Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...
Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...
Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
volta ao índice<br />
volta ao sumário<br />
(...)<br />
PRELIMINARES<br />
1. DA CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA<br />
O segun<strong>do</strong> réu requer a extinção <strong>do</strong> feito sem resolução de mérito em relação ao primeiro,<br />
terceiro e quarto réu, forte no disposto no artigo 769 <strong>da</strong> CLT, combina<strong>do</strong> com o artigo 267, incisos<br />
IV e VI, <strong>do</strong> CPC. Alega que o autor não manteve relacionamento jurídico com estas empresas,<br />
nunca teve direitos em relação a elas e, em conseqüência, não tem interesse processual pela<br />
inexistência de direito lesa<strong>do</strong>. Argumenta que não estão presentes os elementos <strong>da</strong> ação.<br />
O terceiro réu aduz que não tem legitimi<strong>da</strong>de para figurar no pólo passivo <strong>da</strong> deman<strong>da</strong>,<br />
porque o autor não foi seu emprega<strong>do</strong>, embora tenha si<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> por empresa integrante <strong>do</strong><br />
grupo econômico. Refere que os salários <strong>do</strong> autor sempre foram pagos pelo segun<strong>do</strong> réu, bem<br />
como sempre manteve o autor sob sua orientação e disposição, sem jamais existir qualquer<br />
envolvimento <strong>da</strong>s demais empresa <strong>do</strong> Grupo na relação. Diz que a reali<strong>da</strong>de fática demonstra não<br />
haver a configuração <strong>do</strong>s requisitos para a caracterização <strong>da</strong> relação empregatícia com o segun<strong>do</strong><br />
réu.<br />
O quarto réu requer a extinção <strong>do</strong> feito sem resolução de mérito em relação ao primeiro,<br />
terceiro e quarto réu, ten<strong>do</strong> em vista que não estão presentes as condições <strong>da</strong> ação, como<br />
legitimi<strong>da</strong>de de parte e interesse processual. Adverte que o autor nunca foi admiti<strong>do</strong> ou contrata<strong>do</strong><br />
por elas, ou seja, nunca trabalhou ou prestou serviços para elas, não existin<strong>do</strong> relação de trabalho<br />
ou de emprego entre as partes. Relata que o terceiro e quarto réu não trabalham e nem tem<br />
autorização para trabalhar como vigilantes, função alega<strong>da</strong>mente desempenha<strong>da</strong> pelo autor.<br />
1.1. Inicialmente, julgo que o interesse peculiar, distinto, autônomo – e particular – de<br />
exclusão <strong>do</strong> primeiro réu, necessariamente deve ser exercita<strong>do</strong> por ele, pois ninguém pode pleitear,<br />
em nome próprio, direito alheio, salvo quan<strong>do</strong> autoriza<strong>do</strong> por lei, consoante o artigo 6º <strong>do</strong> CPC.<br />
Assim, julgo que falta legitimi<strong>da</strong>de e interesse processual ao segun<strong>do</strong>, terceiro e quarto réu para<br />
postular e defender eventuais direitos <strong>do</strong> primeiro réu relativos à exclusão <strong>da</strong> lide, nos termos <strong>do</strong><br />
artigo 48 <strong>do</strong> CPC.<br />
1.2. Ocorre a carência de ação quan<strong>do</strong> ausentes a legitimi<strong>da</strong>de para a causa, o interesse<br />
processual e a possibili<strong>da</strong>de jurídica <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>. Enten<strong>do</strong> que o autor tem legitimi<strong>da</strong>de para postular<br />
em face <strong>do</strong> juízo, com a finali<strong>da</strong>de de definir o sujeito emprega<strong>do</strong>r; sua pretensão não encontra<br />
ve<strong>da</strong>ção na legislação vigente e o provimento judicial é o meio necessário ao reconhecimento <strong>do</strong><br />
direito.<br />
No caso concreto, a análise <strong>da</strong> aplicabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas jurídicas invoca<strong>da</strong>s para amparar ou<br />
não a pretensão, é questão que se insere no mérito <strong>da</strong> deman<strong>da</strong>, não constituin<strong>do</strong> motivo para a<br />
decretação <strong>da</strong> carência <strong>da</strong> ação. A eventual inexistência de direito material não se mistura à<br />
carência <strong>do</strong> direito subjetivo de ação.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, é incontroverso que as partes representa<strong>da</strong>s em juízo são as mesmas <strong>da</strong><br />
relação de direito material, haven<strong>do</strong>, pois, coincidência entre os sujeitos <strong>do</strong> conflito de interesses e<br />
os <strong>da</strong> relação processual, não se poden<strong>do</strong> então falar em carência de ação.<br />
Rejeito a preliminar.<br />
(...)<br />
MÉRITO<br />
1. DA PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE AÇÃO<br />
:: Ano IV | Número 69 | Janeiro de 2009 ::<br />
Os réus aduzem em defesa a prescrição qüinqüenal.<br />
O processo principal foi ajuiza<strong>do</strong> em 17/08/2006 e o processo em apenso em 13/10/2006,<br />
por isso, pronuncio a prescrição, oportunamente invoca<strong>da</strong> pelos réus, quanto aos eventuais créditos<br />
<strong>do</strong> autor, anteriores a 17/08/2001, em relação aos eventuais créditos <strong>do</strong> autor postula<strong>do</strong>s no<br />
62