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Editorial - Andes-SN

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US41:<strong>Andes</strong> 36 12/07/11 17:22 Página 81<br />

Produção do conhecimento versus produtivismo e a precarização do trabalho docente<br />

DECRETOS OBJETIVOS FORMAIS ALGUMAS CONSEQ NCIAS<br />

51.460<br />

(1¡/01/07)<br />

51.461<br />

(1¡/01/07)<br />

51.471<br />

(02/01/07)<br />

51.636<br />

(09/03/07)<br />

51.660<br />

(14/03/07)<br />

Disp e sobre as altera es de denominaFragmenta o o: a educa o b sica fica na Secretaria<br />

e transfer ncias que especifica, define da aEduca<br />

o; o Centro Paula Souza, na Secretaria<br />

organiza o b sica da Administra o de Desenvolvimento, desmembrado da Unesp; e as<br />

Direta e suas entidades vinculadas e universidades estaduais, na Secretaria de Ensino<br />

d provid ncias correlatas.<br />

Superior (rec m criada). A FAPESP fica na<br />

Secretaria de Desenvolvimento.<br />

Organiza a Secretaria de Ensino Superior Ataca a autonomia universit ria; desconhece a<br />

e d provid ncias correlatas.<br />

pesquisa b sica, privilegiando a operacional ;<br />

ignora o trip que caracteriza as universidades —<br />

Ensino/Pesquisa/Extens o; sequer prev o - finan<br />

ciamento das universidades e nem sua articula o<br />

com a educa o b sica.<br />

Disp e sobre a admiss o e a contrata o Veda, de por tempo indeterminado, a admiss o ou<br />

pessoal na Administra o Direta e Indireta contrata o de pessoal, no mbito do Estado, - ati<br />

e d provid ncias correlatas.<br />

vidades agora ainda mais centralizadas no<br />

Executivo, via Secretaria de Gest o P blica.<br />

Fixa normas para a execu o or ament - Obriga as universidades a ingressarem no<br />

ria e financeira do exerc cio de 2007 e Siafem/SP d e autoriza a Secretaria da Fazenda a<br />

provid ncias correlatas.<br />

deduzir — das libera es financeiras do Tesouro<br />

do Estado — valores equivalentes s contribui es<br />

previdenci rias patronais n o recolhidas pelas<br />

universidades (art. 12).<br />

Institui a Comiss o de Pol tica Salarial A CPS estabelece as diretrizes de pol tica salarial<br />

(CPS) e d provid ncias correlatas. e a Secretaria de Gest o P blica conduz as<br />

Composi o da CPS: Secret rios da Fazenda, negocia es salariais junto s entidades - repre<br />

de Economia e Planejamento, de Gest o sentativas dos servidores integrantes da<br />

P blica, do Emprego e Rela es do Trabalho Administra o Direta e das Autarquias. Todas as<br />

e Procurador Geral do Estado.<br />

reivindica es, institui es ou revis -es<br />

de van<br />

tagens e benef cios ser o analisadas previamen -<br />

te pela Unidade Central de Recursos Humanos<br />

da Secretaria de Gest o P blica.<br />

adicional para o funcionalismo caso a arrecadação<br />

do ICM viesse a superar a que era então prevista<br />

pelos secretários (SERRA, 1980, p. 105).<br />

Acrescentava ainda:<br />

[...] o comportamento do Governo do Estado no<br />

que se refere à questão social e cultural não se des -<br />

do bra apenas nas evidências anteriores. Com efei -<br />

to, os exemplos parecem renovar-se ininter rup -<br />

tamente, confirmando o caráter socialmente re gres -<br />

sivo do Governo que administra o Estado mais de -<br />

senvolvido da Federação (Idem, p. 105-6).<br />

Esse notório político é o atual governador do<br />

Estado, José Serra. Suas palavras, cujo desejo de<br />

serem “esquecidas” deve ser grande, foram pu bli -<br />

cadas pela Folha de S. Paulo, em 23 de ou tubro de<br />

1979. Isso seria irrelevante – afinal, tem sido fre -<br />

qüente o mote “esqueçam o que eu escrevi” –, se<br />

não estivéssemos, hoje, diante de um dos mais<br />

sérios ataques contra as universi da des paulistas,<br />

cujo executor é justamente o go vernador Serra .<br />

De 1979 para cá, o que mudou? Muita coisa,<br />

evidentemente, haja vista a diametral inversão<br />

que levou o então crítico da política governa men -<br />

tal ao posto de governador. O que pouco mudou<br />

foi o tratamento dado pelo governo à educação.<br />

Isso não significa que estamos diante de um pro -<br />

ces so histórico linear, mas sim de tendências his -<br />

tó ricas que apontam para um mesmo processo em<br />

curso: a necessidade da reestruturação global dos<br />

Estados-nacionais, que se desenvolve desde os<br />

anos de 1970. Vale lembrar a experiência-pilo to<br />

de governos neoliberais no Chile, comandada por<br />

Augusto Pinochet. Nesse processo, retiram-se do<br />

Universidade e sociedade DF, ano XVII, nº 41, janeiro de 2008 - 81

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