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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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Legislações e políticas para a criança e o adolescente e a Política Nacional sobre Drogas<br />

As diferenças entre usuário e traficante<br />

Ao se consi<strong>de</strong>rar a questão das <strong>drogas</strong>, é importante saber diferenciar<br />

o usuário do traficante. O usuário é a pessoa que adquire a droga para<br />

consumo próprio, seja <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou não. O traficante é aquele que<br />

produz ou comercializa <strong>de</strong>terminada droga ilícita.<br />

Para a Justiça <strong>de</strong>terminar se a droga se <strong>de</strong>stina <strong>ao</strong> consumo pessoal, é<br />

necessário analisar a quantida<strong>de</strong> da substância, as condições da apreensão<br />

e as circunstâncias sociais e pessoais do portador.<br />

A legislação brasileira sobre <strong>drogas</strong>, datada da década <strong>de</strong> 1970, não fazia<br />

a diferenciação entre traficantes, usuários e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para efeitos<br />

criminais. A legislação atual provocou uma mudança <strong>de</strong> paradigma<br />

na abordagem <strong>de</strong> usuários e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Em lugar da pena <strong>de</strong> prisão,<br />

eles serão submetidos a penas alternativas e encaminhados a tratamento<br />

médico gratuito não compulsório.<br />

Nesse aspecto, as propostas da Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS)<br />

e as políticas públicas brasileiras convergem, <strong>ao</strong> tratarem o <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

como “doente” e não como “<strong>de</strong>linquente”. Assim, os usuários e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> <strong>drogas</strong>, que foram outrora tratados como bandidos, passam<br />

a ser consi<strong>de</strong>rados pessoas que precisam <strong>de</strong> ajuda ou orientação.<br />

Embora a nova abordagem contribua para uma visão mais humanitária<br />

<strong>de</strong>ssas pessoas, a socieda<strong>de</strong> continua a consi<strong>de</strong>rar o usuário <strong>de</strong> <strong>drogas</strong><br />

como criminoso, moralmente <strong>de</strong>sajustado ou cúmplice do crime<br />

<strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> <strong>drogas</strong>, entre outros.<br />

Adolescente usuário <strong>de</strong> <strong>drogas</strong><br />

Para o adolescente, as <strong>drogas</strong>, tanto lícitas como ilícitas, fazem parte da<br />

vida social, das festivida<strong>de</strong>s, da inserção no grupo, embora nem todos<br />

façam <strong>uso</strong> <strong>de</strong>las.<br />

Em geral, o adolescente tem resistência em admitir que o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>drogas</strong><br />

possa lhe causar problemas e gerar uma <strong>de</strong>pendência, o que dificulta<br />

a abordagem da questão. Além disso, o preconceito em torno<br />

do usuário reforça a clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong> em que se inserem as práticas <strong>de</strong><br />

consumo e limita nossa compreensão mais global do fenômeno e as<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção.<br />

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