Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...
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as políticas públicas voltadas para educação e saú<strong>de</strong> convergem para<br />
o território 1 da escola visando contribuir com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do<br />
escolar e tudo que lhes cerca. Essa composição social se <strong>de</strong>fine a partir<br />
do tecido cultural no qual a escola está inserida. Dessa forma, somos<br />
nós que, <strong>ao</strong> mesmo tempo, vivemos nossa cultura e experimentamos<br />
a “dor e o prazer” <strong>de</strong> vivê-la. Esse é um movimento constante <strong>de</strong> renovação<br />
<strong>de</strong> nós mesmos nos espaços em que habitamos e que habita<br />
em nós.<br />
Por meio <strong>de</strong>sse conceito é possível compreen<strong>de</strong>r o sentido <strong>de</strong> “pertencer”<br />
a um lugar, <strong>de</strong> ser parte, responsabilizar-se por ele, construí-lo<br />
coletivamente.<br />
Intersetorialida<strong>de</strong>: O sentido da corresponsabilida<strong>de</strong><br />
O conceito <strong>de</strong> intersetorialida<strong>de</strong> surge como uma estratégia possível<br />
para integrar políticas públicas e respon<strong>de</strong>r efetivamente <strong>ao</strong>s problemas<br />
e vulnerabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado território. A intersetorialida<strong>de</strong><br />
é a “articulação <strong>de</strong> saberes e experiências no planejamento,<br />
realização e avaliação <strong>de</strong> ações para alcançar efeito convergente em<br />
situações complexas visando o <strong>de</strong>senvolvimento, superando a exclusão<br />
social”. Esse modo <strong>de</strong> ver o fenômeno na sua totalida<strong>de</strong>, embora<br />
exigente, pois lida diretamente, não com a divisão, mas com a soma <strong>de</strong><br />
potencialida<strong>de</strong>s, se revela como estratégia social <strong>de</strong> superação <strong>de</strong> problemas<br />
complexos cuja resolução <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da conjunção <strong>de</strong> esforços <strong>de</strong><br />
diversos atores sociais e do compartilhamento <strong>de</strong> suas competências.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um “atrevimento”, em seu sentido mais rico, <strong>de</strong> romper<br />
com posturas reducionistas na resolução <strong>de</strong> situações complexas e com<br />
a presunção <strong>de</strong> achar que um setor sozinho dá conta <strong>de</strong> questões tão<br />
multicausais como as que se apresentam na atualida<strong>de</strong>: <strong>uso</strong> e ab<strong>uso</strong><br />
das <strong>drogas</strong>, violência, <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social, <strong>de</strong>semprego e outras. Essa<br />
soma <strong>de</strong> esforços se estrutura no paradigma dos Direitos Humanos.<br />
É nessa teia que as alianças em prol da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do escolar se<br />
realizam. Assim, o território escolar, espaço coletivo da diferença, tem<br />
o papel fundamental <strong>de</strong> auxiliar o estudante a apren<strong>de</strong>r a ser cidadão,<br />
1 Little <strong>de</strong>fine esse conceito como: “O esforço coletivo <strong>de</strong> um grupo social para ocupar, usar, controlar<br />
e se i<strong>de</strong>ntificar com uma parcela específica <strong>de</strong> seu ambiente biofísico, convertendo-a assim<br />
em seu território” (LITTLE, 2002, p. 3).<br />
255<br />
Conheça um pouco sobre<br />
as cida<strong>de</strong>s educadoras. Um<br />
exemplo <strong>de</strong> território <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong> são as<br />
cida<strong>de</strong>s educadoras on<strong>de</strong><br />
todos são responsáveis<br />
por todos. Entre no site:<br />
http://www.fpce.up.pt/ciie/<br />
OCE/in<strong>de</strong>x.htm e conheça<br />
mais sobre esse projeto.<br />
A seguir, um fragmento<br />
da Carta das Cida<strong>de</strong>s<br />
Educadoras: “Atualmente,<br />
a humanida<strong>de</strong>, não vive<br />
somente uma etapa <strong>de</strong><br />
mudanças, mas uma<br />
verda<strong>de</strong>ira mudança <strong>de</strong><br />
etapa. As pessoas <strong>de</strong>vem<br />
formar-se para uma<br />
adaptação crítica e uma<br />
participação ativa face <strong>ao</strong>s<br />
<strong>de</strong>safios e possibilida<strong>de</strong>s<br />
que se abrem graças à<br />
globalização dos processos<br />
econômicos e sociais, a<br />
fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem intervir, a<br />
partir do mundo local, na<br />
complexida<strong>de</strong> mundial,<br />
mantendo a sua autonomia<br />
em face <strong>de</strong> uma informação<br />
transbordante e controlada<br />
por certos centros <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
econômico e político”.<br />
UNIDADE 13<br />
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