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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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As <strong>drogas</strong> e os meios <strong>de</strong> comunicação<br />

ressaltando os danos <strong>de</strong>correntes do <strong>uso</strong> ou as estratégias para parar<br />

<strong>de</strong> fumar. O número <strong>de</strong> matérias sobre bebidas alcoólicas, apesar <strong>de</strong><br />

ter crescido <strong>ao</strong> longo dos anos, permaneceu aquém do esperado.<br />

Embora não seja possível <strong>de</strong>terminar a freqüência i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> artigos, <strong>ao</strong> menos<br />

seria esperada uma distribuição mais equilibrada, compatível com os indicadores<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. As bebidas alcoólicas <strong>de</strong>veriam ser as mais discutidas,<br />

uma vez que representam o maior foco <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, seguidas pelo<br />

tabaco. Os solventes e os medicamentos psicotrópicos, amplamente usados <strong>de</strong><br />

forma abusiva pelos jovens, também merecem maior discussão na imprensa.<br />

No entanto, vale ressaltar que, apesar <strong>de</strong> ainda estar <strong>de</strong>scompassado<br />

com a saú<strong>de</strong> pública, o jornalismo avançou muito nas últimas décadas.<br />

Um estudo realizado por Carlini-Cotrim e colaboradores (1994), sobre<br />

as matérias jornalísticas das décadas <strong>de</strong> 1970 e 1980, observou um número<br />

muito pequeno <strong>de</strong> matérias sobre tabaco e álcool e, por outro<br />

lado, enfoques muito alarmistas para as <strong>drogas</strong> ilícitas. O fato <strong>de</strong>, nos<br />

anos <strong>de</strong> 2000 e 2003, ter sido <strong>de</strong>tectado um cenário jornalístico menos<br />

ten<strong>de</strong>ncioso, sugere um amadurecimento e alinhamento gradativos<br />

entre imprensa e saú<strong>de</strong> pública.<br />

Por outro lado, a utilização <strong>de</strong> termos pejorativos e a ênfase “emocional”<br />

estampada nos artigos jornalísticos é fator que ainda merece<br />

atenção, principalmente, por ter sido observada com maior frequência<br />

nos textos <strong>de</strong> “especialistas” (advogados, médicos, <strong>de</strong>ntre outros).<br />

Expressões como “Trata-se <strong>de</strong> um abismo...” e “o flagelo das <strong>drogas</strong>”<br />

são alguns exemplos do quanto o discurso sobre <strong>drogas</strong> recebe o tom<br />

emocional nos mais diferentes setores da nossa socieda<strong>de</strong> (Noto et al.<br />

2003).<br />

Os <strong>de</strong>bates específicos sobre álcool, maconha e cocaína<br />

As matérias sobre bebidas alcoólicas foram abordadas na mídia, em<br />

diferentes perspectivas, com crescente enfoque em políticas públicas.<br />

Alguns temas específicos receberam maior <strong>de</strong>staque como, por exemplo,<br />

as questões relativas <strong>ao</strong> trânsito. Essa abordagem vem acompanhada<br />

<strong>de</strong> uma mobilização social, com a mensagem: se beber não dirija,<br />

se dirigir não beba, legitimada pela maior restrição para o álcool<br />

no trânsito.<br />

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