strong>de</strong>ma e opacificação da membrana<br />
timpânica (fase <strong>de</strong> exudação);<br />
• Perfuração puntiforme da membrana timpânica<br />
(fase <strong>de</strong> supuração).<br />
n Diagnóstico clínico<br />
COMPLICAçÕES:<br />
• Mastoidite: tumefação dolorosa ao toque na<br />
parte posterior do pavilhão auricular, geralmente<br />
acompanhada <strong>de</strong> sinais inflamatórios;<br />
• Infecção crônica do ouvido: supuração por<br />
mais <strong>de</strong> 14 dias;<br />
• Meningite.<br />
n Tratamento: ver tabela <strong>de</strong> tratamento.<br />
n Medidas preventivas:<br />
• Aleitamento materno exclusivo até 6 meses;<br />
• Vacinação <strong>de</strong> rotina em dia.<br />
TraTaMENTo DaS iNFEcÇÕES rESPiraTÓriaS<br />
CLASSiFiCAçãO OU<br />
DiAGNÓSTiCO<br />
NÃO É PNEUMONIA<br />
(rinofaringite aguda)<br />
PNEUMONIA<br />
PNEUMONIA GRAVE OU<br />
DOENÇA MUITO GRAVE<br />
SINUSITE AGUDA<br />
FARINGOAMIGDALITE<br />
ESTREPTOCÓCICA<br />
LARINGITE VIRAL<br />
OTITE MÉDIA AGUDA<br />
TRATAMENTO<br />
rEaValiaÇÃo E coNDUTa<br />
Na coNSUlTa DE rETorNo<br />
• Repouso no período febril<br />
• Melhorar hidratação oral<br />
• Orientar dieta<br />
• Higiene e <strong>de</strong>sobstrução nasal<br />
• Analgésico e antitérmico – Paracetamol (200mg/ml: 1 gota/kg 6/6 h ou 100 mg/ml: 2 gotas/<br />
kg 6/6 h)<br />
• Informar à mãe sobre quando retornar imediatamente<br />
• Se houver sibilância, tratar<br />
• Seguimento em 5 dias se não melhorar<br />
< 2 meses: tratamento hospitalar – exceção na pneumonia atípica do lactente:<br />
(Eritromicina 40 mg/kg/dia <strong>de</strong> 6/6h por 10 dias)<br />
> 2 meses a 5 anos<br />
• Amoxicilina 50 mg/kg/dia, VO, <strong>de</strong> 8/8h por 7-10 dias ou, < 10 kg <strong>de</strong> 24/24h<br />
• Penicilina procaína 50.000U/kg/dia, IM, por 7 dias > 10 kg <strong>de</strong> 12/12h<br />
> 5 anos<br />
• Amoxicilina ou Orientar retorno imediato.<br />
• Penicilina procaína ou Reavaliar após 48 horas.<br />
• Eritromicina (suspeita <strong>de</strong> mycoplasma)<br />
Referir urgentemente para hospital<br />
Amoxicilina por 14 dias ou Sulfametoxazol/Trimetoprim por 14 dias<br />
Orientar retorno imediato<br />
Reavaliar após 72 horas<br />
• Penicilina G Benzatina:<br />
< 20 kg: 50.000 U/ Kg, IM, dose única<br />
> 20 kg: 1.200.000U, IM, dose única ou<br />
• Amoxicilina: por 10 dias ou,<br />
• Eritromicina: <strong>de</strong> 6/6h por 10 dias<br />
• Casos leves: tratamento ambulatorial<br />
Alimentação leve (pequenas porções e maior freqüência), hidratação oral, ambiente calmo,<br />
orientar retorno imediato.<br />
• Casos mo<strong>de</strong>rados e graves: tratamento hospitalar<br />
• Amoxicilina por 10-14 dias ou<br />
• Sulfametoxazol + trimetoprim por 10-14 dias<br />
• Orientar retorno imediato<br />
• Reavaliação após 5 dias<br />
• Se tiver mastoidite: tratamento hospitalar<br />
n Pneumonia: retorno após 48 horas<br />
• Se o quadro clínico piorar: referir urgentemente<br />
para hospital<br />
• Se o quadro clínico permanecer inalterado<br />
e sem sinais <strong>de</strong> agravamento: Lembrar<br />
sempre do diagnóstico diferencial <strong>de</strong> pneu-<br />
monia viral (que não melhora com antibióticos).<br />
Se realmnete for bacteriana avaliar<br />
troca do antibiótico para: amoxicilina na<br />
dose <strong>de</strong> 80-100 mg/ Kg/ dia (pneumococo<br />
parcialmente resistente). 2ª opção: amoxicilina-clavulanato<br />
(bactérias produtoras<br />
<strong>de</strong> beta-lactamase, como a Moraxela) ou<br />
sulfametoxazol + trimetoprim (rEMUME).<br />
Cefalosporinas não conferem maior prote-