À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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sexo masculino é 2 vezes maior que no feminino.<br />
132 Os sintomas mais comuns são febre, disp- do grupo A <strong>de</strong> Lancefield. Os Streptococcus dos<br />
mas das mãos e plantas dos pés. Acompanha-se As precauções respiratórias <strong>de</strong>vem ser reco- 133<br />
néia, dor torácica, mal estar. Também arritmias<br />
e sinais <strong>de</strong> insuficiência cardíaca congestiva, aumento<br />
<strong>de</strong> área cardíaca (50% dos casos). Em 2/3<br />
dos casos é precedido por doença do trato respiratório<br />
superior.<br />
O prognóstico é favorável com recuperação<br />
completa em algumas semanas.<br />
n Pleurodinia – doença epidêmica freqüentemente<br />
associada a coxsackie e também echovirus.<br />
Quadro infeccioso agudo, envolvendo musculatura<br />
abdominal e intercostal, caracterizado por início<br />
súbito <strong>de</strong> febre e dor intensa e espasmódica<br />
em tórax e abdome superior.<br />
DiaGNÓSTico<br />
O diagnóstico clínico é muito difícil porque se<br />
confun<strong>de</strong> com inúmeras enfermida<strong>de</strong>s. <strong>de</strong>ve ser<br />
suspeitado nas gran<strong>de</strong>s síndromes clínicas, especialmente<br />
no verão e outono.<br />
diagnóstico laboratorial: cultura <strong>de</strong> vírus (padrão<br />
ouro); neutralização e imunofluorescência indireta<br />
(diferencia enterovírus pólio do não pólio);<br />
reação em ca<strong>de</strong>ia da polimerase; hemaglutinação<br />
e fixação do complemento; ensaio imunoenzimático<br />
(baixa sensibilida<strong>de</strong>).<br />
TraTaMENTo<br />
Sintomático e suporte.<br />
ProGNÓSTico<br />
Bom na maioria dos casos, exceto quando há<br />
comprometimento cardíaco ou neurológico.<br />
Coxsackie A e B - o grupo A apresenta 23 sorotipos<br />
antigênicos (A1 até A24), excetuando--se o<br />
tipo A23, reconhecido como sendo o Echovirus 9; o<br />
grupo B inclui apenas seis sorotipos (B1 até B6).<br />
b) Echovirus - distribuem-se em 31 sorotipos<br />
(1 até 34), excetuando-se os tipos 10 (classificado<br />
como um reovirus), 28 (classificado como um<br />
rhinovirus) e 34.<br />
c) Enterovirus - incluem quatro sorotipos (68 a<br />
71), nomeados simplesmente como enterovírus.<br />
2.8.7 ESCARLATINA<br />
A escarlatina constitui enfermida<strong>de</strong> infectocontagiosa<br />
que tem como causa, na quase totalida<strong>de</strong><br />
dos casos, uma das várias toxinas eritrogê-<br />
nicas produzidas pelo Streptococcus b-hemolítico<br />
outros grupos, especificamente dos grupos C e G,<br />
também po<strong>de</strong>m ser causa <strong>de</strong> escarlatina.<br />
A doença é mais freqüentemente associada à<br />
FArInGOTOnSILITE AGUdA estreptocócica, po<strong>de</strong>ndo,<br />
em situações mais raras, acompanhar quadros<br />
<strong>de</strong> lesões infectadas <strong>de</strong> pele.<br />
A enfermida<strong>de</strong> inci<strong>de</strong> principalmente em crianças<br />
pré-escolares e escolares, sendo rara em lactentes;<br />
este fato <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> possível persistência<br />
<strong>de</strong> anticorpos maternos protetores nessa faixa etária,<br />
ou ainda <strong>de</strong> imaturida<strong>de</strong> imunológica, não havendo<br />
hipersensibilização às toxinas eritrogênicas<br />
nos primeiros meses <strong>de</strong> vida.<br />
Crianças pequenas, entre um a três anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>, com infecção respiratória por estreptococo<br />
do grupo A a maioria das vezes apresentam uma<br />
rinite grave, com febre, irritabilida<strong>de</strong> e anorexia (<br />
FEBrE ESTrEPTOCÓCICA) , raramente apresentam<br />
a forma clássica da faringite.<br />
Via DE TraNSMiSSÃo<br />
Principalmente <strong>de</strong> uma pessoa para outra ou<br />
<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado local do organismo para outro.<br />
O contato fechado é requerido para a transmissão,<br />
aparentemente pela projeção direta <strong>de</strong> partículas<br />
gran<strong>de</strong>s nos casos <strong>de</strong> faringite ou pela transferência<br />
física <strong>de</strong> secreções contendo a bactéria.<br />
PErÍoDo DE TraNSMiSSÃo<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o período prodrômico, principalmente<br />
durante a fase aguda da doença, até 24 a 48 horas<br />
do início <strong>de</strong> terapêutica antibiótica eficaz.<br />
PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />
Varia <strong>de</strong> dois a cinco dias nos quadros <strong>de</strong> faringite<br />
e <strong>de</strong> sete a <strong>de</strong>z dias para as infecções <strong>de</strong> pele.<br />
QUaDro clÍNico<br />
As manifestações clínicas iniciam-se <strong>de</strong> forma<br />
abrupta, com febre alta, dor <strong>de</strong> garganta, faringite,<br />
a<strong>de</strong>nomegalia cervical e submandibular, po<strong>de</strong>ndo<br />
ocorrer vômitos e cefaléia. Este período<br />
prodrômico dura cerca <strong>de</strong> 12 a 48 horas, quando<br />
surge a erupção cutânea.<br />
O exantema da escarlatina é difuso, vermelho<br />
intenso que clareia à dígito-pressão, micropapular,<br />
com pápulas muito próximas umas das outras,<br />
dando a sensação <strong>de</strong> lixa ao toque. Inicia-se<br />
na região torácica, com rápida disseminação para<br />
o tronco, pescoço e membros, poupando as pal-<br />
<strong>de</strong> alguns sinais característicos, bastante úteis para<br />
o diagnóstico, a saber:<br />
n Sinal <strong>de</strong> Filatow: pali<strong>de</strong>z perioral, contrastando<br />
com bochechas e testa hiperemiadas.<br />
n língua saburrosa: no primeiro e segundo<br />
dias da doença, a língua se encontra recoberta<br />
com uma espessa camada esbranquiçada.<br />
n língua em framboesa: a camada esbranquiçada<br />
se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> após o terceiro ou quarto<br />
dia, aparecendo uma hipertrofia e hiperemia<br />
das papilas linguais.<br />
n Sinal <strong>de</strong> Pastia: petéquias nas dobras articulares<br />
ou em outras áreas das extremida<strong>de</strong>s, formando<br />
linhas transversais, com pigmentação residual<br />
quando o eritema petequial <strong>de</strong>saparece.<br />
n Descamação: geralmente ocorre após cinco a<br />
sete dias do princípio do quadro. Inicia-se com<br />
o <strong>de</strong>sprendimento <strong>de</strong> pequenas placas <strong>de</strong> pele<br />
em face, pescoço e tórax, esten<strong>de</strong>ndo-se posteriormente<br />
para as extremida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> se torna<br />
mais intensa; aí são liberados gran<strong>de</strong>s pedaços<br />
<strong>de</strong> pele, ocorrendo a chamada <strong>de</strong>scamação<br />
em "<strong>de</strong>dos <strong>de</strong> luva". Esse período po<strong>de</strong> se<br />
prolongar por até três a oito semanas, na <strong>de</strong>pendência<br />
da intensida<strong>de</strong> do exantema.<br />
DiaGNÓSTico<br />
As manifestações características da escarlatina<br />
fazem com que o diagnóstico seja estabelecido,<br />
na maior parte dos casos, com base nos achados<br />
clínicos.<br />
n cultura: Teste diagnóstico <strong>de</strong> escolha para<br />
crianças com faringite, com material coletado<br />
por meio <strong>de</strong> "swab" em amígdalas e faringe<br />
posterior. não é usado <strong>de</strong> rotina.<br />
TraTaMENTo E PrEVENÇÃo<br />
n Penicilina benzatina<br />
dose única, via intramuscular, <strong>de</strong> 1 200 000 U<br />
para crianças com mais <strong>de</strong> 25 kg e <strong>de</strong> 600 000 U<br />
para aquelas com peso inferior a 25 kg.<br />
n Tratamento por via oral<br />
Penicilina V (fenoximetilpenicilina rEMUMS),<br />
amoxicilina, eritromicina ou outros macrolí<strong>de</strong>os po<strong>de</strong>m<br />
ser utilizados. recomenda-se prolongar o tratamento<br />
por <strong>de</strong>z dias, exceto quando se usa a azitro-<br />
micina, que <strong>de</strong>ve ser empregada por cinco dias.<br />
mendadas até 24 horas após o início <strong>de</strong> terapêutica<br />
antibiótica eficaz.<br />
Os contatos íntimos <strong>de</strong>vem receber penicilina<br />
benzatina em dose única ou antibioticoterapia por<br />
via oral durante <strong>de</strong>z dias.<br />
NoTiFicaÇÃo<br />
não é necessário notificar.<br />
2.8.8 MONONUCLEOSE INFECCIOSA<br />
doença infecto-contagiosa <strong>de</strong> baixa infectivida<strong>de</strong><br />
causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), um vírus<br />
dnA da família dos herpes vírus.<br />
Tem maior prevalência em crianças e adultos<br />
jovens, mas po<strong>de</strong> acometer indivíduo susceptível<br />
<strong>de</strong> qualquer faixa etária.<br />
Via DE TraNSMiSSÃo<br />
Ocorre através <strong>de</strong> contato direto com saliva por<br />
isso é também conhecida como doença do beijo.<br />
Apesar do vírus ser viável por algumas horas fora<br />
do corpo, a transmissão por objetos contaminados<br />
é discutível. Transmissão vertical e através <strong>de</strong><br />
hemo<strong>de</strong>rivados po<strong>de</strong> ocorrer, mas é rara.<br />
PErÍoDo DE TraNSMiSSÃo<br />
O período <strong>de</strong> transmissão não é bem <strong>de</strong>finido,<br />
mas a excreção viral po<strong>de</strong> continuar por meses<br />
após a infecção e portadores assintomáticos<br />
são comuns, mas por requer contato direto com<br />
secreção salivar e ter baixa infectivida<strong>de</strong> não é observado<br />
surtos <strong>de</strong>sta doença.<br />
PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />
Varia <strong>de</strong> 10 a 60 dias sendo em média <strong>de</strong> 30<br />
a 45 dias.<br />
aPrESENTaÇÃo clÍNica:<br />
Po<strong>de</strong> ser precedida por um período prodrômico<br />
representado por anorexia, fadiga, mialgia e cefaléia<br />
(retro-orbitária). nas crianças menores a infecção<br />
primária geralmente é assintomática. Em crianças<br />
maiores e em adultos jovens a apresentação<br />
clínica clássica ocorre e é representada por:<br />
DiaGNÓSTico<br />
n hemograma: a leucometria gira em torno <strong>de</strong>