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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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mecanismos auto-imunes, po<strong>de</strong>ndo ser evi<strong>de</strong>n-<br />

124 ciadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o segundo ano <strong>de</strong> vida até a ida- doze meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que apresente sinais clínicos<br />

Todas as crianças e adolescentes <strong>de</strong>vem ter re- 125<br />

<strong>de</strong> escolar. <strong>de</strong>ntre elas se <strong>de</strong>staca, tanto isoladamente<br />

quanto em conjunto com outras, a<br />

sur<strong>de</strong>z, que muitas vezes só é diagnosticada<br />

quando a criança, em ida<strong>de</strong> escolar, exibe dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizagem. Outras manifestações:<br />

endocrinopatias (diabetes, hipotireoidismo,<br />

hipertireoidismo e <strong>de</strong>ficiência do hormônio<br />

do crescimento), lesões oculares ( glaucoma, reabsorção<br />

do cristalino com catarata e neovascularização<br />

sub- -retiniana), lesões vasculares<br />

(proliferação da íntima e estenose das artérias,<br />

hipertensão por estenose da artéria renal, doença<br />

coronariana e cerebral secundárias), panencefalite<br />

rubeólica progressiva, distúrbios do<br />

comportamento, da aprendizagem e autismo.<br />

DiaGNÓSTico DiFErENcial<br />

As sufusões hemorrágicas, a hepatoesplenomegalia<br />

e a icterícia, que po<strong>de</strong>m ocorrer na rubéola<br />

congênita, às vezes estão presentes nas seguintes<br />

entida<strong>de</strong>s: toxoplasmose, citomegalia, sífilis, sepse,<br />

eritroblastose fetal e infecção herpética. Contudo,<br />

nessas infecções existem outros dados com<br />

fundamental importância diagnóstica.<br />

DiaGNÓSTico laBoraTorial<br />

IgM Fetal continua a ser produzida durante 3-5<br />

meses após o nascimento, caindo após o 6º mês, quando<br />

começa a aumentar a IgG produzida pela criança<br />

infectada. A IgG materna <strong>de</strong>clina após o 5º mês.<br />

diagnóstico da rubéola congênita: IgM Fetal<br />

positiva ou IgG com títulos 4 vezes os títulos maternos<br />

ou aumento dos títulos <strong>de</strong> Ig G em exames<br />

subseqüentes do lactente.<br />

TraTaMENTo<br />

não há tratamento específico; por essa razão,<br />

toda atenção <strong>de</strong>ve ser voltada no sentido da profilaxia,<br />

através da imunização ativa e da recomendação<br />

expressa para se evitar o contato <strong>de</strong> pacientes<br />

com mulheres grávidas susceptíveis, sobretudo<br />

no primeiro trimestre da gestação.<br />

NoTiFicaÇÃo<br />

A Síndrome da rubéola Congênita é doença<br />

<strong>de</strong> notificação compulsória <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996. <strong>de</strong>vem ser<br />

notificados todos os casos suspeitos <strong>de</strong> SrC. <strong>de</strong>fine-se<br />

como caso suspeito <strong>de</strong> SrC: “todo recémnascido<br />

cuja mãe foi caso suspeito ou confirmado<br />

<strong>de</strong> rubéola durante a gestação, ou toda criança até<br />

compatíveis com infecção congênita pelo vírus da<br />

rubéola, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da história materna.”<br />

RUBÉOLA PÓS-NATAL<br />

EPiDEMioloGia<br />

n A virose é <strong>de</strong> distribuição universal e 70-85%<br />

dos adultos são imunes. Cerca <strong>de</strong> 25 a 50%<br />

dos casos são subclínicos, <strong>de</strong> acordo com inquéritos<br />

realizados em crianças<br />

n A virose acomete pessoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s,<br />

principalmente escolares, adolescentes e adultos<br />

jovens.<br />

QUaDro clÍNico<br />

n Após o período <strong>de</strong> incubação <strong>de</strong> duas a três<br />

semanas, com duração média <strong>de</strong> 16 a 18 dias,<br />

surgem as manifestações prodrômicas, que se<br />

esten<strong>de</strong>m por um a cinco dias; sua intensida<strong>de</strong><br />

é variável com a faixa etária, po<strong>de</strong>ndo não<br />

ocorrer em lactentes. <strong>de</strong>ntre elas, merecem<br />

<strong>de</strong>staque: conjuntivite, dor <strong>de</strong> garganta, cefaléia,<br />

linfa<strong>de</strong>nopatia occipital, retroauricular e<br />

cervical, febre, calafrios, anorexia e náuseas.<br />

n O exantema, presente em 50 a 70% dos casos,<br />

é maculopapular, <strong>de</strong> coloração rósea, surgindo<br />

inicialmente na face e generalizando-se no<br />

sentido crânio-podálico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 24 a 48 horas;<br />

não costuma evoluir com alteração <strong>de</strong> cor<br />

e <strong>de</strong>scamação, po<strong>de</strong>ndo, em caráter excepcional,<br />

arrastar-se até o quinto dia. Em alguns casos<br />

o exantema da rubéola é do tipo escarlatiniforme<br />

e em outros assemelha-se ao do eritema<br />

infeccioso, com aspecto rendilhado.<br />

n A febre é mo<strong>de</strong>rada, raramente elevada. A linfa<strong>de</strong>nopatia,<br />

presente na maioria dos pacientes<br />

com exantema, po<strong>de</strong> faltar em outros.<br />

coMPlicaÇÕES<br />

As mais freqüentes são:<br />

n Artrite, observada em 30% dos adultos, com<br />

duração <strong>de</strong> cinco a <strong>de</strong>z dias;<br />

n Encefalite, que ocorre em 1/6000 casos;<br />

n Púrpura (trombocitopênica ou não), nem sempre<br />

acompanhada <strong>de</strong> manifestações clínicas.<br />

n Outras complicações mais raras são a miocardite,<br />

a conjuntivite folicular e a ceratite.<br />

DiaGNÓSTico DiFErENcial<br />

n O diagnóstico diferencial <strong>de</strong>ve ser feito sobretudo<br />

com enteroviroses (echoviroses e coxsackioses),<br />

sarampo, parvovirose (parvovirus B19), quadros<br />

alérgicos, mononucleose e toxoplasmose.<br />

DiaGNÓSTico laBoraTorial<br />

n Sorologia para rubéola: IgM e IgG po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>tectadas em 100% dos casos do 4º ao 15º<br />

dia após o rash;<br />

n IgG nos primeiros 12 dias após o contágio significa<br />

imunida<strong>de</strong>;<br />

n na prática <strong>de</strong>vem ser solicitadas duas dosagens<br />

<strong>de</strong> anticorpos: uma no início do quadro e outra<br />

<strong>de</strong> 2-3 semanas após. neste caso, o aparecimento<br />

<strong>de</strong> IgM significa infecção primária.<br />

O aumento <strong>de</strong> pelo menos 4 vezes nos títulos<br />

<strong>de</strong> IgG da primeira para a segunda dosagem,<br />

sem IgM, significa reinfecção.<br />

TraTaMENTo<br />

Apenas sintomático, já que não há tratamento<br />

específico.<br />

ProFilaXia Da rUBÉola<br />

coNGÊNiTa E aDQUiriDa<br />

1. Com relação ao rastreamento pré-conceptual,<br />

os obstetras <strong>de</strong>vem ter em mente os seguintes<br />

pontos fundamentais:<br />

a) cerca <strong>de</strong> 70-80% das mulheres em ida<strong>de</strong><br />

fértil são imunes (Ih³ 1/16);<br />

b) 20-30% das mulheres em ida<strong>de</strong> fértil são<br />

susceptíveis (Ih < 1/16) e <strong>de</strong>vem ser imunizadas<br />

até 90 dias antes da concepção;<br />

c) se a mulher não foi vacinada, recomendar<br />

imunização para a mesma.<br />

d) na avaliação do perfil imunológico, não<br />

<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado o diagnóstico clínico<br />

anterior <strong>de</strong> rubéola, pois certas echoviroses<br />

e parvoviroses apresentam quadros<br />

superponíveis. Portanto, perante a impossibilida<strong>de</strong><br />

do exame sorológico, as mulheres<br />

apenas com diagnóstico clínico <strong>de</strong> rubéola<br />

também <strong>de</strong>vem ser imunizadas.<br />

2. A Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pediatria (Calendário<br />

Vacinal 2003) recomenda a primeira dose<br />

<strong>de</strong> vacina Tríplice Viral ( SCr ou MMr), contra<br />

Sarampo, Caxumba e rubéola aos 12 meses<br />

<strong>de</strong> vida, e uma segunda dose aos 4 a 6 anos<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> ou nas campanhas <strong>de</strong> seguimento.<br />

cebido duas doses <strong>de</strong> SCr. não é necessário<br />

aplicar mais <strong>de</strong> duas doses.<br />

3. As reações colaterais mais freqüentes da vacina<br />

SCr: 5 a 15% das crianças vacinadas apresentam<br />

febre entre 5-12 dias após a vacinação;<br />

5% apresentam rash; po<strong>de</strong> haver linfa<strong>de</strong>nopatia.<br />

nas mulheres, 25-40% apresentam artralgia<br />

e po<strong>de</strong> haver neurite periférica.<br />

4. A vacina é contra-indicada na gravi<strong>de</strong>z, on<strong>de</strong><br />

ocorre 5-10% <strong>de</strong> infecção fetal pela vacina,<br />

mas não há nenhum caso relatado <strong>de</strong> embriopatia.<br />

Tal afirmativa contra-indica a interrupção<br />

da gravi<strong>de</strong>z nos casos <strong>de</strong> risco potencial,<br />

ou seja, naqueles em que a vacina foi aplicada<br />

em prazo inferior a 30 dias antes da concepção.<br />

Tudo indica que a gestação po<strong>de</strong>rá prosseguir<br />

sem risco <strong>de</strong> embriopatia rubeólica, com<br />

base nas evidências atuais da literatura.<br />

5. Outras contra-indicações: pacientes portadores<br />

<strong>de</strong> doença maligna e <strong>de</strong>ficiência imunológica,<br />

em uso prolongado <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>s, ou que receberam<br />

transfusão sanguínea ou imunobiológicos<br />

recentemente não po<strong>de</strong>m ser vacinados.<br />

neste último caso, <strong>de</strong>ve-se aguardar intervalo <strong>de</strong><br />

3 meses, e no caso <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>, aguardar<br />

pelo menos 1 mês para se aplicar a vacina.<br />

A vacina <strong>de</strong>ve ser evitada em pessoas febris ou<br />

sensíveis à neomicina e polimixina, pelo fato <strong>de</strong><br />

conter pequenas quantida<strong>de</strong>s dos mesmos.<br />

6. As Crianças com Síndrome da rubéola congênita<br />

po<strong>de</strong>m receber as vacinas usuais. não<br />

constitui também contra-indicação o relato <strong>de</strong><br />

rubéola anterior, uma vez que certos quadros<br />

clínicos, sobretudo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas echoviroses,<br />

são muito semelhantes ao da rubéola.<br />

Quanto à imunização <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> grávidas, a<br />

literatura é unânime em recomendá-la, uma<br />

vez que os autores não acreditam na possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> infecção dos contactantes ou a consi<strong>de</strong>ram<br />

<strong>de</strong>sprezível.<br />

7. A vacina produz soroconversão em cerca <strong>de</strong><br />

95% dos indivíduos susceptíveis e po<strong>de</strong> ser aplicada<br />

simultâneamente às outras vacinas. Convém<br />

ressaltar que a vacina anti-rubéola, quando<br />

empregada em associação com as vacinas<br />

anti--sarampo e anti-caxumba, confere grau

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