Editorial - Andes-SN
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US41:<strong>Andes</strong> 36 12/07/11 17:17 Página 47<br />
trans formam rapidamente em decretos. O úl ti -<br />
mo, editado em 24 de abril de 2007, que institui<br />
o Programa de apoio a planos de rees truturação<br />
e expansão das universidades federais – REUNI<br />
– é mais uma prova in conteste. Vejamos:<br />
[...] o programa tem como meta global a elevação<br />
gradual da taxa de conclusão média dos cursos<br />
de graduação presenciais para noventa por<br />
cento e da relação de alunos de graduação em cursos<br />
pre senciais por professor para dezoito, no<br />
final de cin co anos, a contar do início de cada<br />
plano (BRASIL, Decreto nº 6.096, art. 1º, § 1º).<br />
Esse decreto propiciará novas<br />
práticas às IFES, já qualificadas pe -<br />
los seus proponentes co mo efica -<br />
zes, fle xíveis, atuais. A adesão, po -<br />
de mos antecipar, dar-se-á, não só<br />
por que os seus pares definem tal<br />
proposta como justa, mas porque<br />
ou tros, embora teçam críticas, difi -<br />
cilmente resis tirão ao aceno dos re -<br />
cursos finan cei ros, previs tos no re -<br />
ferido de creto.<br />
Produção do conhecimento versus produtivismo e a precarização do trabalho docente<br />
É para essa universidade<br />
que se apresentam<br />
propostas de reforma.<br />
Mas há uma outra,<br />
que não existe, e, quanto<br />
mais desprezamos a<br />
necessidade de construí-la,<br />
mais a primeira é reduzida<br />
em seu poder instituinte.<br />
Enfim, de qual universidade se fala? Há uma,<br />
essa em que esta mos inseridos. Ela é constituída<br />
de to das as suas particularidades, quais se jam,<br />
prédios, cursos, as pec tos ad ministrativos, aspec -<br />
tos acadê micos, compondo o que a tra dição uni -<br />
ver sitária quali fi cou como pes quisa, en sino e ex -<br />
tensão. É para essa uni versidade que se apre sen -<br />
tam pro postas de reforma. Mas há uma outra,<br />
que não existe, e, quanto mais despre za mos a ne -<br />
cessidade de construí-la, mais a primeira é redu -<br />
zida em seu poder instituinte. Falamos de uma<br />
uni versidade em que os professores con sagrem<br />
sua vida à de fesa radical da verdade,<br />
sem disputas, indi vi duais ou de<br />
grupos, por cargos, por preferência<br />
de turnos de trabalho, para não dar<br />
aulas na sex ta-feira ou na segundafeira,<br />
sem disputas po lítico-parti dá -<br />
rias, sem preferências por uma tur -<br />
ma, sem elogios falsos para um gru -<br />
po ou outro. Falamos, também, de<br />
uma univer si dade cujos alunos ver -<br />
dadeiramente estudem, não ape nas<br />
no período de provas, mas porque<br />
Universidade e sociedade<br />
DF, ano XVII, nº 41, janeiro de 2008 - 47