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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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Estratégias <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Danos no Tratamento<br />

No tratamento baseado em Redução <strong>de</strong> Danos, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> seu objetivo,<br />

metas intermediárias e procedimentos são discutidos com o paciente<br />

e não impostos. A interrupção do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>drogas</strong> quase sempre<br />

é um dos objetivos, mas outros avanços são valorizados, como evitar<br />

colocar-se em risco, melhorar o relacionamento familiar e recuperar<br />

a ativida<strong>de</strong> profissional. A participação do paciente nas escolhas das<br />

metas e etapas do tratamento valoriza e aumenta a sua motivação e<br />

engajamento. Por trajetórias diversas, muitos têm história <strong>de</strong> relacionamentos<br />

conturbados com figuras significativas e este é um dos motivos<br />

pelos quais é comum que pessoas com problemas com <strong>drogas</strong><br />

tenham problemas com sua auto-estima. Esta insegurança é agravada<br />

pelas sucessivas perdas <strong>de</strong>correntes do <strong>uso</strong> das <strong>drogas</strong>. Por isso, reagem<br />

<strong>de</strong> forma negativa e intensa quando se sentem controlados ou criticados<br />

em suas opções.<br />

Muitas vezes pessoas que têm problemas com <strong>drogas</strong> propõem que o<br />

objetivo do tratamento seja controlar o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> forma a não ter mais os<br />

riscos e prejuízos. Os serviços e profissionais que têm experiência neste<br />

campo sabem que é muito raro que estas pessoas consigam este fim e<br />

esforçam-se para motivar o paciente a parar. De toda forma, o tratamento<br />

que tem a Redução <strong>de</strong> Danos como estratégia não se pren<strong>de</strong> <strong>ao</strong><br />

consumo da substância como foco. Os aspectos emocionais e sociais,<br />

os modos como o paciente se relaciona com os <strong>de</strong>mais e consigo mesmo,<br />

a função que tem o <strong>uso</strong> da droga para esta pessoa, são questões<br />

centrais abordadas no tratamento. Com freqüência, a mudança e melhora<br />

nestes aspectos ocorre em paralelo com a mudança na relação<br />

com a droga. No que se refere <strong>ao</strong> <strong>uso</strong> da droga, é comum que diminuições,<br />

interrupções e recaídas ocorram, mas com o estabelecimento do<br />

vínculo terapêutico e a implicação (ou engajamento) do paciente no<br />

tratamento, as mudanças vão se tornando mais sólidas e consistentes.<br />

A evolução flutuante com avanços e recuos, paradas e recaídas também<br />

ocorrem no tratamento com exigência <strong>de</strong> abstinência. Uma das<br />

diferenças é que, com a Estratégia <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Danos, não ocorre a<br />

exclusão daqueles que não querem ou não conseguem interromper o<br />

<strong>uso</strong> da substância.<br />

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UNIDADE 9

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