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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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TraTaMENTo Da criSE<br />

96 dose (10 a 20 gotas) em menores <strong>de</strong> 4 anos e <strong>de</strong><br />

em crises graves.<br />

97<br />

A crise <strong>de</strong>ve ser classificada conforme a sua gravida<strong>de</strong> e o tratamento instituído imediatamente.<br />

TaBEla 1 – classificação da gravida<strong>de</strong> da crise<br />

ACHADO MUiTO GRAvE GRAvE MODERADA/LEvE<br />

Geral Cianose, sudorese Sem alterações Sem alterações<br />

Estado mental Agitação, sonolência normal normal<br />

Dispnéia grave mo<strong>de</strong>rada Ausente ou leve<br />

Fala<br />

Uso <strong>de</strong> musculatura acessória<br />

Frases curtas Lactente:<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se alimentar<br />

acentuadas ou em <strong>de</strong>clínio<br />

(exaustão)<br />

Frases incompletas Lactente:<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se alimentar<br />

Frases completas<br />

acentuadas Leve ou ausente<br />

Sibilos Ausente ou difuso Difusos ou localizados Difusos,localizados ou ausentes<br />

FR* aumentada aumentada Aumentada ou normal<br />

FC >140 ou bradicardia >110 > 110<br />

SaO (ar ambiente) 2 95%<br />

A presença <strong>de</strong> vários parâmetros, mas não necessariamente todos indica a classificação geral da crise.<br />

* Fr aumentada em < 2 meses: > 60 IrM, 2-11 meses: >50 IrM; 1-5 anos: >40 IrM; 6-8 anos: >30 IrM.<br />

[modificado da IV Diretrizes Brasileiras para o manejo da asma]<br />

n oxigênio inalatório:<br />

<strong>de</strong>ve ser administrado sempre que a saturação<br />

estiver menor que 95% ou em crises graves<br />

ou muito graves, quando a saturimetria não for<br />

disponível.<br />

n Beta-2 agonistas inalatórios<br />

<strong>de</strong> curta duração:<br />

doses a<strong>de</strong>quadas e repetidas <strong>de</strong> beta-2-agonistas,<br />

por via inalatória, a cada 10-30 minutos<br />

na primeira hora, constituem a medida inicial <strong>de</strong><br />

tratamento.<br />

A dose recomendada para nebulização é <strong>de</strong><br />

no mínimo 0,15 mg/kg/dose (aproximadamente<br />

0,6 gotas/ kg/ dose), sendo um máximo <strong>de</strong> 20<br />

gotas. <strong>de</strong>vemos chegar a 1gota/ Kg/ dose em crises<br />

muito graves e graves (máximo <strong>de</strong> 20 gotas).<br />

Fazer 3 nebulizações <strong>de</strong> 20/20 minutos na primeira<br />

hora.<br />

dar preferência ao uso <strong>de</strong> beta-2-agonistas<br />

por nebulimetros dosimetrado (sprays) acoplado<br />

a espaçadores <strong>de</strong> pequeno volume quando estiver<br />

disponível na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. recomenda-se a<br />

dose <strong>de</strong> 5 jatos <strong>de</strong> salbutamol ou fenoterol <strong>de</strong> 100<br />

mcg, 3 vezes, a cada 20 minutos, na primeira hora<br />

(in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ida<strong>de</strong> ou peso da criança).<br />

reavaliar em 1 hora. Se houver melhora parcial<br />

ou se não houver melhora, referir urgentemente<br />

para serviço <strong>de</strong> referência.Se houver melhora significativa,<br />

observar por mais uma hora e em seguida<br />

liberar para casa com prescrição <strong>de</strong> nebulização<br />

com fenoterol (mínimo <strong>de</strong> 0,6 gotas/Kg/ dose) ou<br />

,preferencialmente, salbutamol spray (100 mcg) 2<br />

jatos, até <strong>de</strong> 4/4 horas, com espaçamento gradual<br />

até resolução completa da crise.<br />

n corticosterói<strong>de</strong>s:<br />

Seu uso precoce <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado na crise<br />

mo<strong>de</strong>rada e grave. Usar também em casos <strong>de</strong><br />

segundo atendimento pela mesma crise, quando<br />

a criança não vem apresentando melhora, apesar<br />

do uso <strong>de</strong> broncodilatadores ou em pacientes com<br />

história <strong>de</strong> crises graves anteriores.<br />

Dose: prednisona ou prednisolona 1 a 2 mg/<br />

kg/dia, via oral, com a dose máxima <strong>de</strong> 60 Mg.<br />

O uso <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong>s endovenosos não é mais eficaz<br />

do que via oral. Usar apenas se a criança tiver<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingerir via oral, na dose: metilprednisolona<br />

1 a 2 mg/kg , EV, a cada 4-6 h ou<br />

hidrocortisona 4 – 5 mg/kg, EV, a cada 4 – 6 h.<br />

Manter o tratamento por 5 a 7 dias.<br />

n Brometo <strong>de</strong> ipratrópio:<br />

O início <strong>de</strong> ação é longo (cerca <strong>de</strong> 20 minutos).<br />

recomenda-se a sua associação com os simpatomiméticos<br />

a cada seis a oito horas.<br />

A dose recomendada é <strong>de</strong> 125 a 250 mcg/<br />

250 a 500 mcg/ dose (20 a 40 gotas) em maiores<br />

<strong>de</strong> 4 anos (1ml da solução tem 250 mcg). Quando<br />

a nebulização for repetida <strong>de</strong> 20/20 minutos,<br />

o brometo <strong>de</strong> ipratrópio <strong>de</strong>verá ser prescrito<br />

só na 1a nebulização.<br />

Existem apresentações em spray e a dose recomendada<br />

é 2 jatos, por espaçador, após a administração<br />

dos 5 jatos <strong>de</strong> salbutamol (o tempo<br />

mínimo <strong>de</strong> administração é <strong>de</strong> 1/1 hora).<br />

na alta para casa, a dose <strong>de</strong>ve ser mantida<br />

idêntica a citada anteriormente, com intervalos<br />

até <strong>de</strong> 4/4 horas, com espaçamento gradual conforme<br />

a melhora.<br />

n observações importantes:<br />

• Doses a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> broncodilatadores <strong>de</strong> curta<br />

duração são essenciais para um atendimento<br />

eficaz.<br />

• Evitar uso <strong>de</strong> broncodilatadores via oral, se há<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso por via inalatória.<br />

• Corticói<strong>de</strong>s sistêmicos (preferencialmente via<br />

TaBEla 2: classificação da gravida<strong>de</strong> da asma<br />

oral) <strong>de</strong>vem ser administrados ainda na 1ª hora<br />

• Corticói<strong>de</strong>s inalatórios não mostram efeito benéfico<br />

adicional na crise aguda <strong>de</strong> asma.<br />

• Beta-2-agonistas <strong>de</strong> longa duração não são drogas<br />

<strong>de</strong> escolha para crise aguda.<br />

• xantinas não estão indicadas rotineiramente no<br />

tratamento.<br />

• Não há indicação <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> mucolíticos e expectorantes.<br />

• Evitar uso <strong>de</strong>snecessário <strong>de</strong> antibióticos.<br />

TraTaMENTo DE MaNUTENÇÃo<br />

Os pacientes e seus familiares <strong>de</strong>vem receber<br />

informações sobre sua doença, <strong>de</strong> como evitar os<br />

fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes e sobre a diferença entre<br />

tratamento sintomático com broncodilatadores<br />

e tratamento regular <strong>de</strong> manutenção. <strong>de</strong>vem<br />

ainda receber treinamento sobre a técnica correta<br />

da inaloterapia.<br />

O primeiro passo na <strong>de</strong>cisão da escolha do tratamento<br />

<strong>de</strong> manutenção é classificar a gravida<strong>de</strong><br />

da doença (tabela 2).<br />

iNTERMiTENTE PERSiSTENTE LEvE PERSiSTENTE MOD PERSiSTENTE GRAvE<br />

Sintomas Raros Semanais Diários Diários ou contínuos<br />

Despertares noturnos Raros Mensais Semanais Quase diários<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> beta-2<br />

para alívio<br />

Raro Eventual Diária Diária<br />

Limitação das ativida<strong>de</strong>s Nenhuma Nas exacerbações Nas exacerbações Contínua<br />

Exacerbações Raras*<br />

Afeta as ativida<strong>de</strong>s<br />

e o sono<br />

Afeta as ativida<strong>de</strong>s<br />

e o sono<br />

Freqüentes<br />

VEF1 ou PFE > 80% do predito > 80% do predito 60-80% do predito < 60% do predito<br />

Variação do VEF1 ou PFE < 20% 20-30% > 30% > 30%<br />

Classificar sempre o paciente com a manifestação <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong><br />

*Pacientes com asma intermitente, mas com exacerbações graves, <strong>de</strong>vem ser classificados como tendo asma persistente mo<strong>de</strong>rada<br />

[modificado da IV Diretrizes Brasileiras para o manejo da asma]<br />

n asma intermitente<br />

Utilizar apenas beta-2 agonista <strong>de</strong> curta duração<br />

por via inalatória para alívio dos sintomas,<br />

na crise.<br />

<strong>de</strong>ixar prescrito para o paciente a medicação<br />

para tratamento domiciliar nos primeiros sintomas<br />

da crise. Orientar a família quanto aos sinais <strong>de</strong><br />

alerta, para que seja procurada assistência médica,<br />

quando houver piora clínica.<br />

n asma persistente<br />

Utilizar beta-2 agonistas, para alívio dos sintomas<br />

na crise aguda e terapia antiinflamatória<br />

<strong>de</strong> manutenção.<br />

Exitem duas opções: início do tratamento com<br />

doses baixas <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong> inalatório e conforme<br />

a necessida<strong>de</strong>, aumentar a dose até chegar a doses<br />

altas ou, que é consi<strong>de</strong>rada por muitos a melhor<br />

opção, iniciar o tratamento com doses altas

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