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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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• controlar o prurido com a administração <strong>de</strong><br />

104 anti-histamínicos, em especial a hidroxizina (1 após o banho e usar sabões neutros. Os anti-<br />

mecanismo imunológico envolvido na reação in- ou encaminhar para crioterapia com nitrogê- 105<br />

a 2 mg / kg / dia <strong>de</strong> 12/12h VO);<br />

• nos casos <strong>de</strong> infecção secundária por bactérias<br />

ou vírus faz-se uso <strong>de</strong> medicamentos tópicos ou<br />

sistêmicos, conforme a etiologia;<br />

• nos casos <strong>de</strong> toxemia ou eczema herpético<br />

não localizado, a hospitalização é necessária.<br />

2.5.3.2 DERMATITE SEBORRREICA<br />

<strong>de</strong>rmatose <strong>de</strong> causa <strong>de</strong>sconhecida (não alérgica)<br />

<strong>de</strong>terminada por uma disfunção das glândulas<br />

sebáceas.<br />

n clínica: nos lactentes aparece logo nos primeiros<br />

dias <strong>de</strong> vida, na forma <strong>de</strong> escamas gran<strong>de</strong>s<br />

e gordurosas sobre base eritematosa, no<br />

couro cabeludo (crosta láctea). Po<strong>de</strong> ocasionar<br />

uma perda temporária dos cabelos na região<br />

afetada. nas crianças maiores observamse<br />

escamas secas ou gordurosas sobre base eritematosa<br />

nas regiões retroauriculares, fronte,<br />

supercílios, bordas das pálpebras, canal auditivo<br />

externo, sulcos nasogenianos, dobra cervical,<br />

axilas, tronco, região inguinal e glútea.<br />

A criança não fica irritada e o prurido parece<br />

estar ausente (discreto).<br />

n Tratamento:<br />

• no couro cabeludo (crosta láctea) faz-se a remoção<br />

das escamas momentos antes do banho<br />

com óleo <strong>de</strong> cozinha, óleo mineral ou outro,<br />

e durante o banho fricciona-se levemente<br />

a região acometida com a ponta dos <strong>de</strong>dos<br />

ou com uma escova <strong>de</strong> cerdas firmes;<br />

• nas crianças maiores, com escamas excessivas<br />

no couro cabeludo, po<strong>de</strong>-se usar um ceratolítico<br />

leve, como o ácido salicílico a 2% em vaselina<br />

ou óleo <strong>de</strong> amêndoas ao <strong>de</strong>itar, removendo<br />

no banho pela manhã. E, corticói<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> baixa potência (hidrocortisona 1%) em loção<br />

capilar. Os xampus a base <strong>de</strong> cetoconazol<br />

a 2%, ou piritionato <strong>de</strong> zinco a 2% ajudam<br />

a diminuir a população do Ptyrosporum ovale<br />

(fungo) que contribui para a seborréia.<br />

• nas lesões da pele do corpo utiliza-se corticói<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> baixa ou média potência uma a duas<br />

vezes ao dia até melhora.<br />

n outros cuidados: manter a pele seca, sem<br />

oleosida<strong>de</strong>, enxugar bem as dobras cutâneas<br />

bióticos e antifúngicos tópicos somente serão<br />

utilizados em caso <strong>de</strong> infecção secundária.<br />

obs.: No lactente com <strong>de</strong>rmatite seborreica generalizada<br />

acompanhada <strong>de</strong> diarréia, vômitos, febre, anemia<br />

e infecções frequentes por bactérias gram negativas,<br />

lembrar da Sindrome <strong>de</strong> Leiner: (<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />

C 5) que requer hospitalização. Na presença <strong>de</strong> lesões<br />

escamosas em couro cabeludo e região cervical<br />

associadas a petéquias, pensar em doença das<br />

células <strong>de</strong> Langherans (histiocitoses).<br />

2.5.3.3 DERMATITE DE FRALDAS<br />

Ocorre pelo contato da pele com substâncias<br />

irritantes (<strong>de</strong>composição da urina e das fezes, componentes<br />

das fraldas, sabões e produtos utilizados<br />

na limpeza da região das fraldas). Freqüente nos<br />

dois primeiros anos <strong>de</strong> vida.<br />

n clínica: eritema róseo ou vermelho vivo, vesiculação,<br />

<strong>de</strong>scamação, ou lesões papulosas. <strong>de</strong>limita-se<br />

pela área da fralda. Acomete as superficies<br />

convexas, poupando as dobras. Ocorre<br />

irritação, maceração, retenção sudoral e aumento<br />

da temperatura local com infecção secundária<br />

por candida ou bactérias. Algumas<br />

bactérias <strong>de</strong>compõem a uréia aumentando a<br />

ação irritativa.<br />

n Tratamento:<br />

• o mais importante é a eliminação dos fatores<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes. Tratar o eczema <strong>de</strong> acordo<br />

com o estágio da lesão (úmida ou seca), e as<br />

infecções secundárias.<br />

• banhos com permanganato <strong>de</strong> potássio<br />

(1/10000), pasta <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> zinco, hidrocortisona<br />

a 1% em creme ou pomada e associações<br />

com antifúngicos e antibacterianos tópicos<br />

quando pertinente.<br />

obs.: orientar ao cuidador da criança para <strong>de</strong>ixar o maior<br />

tempo possível a área afetada exposta ao ar ambiente.<br />

Se possível usar fraldas <strong>de</strong> pano para incentivar<br />

as trocas com maior freqüência. Expor a região ao<br />

sol, por curtos e vários períodos ao dia<br />

2.5.3.4 DERMATITE DE CONTATO<br />

Po<strong>de</strong> ser por irritação primária, ou por sensibilização.<br />

A <strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> contato por irritação<br />

primária é <strong>de</strong>vida à exposição da pele a agentes<br />

com proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> provocar dano tecidual (ex:<br />

sabões, <strong>de</strong>tergentes, urina, fezes. não existe um<br />

flamatória. na <strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> contato por sensibilização<br />

ocorre uma <strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> contato alérgica,<br />

uma reação tipo celular-mediada. Sendo que, na<br />

<strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> contato por sensibilização fototóxica,<br />

a substância se torna irritante após modificação<br />

<strong>de</strong> sua estrutura no contato com o sol (ex: as<br />

fucomarinas do limão).<br />

n clínica: lesão eritemato-e<strong>de</strong>matosa, vesiculação<br />

e prurido. na fototóxica a lesão torna-se<br />

pigmentada na seqüência <strong>de</strong> sua evolução.<br />

n Tratamento: na fase aguda compressas <strong>de</strong> permanganato<br />

<strong>de</strong> potássio 1:10000, água boricada<br />

a 2%, corticói<strong>de</strong> tópico em creme. Em caso<br />

<strong>de</strong> infecção bacteriana secundária usar a associação<br />

<strong>de</strong> corticói<strong>de</strong> + antibacteriano tópico, ou<br />

antibioticoterapia sistêmica quando pertinente.<br />

2.5.4 DERMATOVIROSES<br />

2.5.4.1 MOLUSCO CONTAGIOSO<br />

n agente etiológico: poxvírus<br />

n clínica: lesões papulosas, firmes, da cor da<br />

pele, <strong>de</strong> aspecto brilhante com umbelificação<br />

central. Acomete qualquer parte do corpo, geralmente<br />

numerosas. Assintomática, e a transmissão<br />

se faz pelo contato direto pessoal.<br />

n Tratamento: remoção por curetagem precedida<br />

<strong>de</strong> anestésico tópico, ou com a utilização<br />

<strong>de</strong> agulha estéril.<br />

2.5.4.2 VERRUGAS<br />

n agente etiológico: vírus do papiloma humano<br />

(hPV).<br />

n clínica: a transmissão se dá por contato direto,<br />

por inoculação, ou por contato indireto. As<br />

características variam <strong>de</strong> acordo com a localização.<br />

Po<strong>de</strong>m ser: pápulas endurecidas <strong>de</strong> superfície<br />

ceratósica e irregular com pontos escuros<br />

centrais (vasos trombosados) acomentendo<br />

joelhos e superfície dos <strong>de</strong>dos; planas (na<br />

face e dorso das mãos e pés); filiformes (no<br />

nariz, ângulos da boca e pescoço); plantares<br />

(dolorosas), e genitais.<br />

n Tratamento: em geral, ocorre cura espontânea<br />

ao longo do tempo. Po<strong>de</strong>-se usar cerato-<br />

líticos tópicos ( ácido lático + ácido salicílico ),<br />

nio líquido, eletrocauterização, ou cauterização<br />

química.<br />

2.5.4.3 HERPES SIMPLES<br />

n agente etiológico: herpes virus hominis.<br />

n clínica: quadros variáveis (benignos ou graves).<br />

• na criança, a primoinfecção leva ao quadro<br />

<strong>de</strong> gengivoestomatite. Vesículas que acometem<br />

a mucosa oral e no rompimento <strong>de</strong>ixam<br />

ulcerações dolorosas. Presença <strong>de</strong> febre, adinamia,<br />

anorexia, sialorréia e a<strong>de</strong>nomegalia cervical.<br />

tratamento: antissépticos locais, analgésicos<br />

e antipiréticos, orientação aos pais sobre<br />

a evolução<br />

• nas formas localizadas e recidivantes da pele,<br />

lesão característica com vesículas agrupadas<br />

sobre base eritematosa que evoluem para ulceração<br />

e crosta com resolução em sete a <strong>de</strong>z<br />

dias. Vem precedida <strong>de</strong> sensação <strong>de</strong> ardor ou<br />

prurido no local. tratamento: aciclovir tópico,<br />

cinco vezes ao dia.<br />

obs.: nos casos <strong>de</strong> lesão em região ocular há necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avaliação e acompanhamento oftalmológico. Requer<br />

uso <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong> e aciclovir sistêmicos.<br />

2.5.4.4 HERPES ZOOSTER<br />

n agente etiológico: herpes virus varicelae.<br />

n clínica: aparecimento gradual <strong>de</strong> vesículas sobre<br />

uma base eritematosa seguindo o trajeto <strong>de</strong><br />

um nervo. Acomete qualquer local do corpo,<br />

sendo mais freqüente no tronco. Evolui para<br />

cura em duas a quatro semanas e cura com cicatriz<br />

hipocrômica. na criança é pouco observada<br />

a dor nevrálgica presente no adulto.<br />

n Tratamento: analgésicos e antitérmicos. Aciclovir<br />

oral somente nos casos mais intensos.<br />

2.5.5 PIODERMITES<br />

São infecções purulentas primárias da pele originadas<br />

por bactérias que provocam um processo<br />

inflamatório em suas várias camadas, epi<strong>de</strong>rme,<br />

<strong>de</strong>rme, hipo<strong>de</strong>rme, e anexos cutâneos.<br />

São várias as bactérias envolvidas, existindo<br />

porém um predomínio do Staphylococcus aureus<br />

e do Streptococcus beta-hemolítico do grupo A. É

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