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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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Redução <strong>de</strong> Danos, <strong>Prevenção</strong> e Assistência<br />

ção do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>drogas</strong>. Este cuidado é importante, inclusive, porque há<br />

pessoas que, mesmo estando abstinente há muitos anos, continuam<br />

tendo sua vida girando em torno da droga ou persistem com formas <strong>de</strong><br />

se relacionar com os que mantêm os mesmos problemas que tinham<br />

quando usavam <strong>drogas</strong>.<br />

No entanto, as equipes experientes no tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

<strong>drogas</strong> também sabem que a plena implicação do sujeito com o seu<br />

tratamento, em geral, não é a regra do que ocorre com os que iniciam<br />

um tratamento, nem se produz imediatamente. A motivação varia <strong>de</strong><br />

um paciente para outro e, com freqüência, a motivação <strong>de</strong> um mesmo<br />

paciente é flutuante, oscilando em diferentes momentos <strong>de</strong> sua trajetória.<br />

Este é um dos motivos pelos quais apren<strong>de</strong>mos que não po<strong>de</strong>mos<br />

ter uma atitu<strong>de</strong> passiva e ficar esperando que o paciente <strong>de</strong>cida se tratar.<br />

Também não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar por conta do paciente tomar todas as<br />

<strong>de</strong>cisões sobre os procedimentos indicados no tratamento, pois, sendo<br />

a motivação instável, o paciente po<strong>de</strong> colocar obstáculos <strong>ao</strong> tratamento<br />

que facilitem que a situação se mantenha inalterada.<br />

Assim, as posturas extremas como impor o tratamento, exigir abstinência e todas<br />

as mudanças <strong>de</strong> conduta ou, por outro lado, simplesmente aguardar que<br />

cada paciente tome todas as <strong>de</strong>cisões são igualmente equivocadas e improdutivas.<br />

Então, como sair <strong>de</strong>ste impasse?<br />

Para respon<strong>de</strong>r a esta pergunta, estudiosos <strong>de</strong> diferentes linhas teóricas<br />

têm se <strong>de</strong>dicado a investigar e a propor técnicas para ajudar os pacientes<br />

que não estão plenamente motivados (ou implicados) para o<br />

tratamento a se aproximarem <strong>de</strong>ste estágio. Estudiosos da Psicologia<br />

Cognitivo-Comportamental e da Psicanálise se <strong>de</strong>dicam a investigar o<br />

que <strong>de</strong>nominam, respectivamente, <strong>de</strong> “Motivação para a Mudança” e<br />

“Constituição da Demanda <strong>de</strong> Tratamento”.<br />

Não sendo este espaço o mais indicado para o aprofundamento <strong>de</strong> tais<br />

teorias, optamos por <strong>de</strong>stacar algumas <strong>de</strong> suas observações mais relevantes.<br />

Entre os aspectos mais importantes sobre a motivação (ou implicação)<br />

<strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> <strong>drogas</strong>, é importante <strong>de</strong>stacar questões como<br />

ambiguida<strong>de</strong>, controle da vonta<strong>de</strong> e vínculo terapêutico.<br />

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