17.04.2013 Views

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

Revista Eletrônica 69ª Edição - Tribunal Regional do Trabalho da 4ª ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

volta ao índice<br />

volta ao sumário<br />

:: Ano IV | Número 69 | Janeiro de 2009 ::<br />

processo principal e 13/10/2001, em relação aos pedi<strong>do</strong>s formula<strong>do</strong>s no processo em apenso, por<br />

força <strong>do</strong> que dispõe o artigo 7º, inciso XXIX, <strong>da</strong> Constituição <strong>da</strong> República.<br />

2. DA QUITAÇÃO. DA SÚMULA Nº 330 DO EG. TST<br />

Os réus invocam a incidência <strong>do</strong> entendimento previsto na Súmula nº 330 <strong>do</strong> Eg. TST, quanto<br />

às parcelas consigna<strong>da</strong>s no instrumento de rescisão de contrato.<br />

Considero que a eficácia liberatória <strong>da</strong> quitação forneci<strong>da</strong> pelo emprega<strong>do</strong>, no ato <strong>da</strong><br />

homologação <strong>da</strong> rescisão de contrato, limita-se tão somente, aos valores relativos às parcelas ali<br />

consigna<strong>da</strong>s. Caso contrário, enten<strong>do</strong> que se estaria atribuin<strong>do</strong> eficácia de coisa julga<strong>da</strong> a um ato<br />

administrativo, o que representaria afronta direta ao princípio constitucional <strong>da</strong> indeclinabili<strong>da</strong>de de<br />

jurisdição.<br />

Indefiro o pedi<strong>do</strong>.<br />

3. DA RELAÇÃO JURÍDICA MANTIDA ENTRE AS PARTES. DO RECONHECIMENTO DE<br />

VÍNCULO DE EMPREGO COM O PRIMEIRO RÉU. DA ANOTAÇÃO DA CARTEIRA DE<br />

TRABALHO. DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E/OU SUBSIDIÁRIA PELO<br />

ADIMPLEMENTO DOS CRÉDITOS. DO GRUPO ECONÔMICO.<br />

O autor afirma que começou laborar para o Grupo Rudder em 23/08/1993, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

despedi<strong>do</strong> sem justa causa em 28/03/2005. Refere que foi contrata<strong>do</strong> pelo segun<strong>do</strong> réu, para<br />

exercer a função de vigilante em uma <strong>da</strong>s empresas toma<strong>do</strong>ras de serviços - o primeiro réu.<br />

Acentua que embora tenha si<strong>do</strong> admiti<strong>do</strong> para exercer a função de vigilante, durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong><br />

em que trabalhou para o primeiro réu, realizava função que fugia a sua ativi<strong>da</strong>de contratual, como<br />

comprovam os <strong>do</strong>cumentos junta<strong>do</strong>s. Acentua que, para evitar a contratação de mais um<br />

emprega<strong>do</strong> e ter que remunerar com os direitos assegura<strong>do</strong>s à categoria profissional <strong>do</strong>s<br />

Emprega<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Administração <strong>da</strong>s Empresas de Jornais, <strong>Revista</strong>s e Distribui<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> RS, o primeiro<br />

réu fez a contratação por interposta pessoa, obten<strong>do</strong> benefícios em detrimento <strong>do</strong> autor que teve<br />

frustra<strong>da</strong> uma série de direitos e garantias assegura<strong>do</strong>s pela legislação e normas coletivas,<br />

consideran<strong>do</strong> a condição de emprega<strong>do</strong>. Aduz que as funções desempenha<strong>da</strong>s eram próprias à<br />

função determina<strong>da</strong> pelo primeiro réu (supervisor de segurança), ocorren<strong>do</strong>, sem dúvi<strong>da</strong>, o<br />

desvirtuamento, que na<strong>da</strong> mais foi <strong>do</strong> que um disfarce para não remunerar adequa<strong>da</strong>mente o<br />

deman<strong>da</strong>nte. Acentua que existiam registros de horários produzi<strong>do</strong>s, vista<strong>do</strong>s e controla<strong>do</strong>s<br />

exclusivamente pelo primeiro réu. Refere que, embora existissem tarefas que eram executa<strong>da</strong>s pelo<br />

autor em proveito <strong>do</strong> Grupo Rudder. Salienta que recebia ordens diretas <strong>da</strong> gerência/direção <strong>do</strong><br />

primeiro réu, sen<strong>do</strong> estes que orientavam e dirigiam as tarefas (realiza<strong>da</strong>s pessoalmente pelo<br />

autor), o que determina que a relação empregatícia se formasse diretamente com o toma<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s<br />

serviços – o primeiro réu. Refere que as tarefas desempenha<strong>da</strong>s foram próprias <strong>da</strong> administração<br />

(supervisão de segurança), orienta<strong>da</strong>s e dirigi<strong>da</strong>s pelo primeiro réu, que determinava como iria<br />

proceder nas mais diversas situações <strong>do</strong> dia-a-dia, estabelecia a forma como deveria agir em<br />

relação às empresas presta<strong>do</strong>ras de serviços ou contrata<strong>da</strong>s, inclusive as empresas <strong>do</strong> Grupo<br />

Rudder (que seria seu suposto emprega<strong>do</strong>r), existin<strong>do</strong>, portanto, subordinação direta e<br />

desvirtuamento <strong>da</strong> função que foi inicialmente contrata<strong>do</strong> (vigilante). Requer o reconhecimento <strong>do</strong><br />

vínculo de emprego com o primeiro réu e o reenquadramento com a responsabilização pelos<br />

haveres decorrentes <strong>da</strong> relação de emprego. Alega que em razão <strong>do</strong> desvirtuamento fraudulento no<br />

merca<strong>do</strong> de trabalho terceiriza<strong>do</strong>, que resulta na exploração <strong>do</strong> trabalho humano, com a finali<strong>da</strong>de<br />

meramente empresarial e econômica, o que acarretou a edição <strong>da</strong> Súmula n° 331 <strong>do</strong> Eg. TST.<br />

Adverte que o perío<strong>do</strong> de permanência <strong>do</strong> autor ao dispor <strong>do</strong> primeiro réu, por mais de dez anos, é<br />

mais um fato que justifica o reconhecimento <strong>do</strong> vínculo de emprego com o primeiro réu.<br />

O primeiro réu sustenta que o autor não lhe prestou quaisquer serviços. Aduz que não<br />

contratou, dirigiu ou assalariou o trabalho <strong>do</strong> autor. Informa que mantém contrato com o outro réu,<br />

que se compromete a fazer a guar<strong>da</strong> <strong>do</strong> prédio, sem qualquer ingerência nos serviços internos.<br />

Refere que o autor foi emprega<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro réu, sob cujas ordens fazia a vigilância <strong>do</strong> prédio, sob as<br />

ordens <strong>do</strong> supervisor de seu emprega<strong>do</strong>r. Alega que é inaplicável a parte final <strong>da</strong> Súmula nº 331 <strong>do</strong><br />

Eg. TST, que trata <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de subsidiária. Diz que a relação contratual se deu entre o autor<br />

e a empresa Rudder, com a qual o primeiro réu mantém contrato de prestação de serviços. Acentua<br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!