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Prevenção ao uso indevido de drogas - Grupo Apoio Fraterno ...

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minhamentos para tratamentos compulsórios, “nos mol<strong>de</strong>s da Justiça<br />

Terapêutica” .<br />

Equipes experientes no tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>drogas</strong> sabem<br />

que os melhores resultados ocorrem quando os pacientes estão fortemente<br />

envolvidos com o tratamento. Isto significa que os pacientes<br />

se encontram francamente motivados, não apenas para participar dos<br />

vários procedimentos terapêuticos propostos, mas também para mudanças<br />

psíquicas e comportamentais.<br />

Pacientes motivados aceitam com mais empenho participar com assiduida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tratamento psicoterápico e grupos <strong>de</strong> ajuda-mútua. Quando<br />

necessitam medicação, engajam-se em manter a regularida<strong>de</strong> das<br />

doses prescritas e o comparecimento às consultas. Mas, mais importante<br />

do que a participação do paciente nas práticas do tratamento, é a<br />

sua disposição para mudanças psíquicas e <strong>de</strong> comportamento. As mudanças<br />

psíquicas envolvem, por exemplo, abrir mão <strong>de</strong> uma postura <strong>de</strong><br />

oposição <strong>ao</strong> tratamento, à equipe e à família, passando a se responsabilizar<br />

pelas conseqüências <strong>de</strong> suas escolhas. No campo da psicoterapia,<br />

esta nova postura se manifesta pelo surgimento <strong>de</strong> reflexões do paciente<br />

sobre suas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento e sobre a função <strong>de</strong> alívio<br />

<strong>de</strong> conflitos ou sofrimento psíquico que a droga po<strong>de</strong> exercer para ele.<br />

Um paciente motivado ou implicado no tratamento respon<strong>de</strong> às indagações<br />

e hipóteses propostas pelos terapeutas, tomando-as como<br />

questões para si, ou seja, produzindo novas formas <strong>de</strong> pensar sobre si<br />

mesmo, suas escolhas e seus comportamentos. Mais do que isto, um<br />

paciente engajado no tratamento, propõe questões sobre si e as leva<br />

<strong>ao</strong> terapeuta, está atento às respostas do terapeuta e observa <strong>de</strong> que<br />

forma as experiências e os modos <strong>de</strong> agir <strong>de</strong>scritos por outros pacientes,<br />

companheiros <strong>de</strong> grupo, são semelhantes <strong>ao</strong>s seus. Ao invés <strong>de</strong><br />

perceber o tratamento como algo imposto por outro, o sujeito passa a<br />

percebê-lo como uma ferramenta sua para encontrar formas mais satisfatórias<br />

<strong>de</strong> viver. As mudanças no comportamento como a melhora<br />

no relacionamento com a família, o afastamento <strong>de</strong> pessoas com quem<br />

ele usava <strong>drogas</strong>, o interesse em ativida<strong>de</strong>s produtivas (educação ou<br />

trabalho) são conseqüências <strong>de</strong>stas mudanças psíquicas, da melhora do<br />

bem estar emocional e também (mas não exclusivamente) da interrup-<br />

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UNIDADE 9

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