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Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP

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cujo total atingiu 6,8 milhões de hectares que resultaram em ren<strong>da</strong> bruta anual de R$ 15,9<br />

bilhões, em 2005. Numa estimativa que os autores consideram conservadora, admitindo<br />

um valor médio <strong>da</strong> produção por uni<strong>da</strong>de de área na agropecuária paulista de R$ 1,5 mil<br />

por hectare (aqui não incluídos os produtos granjeiros), a recomposição <strong>da</strong>s áreas como<br />

reserva legal representaria uma redução <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> agropecuária bruta paulista de R$ 5,6<br />

bilhões, ou seja, per<strong>da</strong> de 17,7% na ren<strong>da</strong> setorial de 2005. Isto sem contar os custos <strong>da</strong><br />

recomposição <strong>da</strong> reserva legal e o multiplicador <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> agropecuária para o conjunto <strong>da</strong><br />

cadeia de produção <strong>da</strong> agricultura do Estado. Estes incluídos atingir-se-ia o valor de R$<br />

67,0 bilhões, segundo cálculos dos autores. No tocante ao pessoal ocupado, ao tomar o<br />

contingente atuante na agropecuária em 2005, que totalizou 1,05 milhão de pessoas,<br />

retirando-se os proprietários que representam 356,8 mil pessoas (33,9%), as outras<br />

categorias alcançam 695,2 mil pessoas (66,1%). Com a per<strong>da</strong> de 3,7 milhões de hectares,<br />

manti<strong>da</strong> a mesma proporção média de pessoal por uni<strong>da</strong>de de área <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de atual, os<br />

autores estimam que 136,1 mil pessoas perderão ocupação na agropecuária. Isto<br />

representa 19,6% do pessoal ocupado exclusive proprietários; ou seja, a per<strong>da</strong> do emprego<br />

de uma pessoa em ca<strong>da</strong> cinco que atualmente trabalham na agropecuária paulista como<br />

não-proprietários, concluem os autores.<br />

O então Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg,<br />

em resposta ao artigo de Gonçalves & Castanho Filho (2006), rebate os números<br />

apresentados, em carta que foi publica<strong>da</strong> no mesmo periódico. Goldemberg recor<strong>da</strong> que o<br />

Decreto Estadual n o 50.889/2006 permite a recuperação <strong>da</strong> reserva legal em áreas de<br />

menor valor econômico, além de prever, para tal, o prazo de 30 anos. Goldemberg refaz<br />

os cálculos do impacto <strong>da</strong> reserva legal sobre o faturamento do setor, salientando que a<br />

área em uso no Estado de São Paulo para lavouras, onde a exigência de cumprimento do<br />

que determina o Código <strong>Florestal</strong> será mais relevante, é de 6,7 milhões de hectares.<br />

Calculando 20% sobre a área de 6,7 milhões de hectares, chega a 1,34 milhão de hectares.<br />

A um custo de recomposição de quatro mil reais por hectare, o setor teria de despender<br />

R$ 5,36 bilhões para recuperar tal área de reserva legal. Considerando que esse valor<br />

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