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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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Redução <strong>de</strong> Danos, <strong>Prevenção</strong> e Assistência<br />

A troca <strong>de</strong> uma droga por outra que diminua riscos e danos também<br />

é um exemplo <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Danos. É o caso do <strong>uso</strong><br />

da metadona no tratamento <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> opiói<strong>de</strong>s,<br />

como a morfina ou a heroína. A metadona é também um opiói<strong>de</strong> e<br />

igualmente po<strong>de</strong> provocar <strong>de</strong>pendência. Mas, como os riscos e os danos<br />

são menores, esta substância é prescrita em serviços médicos nos<br />

EUA e na Europa como uma forma <strong>de</strong> facilitar a retirada da heroína<br />

ou como substituição, quando os indivíduos não conseguem ou não<br />

querem interromper o <strong>uso</strong>. No Brasil, os casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> opiói<strong>de</strong>s<br />

não são tão comuns, mas quando ocorrem, o tratamento da <strong>de</strong>pendência<br />

também é realizada em serviços médicos incluindo a troca<br />

provisória pela metadona. O <strong>uso</strong> <strong>de</strong> benzodiazepínicos como o clordiazepóxido<br />

ou o diazepan no tratamento da abstinência alcoólica, rotina<br />

nos serviços médicos no Brasil e no exterior, constitui outro exemplo<br />

<strong>de</strong> terapia <strong>de</strong> substituição e, portanto, <strong>de</strong> Estratégia <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong><br />

Danos. Com a terapia <strong>de</strong> substituição, a interrupção do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>drogas</strong><br />

po<strong>de</strong> ser um objetivo a ser alcançado mais adiante. Assim, não há contradição<br />

entre Redução <strong>de</strong> Danos e abstinência como meta, mas sim<br />

entre Redução <strong>de</strong> Danos e abstinência como uma exigência para que<br />

os pacientes recebam serviços.<br />

Desafios<br />

Ainda existem gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios para que os problemas com as <strong>drogas</strong><br />

encontrem soluções mais satisfatórias. Entre estes <strong>de</strong>safios enfrentados<br />

pelos profissionais da Justiça e da Saú<strong>de</strong>, incluímos a situação do risco<br />

sem <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> ajuda. Esta situação é aquela em que o indivíduo, por<br />

conta do seu envolvimento com <strong>drogas</strong>, está colocando sua vida em<br />

risco ou oferecendo risco <strong>de</strong> vida para os <strong>de</strong>mais e, mesmo assim, não<br />

percebe a necessida<strong>de</strong> ou não aceita a necessida<strong>de</strong> do tratamento. Nesta<br />

situação, é importante diferenciar o que é um risco imediato, concreto<br />

e grave e o que é um risco suposto a longo prazo ou menos provável.<br />

Uma situação exemplar <strong>de</strong> risco suposto a longo prazo é o caso das pessoas<br />

que fumam tabaco. Sabe-se da gran<strong>de</strong> chance <strong>de</strong> morte produzida<br />

pela droga (50% das pessoas que fumam morrem <strong>de</strong> doença associada<br />

<strong>ao</strong> fumo, segundo a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) e, no entanto,<br />

não se cogita tratamento compulsório para fumantes. Por outro lado,<br />

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