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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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Moreira, Silveira e Andreoli<br />

(2006) citando Marlatt<br />

(1999).<br />

<strong>Prevenção</strong> - novas formas <strong>de</strong> pensar e enfrentar o problema<br />

Já em 1986 e 1987, com a gran<strong>de</strong> contaminação pelo vírus HIV nos<br />

usuários <strong>de</strong> <strong>drogas</strong> injetáveis, na Inglaterra e na Holanda apareceram<br />

os primeiros centros <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> seringas. A proposta era reduzir os<br />

danos que estes usuários causavam a si próprios compartilhando seringas.<br />

Esta ação foi consi<strong>de</strong>rada eficiente na Europa.<br />

Na França, CAVALCANTI (2001) aponta que, antes dos programas <strong>de</strong><br />

distribuição, mais <strong>de</strong> 50% dos usuários compartilhavam suas seringas e<br />

hoje este número é menor que 17%.<br />

No Brasil, na mesma época, também foram feitas tentativas neste sentido,<br />

mas a iniciativa tornou-se um caso <strong>de</strong> polícia. Ainda não conseguíamos<br />

abandonar nossas posições proibicionistas e tratávamos a prevenção<br />

como uma forma <strong>de</strong> repressão. Hoje, já sabemos que a redução <strong>de</strong><br />

danos é muito maior do que só trocar seringas.<br />

Estudos apontam cinco princípios para a redução <strong>de</strong> danos<br />

140<br />

1. É uma alternativa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública <strong>ao</strong>s mo<strong>de</strong>los moral, criminal<br />

e <strong>de</strong> doença.<br />

2. Reconhece a abstinência como resultado i<strong>de</strong>al, mas aceita alternativas<br />

que reduzam danos.<br />

3. É baseada na <strong>de</strong>fesa do <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

4. Promove acesso a serviços <strong>de</strong> baixa exigência, ou seja, serviços<br />

que acolhem usuários <strong>de</strong> forma mais tolerante, como<br />

uma alternativa para as abordagens tradicionais <strong>de</strong> alta exigência,<br />

aquelas que, tipicamente, exigem a abstinência total<br />

como pré-requisito para a aceitação ou permanência do usuário.<br />

5. Baseia-se nos princípios do pragmatismo empático versus i<strong>de</strong>alismo<br />

moralista.<br />

Ao pensarmos a redução <strong>de</strong> danos e colocarmos a abstinência como<br />

um resultado i<strong>de</strong>al a ser alcançado, estamos admitindo que o real não<br />

é o i<strong>de</strong>al. Com esses conhecimentos novos, po<strong>de</strong>mos ampliar nossa vi-

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