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Processo discursivo e subjetividade: vozes ... - Maralice Neves

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considerada boa e Roberto, médio. 90 .<br />

146<br />

Independente de como representam a fluência ou do nível maior ou menor que<br />

imaginam que têm, observamos que 9 (75%) dentre os 12 alunos mostram uma insatisfação<br />

com a sua proficiência, considerando-se em um nível muito abaixo daquele a que desejam<br />

chegar; um nível idealizado ainda distante, de domínio total, completo, claro, rápido que<br />

exige prática, empenho, estágios no exterior, facilidade, extroversão, como relatam os<br />

próprios alunos.<br />

(6) A fluência seria você se dar bem nos quatro skills, não é, eu acredito que seja isso, você<br />

poder ah- se expressar oralmente, ah- compreender, na medida do possível o- é- o<br />

inglês- também, não é- escrever bem, então eu acho que seria- no sentido de prática<br />

mesmo. (...) eu acredito que falta ainda muita coisa,(...) eu acredito que eu tenho- eu<br />

tenho que correr um pouco mais atrás, praticar mais...ver mais fitas, tentar conversar<br />

mais em inglês...é- ouvir mais em inglês, não é, pra que eu possa ah- melhorar essa<br />

fluência. (...) mas tem vezes também que a gente tem uma recaída, né, a gente pensa<br />

assim, “Não, não é possível, esse tempo todo estudando inglês e eu ainda tenho<br />

dúvidas tão básicas”(...)tenho um amigo que é...sensacional...ele entrou também com a<br />

mesma base que eu tinha, digamos assim, não é, que ele- essa questão de ter um inglês<br />

bem básico...e é...assim maravilhoso em todos os sentidos, fala muito bem, escreve<br />

muito bem, sabe escutar, tudo, tudo, sabe ler muito bem, muito, muito bom mesmo. Eu<br />

acho que é questão de...é...é isso mesmo, de prática...de buscar um pouco mais. Eu acho<br />

que eu deveria buscar mais sim, sabe? [Vanessa; p. 81 e 86, considerada boa, já leciona]<br />

(7) Não me considero uma pessoa fluente como eu gostaria porque pra mim é...ter fluência<br />

seria ter um vocabulário suficiente pra...ter uma conversação básica sobre assuntos<br />

como casa, trabalho, lazer, escola, talvez até outros assuntos um pouco mais...mais...<br />

profundos, mas um vocabulário mínimo.(...)na fala, por ser um- um momento<br />

espontâneo da pessoa, ela não tem condição de... ficar parando: “Não, eu não queria<br />

dizer isso, peraí, a estrutura gramatical é essa; ah...o jeito certo de pronunciar é<br />

aquele”. Não.. isso não- não cabe numa conversa fluente (...) eu acho que o máximo<br />

que a pessoa poder chegar de proximidade da língua certinha, do- de como as pessoas<br />

falam no país, eu acho que é suficiente (...) eu sou muito falante e eu quero contar tudo<br />

e...às vezes quero ter a mesma fluência que eu tenho em português, eu quero ter no<br />

inglês e isso me frustra muito. (...) aquele que consegue... captar...pelo menos oitenta<br />

por cento do que foi passado pra ele, é o mínimo, porque aí ele vai ter a fluência que ele<br />

necessita pra...pra aquilo que ele...pra direcionar, pra onde ele estava pensando em<br />

aplicar o inglês, no nosso caso, e não me considero um aprendiz de língua...ah...de-<br />

90 Lembramos que estamos considerando nesta parte específica da análise somente os alunos que pertencem às<br />

turmas dos três professores dos quais acompanhamos o processo de avaliação, exatamente porque enfatizamos aqui<br />

o aspecto dialógico do jogo de imagens sobre si, o outro e o referente.

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