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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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<strong>Prevenção</strong> - novas formas <strong>de</strong> pensar e enfrentar o problema<br />

b) Redução <strong>de</strong> Danos<br />

Também chamada <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> riscos, é um conjunto <strong>de</strong> medidas<br />

individuais e coletivas, sanitárias ou sociais cujo objetivo é diminuir os<br />

malefícios ligados <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>drogas</strong> lícitas ou ilícitas.<br />

Estas <strong>de</strong>finições já fazem refletir sobre nossas “pretensões” quando<br />

pensamos em um programa <strong>de</strong> prevenção. Para o ser humano, a vivência<br />

sobre o peso dos chamados fatores <strong>de</strong> risco causa mudanças em sua<br />

vida, não é inofensiva. Mas também não é <strong>de</strong>terminante na sua impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> superação. Se este ser humano contar com seus fatores <strong>de</strong><br />

proteção, po<strong>de</strong>rá superar suas dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Você po<strong>de</strong> então perguntar: mas o que favoreceria essa superação? Será que<br />

alguns <strong>de</strong> nós teríamos esta condição e outros não? Será que a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco em uma comunida<strong>de</strong> e um programa<br />

<strong>de</strong> prevenção que ofereça “fatores <strong>de</strong> proteção” ajudariam no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>stes indivíduos?<br />

Muitos estudos foram feitos com as populações chamadas <strong>de</strong> “alto<br />

risco”. Um estudo longitudinal (Werner –1986-1993) acompanhou 72<br />

indivíduos (42 meninas e 30 meninos) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância até a ida<strong>de</strong> adulta,<br />

nascidos numa ilha do Havaí. Eles eram crianças provenientes <strong>de</strong><br />

famílias pobres, <strong>de</strong> baixa escolarida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> terem baixo peso no<br />

nascimento ou presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências físicas e estresse perinatal. Os<br />

próprios pesquisadores se surpreen<strong>de</strong>ram <strong>ao</strong> verificar, <strong>ao</strong> final do estudo,<br />

que nenhuma <strong>de</strong>stas crianças <strong>de</strong>senvolveu problemas <strong>de</strong> aprendizagem<br />

e <strong>de</strong> comportamento.<br />

Outro grupo estudado era composto por 49 jovens, em que os pais<br />

eram pobres, tinham sérios problemas <strong>de</strong> ab<strong>uso</strong> <strong>de</strong> álcool e sofreram<br />

conflitos familiares <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo. Aos 18 anos, 41% apresentaram problemas<br />

<strong>de</strong> aprendizagem e 51% não apresentaram estes problemas.<br />

Apesar <strong>de</strong> terem características diferentes, os dois grupos foram consi<strong>de</strong>rados<br />

resilientes. Então, todos temos salvação? Po<strong>de</strong>mos ser expostos<br />

a qualquer estresse e sem dúvida sairíamos ilesos? Essas são<br />

perguntas muito importantes, pois temos que estar atentos para não<br />

confundirmos resiliência com invulnerabilida<strong>de</strong>.<br />

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