À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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TÉcNica DE rEaliZaÇÃo Da ProVa Do laÇo<br />
130 e pés, po<strong>de</strong>ndo ocorrer em ná<strong>de</strong>gas.<br />
131<br />
n Insuflar um manguito <strong>de</strong> aparelho <strong>de</strong> pressão<br />
colocado no antebraço do paciente até o ponto<br />
médio entre pressão máxima e mínima;<br />
n Aguardar cinco minutos mantendo o manguito<br />
insuflado;<br />
n Soltar o ar do manguito e retirá-lo do braço<br />
do paciente;<br />
n Procurar por petéquias na área on<strong>de</strong> estava o<br />
manguito e abaixo da prega do cotovelo;<br />
n Escolher a área <strong>de</strong> maior concentração <strong>de</strong> petéquias<br />
e marcar um quadrado com 2,5 cm<br />
<strong>de</strong> lado;<br />
n Contar o número <strong>de</strong> petéquias <strong>de</strong>ntro do quadrado;<br />
n A prova do laço será consi<strong>de</strong>rada positiva caso<br />
sejam observadas 20 petéquias ou mais <strong>de</strong>ntro<br />
do círculo <strong>de</strong>marcado;<br />
n Em crianças, qualquer número <strong>de</strong> petéquias<br />
<strong>de</strong>ve ser valorizado;<br />
n Em crianças menores <strong>de</strong> 3 anos, não é possível<br />
medir PA na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>;<br />
n Em crianças maiores <strong>de</strong> 3 anos, usar manguito<br />
compatível com o tamanho da criança.<br />
SiNaiS DE alErTa<br />
n dor abdominal intensa e contínua;<br />
n Vômitos persistentes;<br />
n hepatomegalia dolorosa;<br />
n <strong>de</strong>rrames cavitários;<br />
n hipotensão arterial (PA sistólica menor que 80<br />
mmhg em menores <strong>de</strong> 5 anos ou PA sistólica<br />
menor que 90 mmhg em maiores que 5 anos<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>);<br />
n diminuição da pressão arterial diferencial (PA<br />
sistólica. PA diastólica < 20 mmhg);<br />
n hipotensão postural (PA sistólica sentado . PA<br />
sistólcia em pé > 10 mm hg);<br />
n dimunuição da diurese;<br />
n Agitação ou letargia;<br />
n Pulso rápido e fraco;<br />
n Extremida<strong>de</strong>s frias;<br />
n Cianose;<br />
n diminuição brusca da temperatura corpórea<br />
associada a sudorese profusa;<br />
n Taquicardia;<br />
n Lipotímia;<br />
n Aumento repentino do hematócrito (20% acima<br />
dos limites superiores da normalida<strong>de</strong>, que<br />
são: > 38% em crianças, > 45% em homens e<br />
> 40% em mulheres, ou seja, os valores indicativos<br />
<strong>de</strong> hematócrito alto são: 45,6% em crianças,<br />
54% em homens e 48% em mulheres)<br />
FlUXo DE NoTiFicaÇÃo<br />
A via branca da ficha <strong>de</strong> notificação e a ficha<br />
<strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>vem ser encaminhadas para a<br />
Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica do município que, por<br />
sua vez, informará ao CCZ e a SESA.<br />
A via rosa da notificação fica com o paciente<br />
e a azul <strong>de</strong>verá ser arquivada na Unida<strong>de</strong> notificadora.<br />
2.8.6 ENTEROVIROSES NÃO-PÓLIO<br />
As enteroviroses não-pólio são enfermida<strong>de</strong>s infecciosas<br />
bastante comuns na infância, responsáveis<br />
por quadros clínicos algumas vezes significantes, não<br />
raramente sendo causas <strong>de</strong> doenças febris agudas<br />
inespecíficas e manifestações exantemáticas.<br />
Esses agentes po<strong>de</strong>m levar ao aparecimento<br />
<strong>de</strong> surtos epidêmicos ou verda<strong>de</strong>iras epi<strong>de</strong>mias.<br />
nos Estados Unidos estima-se que ocorram, a cada<br />
ano, cerca <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> infecções por enterovírus<br />
não-pólio.<br />
As infecções acometem principalmente crianças<br />
<strong>de</strong> pouca ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> nível socioeconômico menos favorecido<br />
e em regiões ou épocas <strong>de</strong> clima quente.<br />
O gênero Enterovirus, um subgrupo dos picornavirus,<br />
é composto pelo coxsackie, echovirus, novos<br />
enterovirus e poliovirus.<br />
Via DE TraNSMiSSÃo<br />
Vias fecal-oral, respiratória ou vertical.<br />
PErÍoDo DE TraNSMiSSÃo<br />
Até várias semanas, quando por via fecaloral;<br />
uma semana ou menos, quando pela via<br />
respiratória.<br />
PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />
Varia <strong>de</strong> três a seis dias, com exceção dos casos<br />
<strong>de</strong> conjuntivite aguda hemorrágica, quando<br />
esse período se situa entre 24 e 72 horas.<br />
QUaDro clÍNico<br />
n infecções assintomáticas – representa a maioria<br />
das infecções por enterovirus não polio.<br />
n Doença febril não-específica – freqüentemente<br />
associado a coxsackie e echovirus, em<br />
crianças menores <strong>de</strong> 4 anos, com duração média<br />
<strong>de</strong> 3-4 dias.<br />
Início abrupto, com febre, mal estar e cefaléia.<br />
A febre é alta (38,5°C a 40°C), com duração<br />
média <strong>de</strong> três dias, po<strong>de</strong>ndo ser bifásica (aparece<br />
por 1 dia, <strong>de</strong>saparece por 2-3 dias e retorna por<br />
mais 2-4 dias).<br />
A febre po<strong>de</strong> ser a única manifestação em crianças<br />
pequenas. Odinofagia, dor abdominal, náusea,<br />
vômitos e coriza também po<strong>de</strong>m aparecer.<br />
O exame físico po<strong>de</strong> ser normal ou revelar apenas<br />
conjuntivite discreta, hiperemia <strong>de</strong> faringe e<br />
a<strong>de</strong>nomegalia cervical leve. O leucograma geralmente<br />
é normal.<br />
n herpangina – freqüentemente associado a<br />
coxsackie, em crianças menores <strong>de</strong> 11 anos.<br />
Início abrupto, com febre, odinofagia e disfagia,<br />
anorexia, vômitos e dor abdominal. As lesões<br />
<strong>de</strong> orofaringe são pequenas vesículas e úlceras dolorosas<br />
<strong>de</strong> 1-4mm <strong>de</strong> diâmetro localizadas na parte<br />
posterior da faringe, palato, úvula e amígdalas,<br />
po<strong>de</strong>ndo ser branco-acinzentadas.<br />
A febre dura <strong>de</strong> 1-4 dias mas as úlceras po<strong>de</strong>m<br />
persistir por 1 semana. A evolução é benigna. O<br />
principal diagnóstico diferencial é com amigdalite<br />
bacteriana (porém esta não cursa com vesículas).<br />
n Exantemas – os enterovirus são a causa mais comum<br />
<strong>de</strong> exantema no verão e outono. Po<strong>de</strong> ser maculopapular,<br />
petequial, vesicular ou urticariforme.<br />
O exantema maculopapular mais comum é o<br />
“rash” fino que ocorre concomitantemente com febre.<br />
Começa na face e se esten<strong>de</strong> para o pescoço,<br />
tronco e extremida<strong>de</strong>s. Faz diagnóstico diferencial<br />
com rubéola, porem não cursa com a<strong>de</strong>nomegalia<br />
cervical posterior ou retroauricular. O exantema vesicular<br />
mais comum é a síndrome mão-pé-boca.<br />
n Síndrome mão-pé-boca – freqüentemente<br />
associado a coxsackie A16 e mais raramente pelo<br />
enterovirus 71. Predomina em crianças menores<br />
<strong>de</strong> 10 anos e geralmente em surtos epidêmicos.<br />
Início com febre, mal estar, anorexia, adinamia.<br />
1-2 dias após aparece enantema e lesões ulceradas<br />
em cavida<strong>de</strong> oral e exantema principalmente<br />
<strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s, com lesões vesiculares em mãos<br />
Exantema purpúrico ou petequial têm sido<br />
<strong>de</strong>scritos com echovirus9 e coxsackie A9, sendo<br />
o principal diagnóstico diferencial com doença<br />
meningocócica.<br />
n conjuntivite hemorrágica aguda – pouco<br />
freqüente, associado ao enterovirus70 e coxsackie<br />
A24, predomina na ida<strong>de</strong> escolar. O período <strong>de</strong><br />
incubação varia <strong>de</strong> 1-6 dias. Muito contagiosa.<br />
Caracterizada por dor, e<strong>de</strong>ma <strong>de</strong> pálpebras e hemorragia<br />
subconjuntival, fotofobia, lacrimejamento.<br />
A secreção ocular é serosa, mas po<strong>de</strong> tornar-se purulenta<br />
com infecção bacteriana secundária. A febre<br />
é rara e a recuperação ocorre em 7-12 dias.<br />
n Meningite asséptica – freqüentemente associado<br />
a coxsackie B e Echovirus.<br />
Início com febre (38-40°C), cefaléia e dor na<br />
nuca, mal estar, náuseas, vômitos, dor em membros<br />
inferiores, fotofobia. Po<strong>de</strong> ser bifásica com intervalo<br />
assintomático <strong>de</strong> 2-10 dias. Cursa com rigi<strong>de</strong>z<br />
<strong>de</strong> nuca, sinais <strong>de</strong> Kerning e Brudzinski. hemograma<br />
normal ou discreto <strong>de</strong>svio à esquerda;<br />
líquor límpido com menos <strong>de</strong> 500 células e predomínio<br />
<strong>de</strong> mononucleares, glicorraquia normal e<br />
proteinorraquia normal ou pouco elevada.<br />
A Encefalite é pouco comum.<br />
n Paralisias – po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminadas por inúmeros<br />
enterovirus que não os poliovirus, entre os<br />
quais: coxsackievirus A e B, echovirus, enterovirus<br />
70 e 71.<br />
Enterovirus 71: está associado a um quadro<br />
semelhante ao da poliomielite, com pródroms febris<br />
e sintomas gerais por 1-2 dias, evoluindo com<br />
paralisia flácida assimétrica. Em alguns casos po<strong>de</strong><br />
haver recuperação completa.<br />
Enterovirus 70: está associado a paralisia facial<br />
periférica e a um quadro semelhante ao da poliomielite,<br />
esta geralmente irreversível. Po<strong>de</strong> ocorrer 1-8<br />
semanas após a conjuntivite hemorrágica aguda.<br />
Coxsackie e echovirus: estão associados a casos<br />
esporádicos <strong>de</strong> paralisia motora flácida, geralmente<br />
mais leve que o da poliomielite e não permanente.<br />
Também estão relacionados à Síndrome<br />
<strong>de</strong> Guillain-Barré (paralisia flácida simétrica).<br />
n Miopericardite – freqüentemente associado a<br />
coxsackie (principalmente B) e echovirus. Predomina<br />
em adolescente e adulto jovem. A incidência no