17.04.2013 Views

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

volta ao índice<br />

volta ao sumário<br />

1.1. Acidente <strong>do</strong> trabalho. Amputação de de<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mão. Danos morais. Pensionamento<br />

vitalício. Responsabili<strong>da</strong>de solidária. Grupo econômico. Indenização devi<strong>da</strong>.<br />

(9ª Turma. Relator o Exmo. Desembarga<strong>do</strong>r Cláudio Antônio Cassou Barbosa. Processo nº<br />

00784-2005-301-04-00-8 RO. Publicação em 11.12.2008)<br />

EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. DANOS MORAIS. PENSIONAMENTO VITALÍCIO. O<br />

conjunto probatório <strong>do</strong>s autos torna inequívoca a culpa <strong>da</strong> parte ré pelo infortúnio <strong>do</strong> autor,<br />

autorizan<strong>do</strong> a manutenção <strong>da</strong> condenação imposta na origem, fulcro nos arts. 186 e 927 <strong>do</strong> CC e<br />

7º, inc. XXVIII, <strong>da</strong> CF.<br />

(...)<br />

ISTO POSTO:<br />

DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA<br />

:: Ano IV | Número 69 | Janeiro de 2009 ::<br />

A segun<strong>da</strong> reclama<strong>da</strong> recorre <strong>da</strong> decisão que a condenou soli<strong>da</strong>riamente responsável pelo<br />

pagamento <strong>da</strong>s indenizações deferi<strong>da</strong>s na origem. Alega extra petita o julga<strong>do</strong>, afirman<strong>do</strong> que<br />

inexiste na fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> inicial a alegação de que ambas as reclama<strong>da</strong>s integram o mesmo<br />

grupo econômico, tampouco que devam responder soli<strong>da</strong>riamente. Aduz que o reclamante não se<br />

fez presente em audiência realiza<strong>da</strong> nos autos, de mo<strong>do</strong> que deveriam ter si<strong>do</strong> considera<strong>do</strong>s<br />

ver<strong>da</strong>deiros os fatos constantes <strong>da</strong> defesa, por configura<strong>da</strong> confissão ficta, invocan<strong>do</strong> o disposto na<br />

Súmula nº 74 <strong>do</strong> TST. Sustenta que as reclama<strong>da</strong>s não formam grupo econômico, ten<strong>do</strong> manti<strong>do</strong><br />

apenas um contrato particular de locação industrial. Entende equivoca<strong>da</strong> a interpretação de que a<br />

gestão de fato de ambas as empresas se <strong>da</strong>va pela mesma pessoa e esclarece que a segun<strong>da</strong><br />

reclama<strong>da</strong> apenas se originou de cisão havi<strong>da</strong> na primeira reclama<strong>da</strong>.<br />

À análise.<br />

O autor requer, na inicial, a condenação de ambas as reclama<strong>da</strong>s ao pagamento <strong>da</strong>s<br />

indenizações pretendi<strong>da</strong>s, sem qualquer grau de preferência. A condenação solidária de ambas,<br />

portanto, não extrapola os limites <strong>da</strong> lide, mormente quan<strong>do</strong> devi<strong>da</strong>mente fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> pelo<br />

Juízo, a quem cumpre verificar o direito aplicável à hipótese.<br />

No caso, não merece reparos o entendimento de que evidencia<strong>da</strong> a formação de grupo<br />

econômico, a justificar a aplicação <strong>do</strong> art. 2º, § 2º, <strong>da</strong> CLT. Embora tenha formalmente se afasta<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> titulari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> primeira reclama<strong>da</strong> e constituí<strong>do</strong> a segun<strong>da</strong> reclama<strong>da</strong>, o sócio J. A. <strong>da</strong> S.<br />

permaneceu, de fato, coordenan<strong>do</strong> a ativi<strong>da</strong>de econômica, benefician<strong>do</strong>-se <strong>da</strong> força de trabalho <strong>do</strong><br />

autor.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, a prova oral produzi<strong>da</strong>, que leva, de forma segura, a tal conclusão,<br />

destacan<strong>do</strong>-se o depoimento <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> testemunha <strong>da</strong> primeira ré: “que trabalhou 03 anos e<br />

meio para a primeira ré, até o fechamento desta; (...) que ao que tempo que trabalhou para a<br />

reclama<strong>da</strong> foi só para José Anil<strong>do</strong>” (fl. 416, grifo acresci<strong>do</strong>).<br />

Vale ressaltar que, <strong>do</strong> próprio objeto <strong>do</strong> contrato particular de locação industrial menciona<strong>do</strong><br />

pela recorrente (fls. 66/70), aluguel de prédios, escritórios, máquinas e equipamentos <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />

para a primeira reclama<strong>da</strong>, resta evidente a intenção de mascarar o controle <strong>da</strong>quela sobre esta,<br />

que continuou a ser formalmente administra<strong>da</strong> por filhos <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> sócio (depoimento pessoal, fl.<br />

408).<br />

Assim sen<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong> que restasse aplica<strong>da</strong> a pena de confissão ficta ao reclamante pelo não<br />

comparecimento a uma <strong>da</strong>s audiências apraza<strong>da</strong>s no processo, desconsideran<strong>do</strong>-se que houve a<br />

toma<strong>da</strong> de seu depoimento pessoal no curso <strong>da</strong> instrução, nenhum efeito traria no caso concreto,<br />

face o conjunto probatório <strong>do</strong>s autos, que ampara a tese <strong>da</strong> inicial, nos termos <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentação<br />

supra.<br />

Nega-se provimento ao recurso no tópico.<br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!