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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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ção contra as principais bactérias envolvi-<br />

148 das na penumonia bacteriana comunitá- • Proteus sp. (30%)<br />

mais virulento<br />

149<br />

ria. reavaliar novamente após 48 horas.<br />

Se o paciente tiver > 5 anos suspeitar <strong>de</strong> mycoplasma<br />

e trocar para eritromicina.<br />

Se o quadro clínico melhorar: manter o antibiótico<br />

por 7-10 dias.<br />

2.11 INFECÇÃO DO<br />

TRATO URINáRIO<br />

NA INFÂNCIA – ITU<br />

nosso objetivo È chamar a atenção dos profissionais<br />

da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para o diagnóstico, terapêutica<br />

e avaliação da Infecção do trato urinário<br />

na infância. A ITU é uma importante causa <strong>de</strong><br />

morbida<strong>de</strong> aguda. Po<strong>de</strong> resultar a longo prazo em<br />

sequelas graves como hipertensão Arterial, Cicatriz<br />

e disfunção renal progressiva (IrC).<br />

A terapêutica implica em várias consultas, uso<br />

<strong>de</strong> antibióticos, exposição a radiação, métodos diagnósticos<br />

invasivos, e alto custo <strong>de</strong> tratamento.<br />

Infecção Urinária (ITU) é a proliferação <strong>de</strong> patógenos<br />

em qualquer ponto do trato urinário, da<br />

uretra ao parênquima renal. O trato urinário normal<br />

é estéril, exceto a uretra anterior.<br />

2.11.1 PREVALÊNCIA<br />

n Estima-se que 8% das meninas e 2% dos meninos<br />

apresentarão o ITU 1x na infância<br />

n A ITU correspon<strong>de</strong> a 5% das crianças <strong>de</strong> 2m<br />

a 2 anos com febre <strong>de</strong> origem <strong>de</strong>sconhecida<br />

n 2x maior em meninas 2m a 2 anos com febre<br />

do que em meninos<br />

n 3m a 1 ano <strong>de</strong> vida 6,5% meninas x 3,3% meninos<br />

n 1a a 2a: sexo feminino: 8,1% x 1,9% sexo<br />

masculino<br />

n Meninos não circuncisados: maior incidência<br />

<strong>de</strong> ITU (5 a 20 vezes maior)<br />

n 0-3 meses, a ITU é mais frequentes no sexo<br />

masculino: 3,7 a 11x maior<br />

2.11.2 ETIOLOGIA<br />

Maioria gram negativo, agente único (95%).<br />

n Bactérias Gram negativo:<br />

• Escherichia Coli (80% das ITU comunitá-<br />

rias - 50% das hospitalares)<br />

• Enterobacter sp<br />

• Klebsiella sp<br />

• Citrobacter sp<br />

• Provi<strong>de</strong>ncia sp<br />

• Morganella sp<br />

• Serratia sp<br />

• Pseudomonas sp<br />

n Bactérias Gram positivo:<br />

• Estafilococos Aureus sp<br />

• Enterococus sp<br />

• Streptococus faecalis<br />

• Stafilococus saprophyticus<br />

n Não patogênicos:<br />

• Lactobacilos<br />

• Estafilococos coagulase negativos<br />

n outros agentes:<br />

• Candida albicans<br />

• Mycoplasmas hominis<br />

• Ureaplasma Urealyticum<br />

• Chlamydia Trachomatis<br />

• A<strong>de</strong>novÌrus 11,12<br />

• Mycobacterium tuberculose<br />

n rN: Klebsiella sp, Enterobacter sp<br />

n adolescente: Estafilococos saprophyticus,<br />

mycoplasma, ureaplasma.<br />

2.11.3 QUADRO CLÍNICO<br />

Consi<strong>de</strong>rar presença <strong>de</strong> ITU em lactentes e<br />

crianças jovens até 2 anos, com febre <strong>de</strong> origem<br />

<strong>de</strong>sconhecida.<br />

n Manifestações clínicas da iTU<br />

• Bacteriúria Assintomática<br />

• Infecção Trato Urinário Inferior<br />

. Cistite<br />

. Síndrome uretral Aguda<br />

• Infecção Trato Urinário Superior<br />

. Pielonefrite Aguda (PNA)<br />

. Complicações da PNA<br />

• Urossepse<br />

Bacteriúria assintomática<br />

2 uroculturas com bacteriúria significativa,<br />

Ausência <strong>de</strong> sintomas clínicos, diagnóstico aci<strong>de</strong>ntal,<br />

Tratamento: só para grupo <strong>de</strong> risco, Anti-<br />

biótico: <strong>de</strong>sequilibra a flora e faz ITU por germe<br />

Grupo <strong>de</strong> risco:<br />

• Gestantes, instrumentação e manipulação<br />

do trato urinário e cirurgia urológica;<br />

• rn e Lactente: hipotermia, febre, déficit<br />

crescimento, diarréia, vômitos, icterícia, irritabilida<strong>de</strong>,<br />

letargia, recusa dieta, sepses,<br />

urina fétida e choro ao urinar;<br />

• 2 anos - 7 anos: diarréia, vômitos, febre,<br />

dor abdominal, constipação intestinal, déficit<br />

<strong>de</strong> crescimento, alteração padrão <strong>de</strong><br />

miccional, urina fétida;<br />

• Escolar e Adolescente: febre, alteração padrão<br />

miccional, dor abdominal e lombar,<br />

urina fétida.<br />

n recorrência <strong>de</strong> iTU após a primo-infecção:<br />

50% das meninas no 1º ano <strong>de</strong> seguimento, 75%<br />

dos casos no período <strong>de</strong> 2 anos <strong>de</strong> evolução.<br />

n Presença <strong>de</strong> cicatrizes renais após primoinfecção<br />

febril: 5-15%<br />

2.11.4 DIAGNÓSTICO<br />

Clínico + Laboratorial, através <strong>de</strong> métodos<br />

<strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> urina eficazes, processada imediatamente.<br />

Quando não for possível, refrigerá-la por até<br />

2 horas.<br />

Componentes da análise urinária, úteis para<br />

avaliar possível ITU:<br />

n Teste da Estearase leucocitária: sensibilida<strong>de</strong><br />

83% e especificida<strong>de</strong> 78%, <strong>de</strong>termina<br />

a presença <strong>de</strong> enzima <strong>de</strong> leucócitos. Impróprio<br />

para pacientes neutropínicos.<br />

n Teste do Nitrito (imediato pós-coleta. com<br />

retenção urinária <strong>de</strong> 03 a 04 horas): sensibilida<strong>de</strong><br />

53%/especificida<strong>de</strong> 98%.<br />

n Microscopia: nº <strong>de</strong> Leucócitos (Urina não centrifugada<br />

10 leuc/mm3 , centrifugada 5 leuc/mm3 ).<br />

• Sensibilida<strong>de</strong>: 73% Especificida<strong>de</strong>: 81%<br />

. O EAS auxilia mas não comprova ITu;<br />

. Bacterioscopia: qualquer nº <strong>de</strong> bactérias<br />

ao Gram (urina não centrifugada) sensibilida<strong>de</strong><br />

93%, especificida<strong>de</strong> 88%);<br />

. urocultura: método <strong>de</strong> certeza do diagnóstico.<br />

facilmente sujeito a contamina-<br />

ção. Sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 95%.<br />

• Falso positivo:<br />

. coleta ina<strong>de</strong>quada;<br />

. Demora no processamento;<br />

. Contaminação vaginal ou prepucial.<br />

• Falso negativo:<br />

. PH urinário < 5;<br />

. Diluição urinária;<br />

. uso <strong>de</strong> antibióticos;<br />

. uso <strong>de</strong> bacteriostáticos na genitália;<br />

. Curto período <strong>de</strong> incubação na bexiga;<br />

. Bactérias <strong>de</strong> crescimento lento;<br />

. Obstrução total do ureter no rim afetado.<br />

2.11.5 MÉTODOS DE COLETA DE<br />

URINA PARA UROCULTURA<br />

n Punção Supra-púbica: invasivo, mais confiável,<br />

usado para crianças sem controle vesical ( 1000 UFC/ml<br />

Sonda vesical: > 104 UFC/ml<br />

Jato médio: > 105 UFC/ml<br />

Saco coletor: > 105 UFC/ml

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