Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP
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Tratando mais especificamente <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong> reserva legal como instrumento de<br />
política ambiental, Rigonatto (2006) calculou o custo de oportuni<strong>da</strong>de de conservação de<br />
áreas de reserva legal e simulou o valor de subsídios necessários à aplicação deste<br />
instrumento de política ambiental, analisando <strong>da</strong>dos do município de Montividiu, Estado<br />
de Goiás. Os custos de oportuni<strong>da</strong>de do uso dos solos (soma <strong>da</strong> receita sacrifica<strong>da</strong> com<br />
ativi<strong>da</strong>des agropecuárias e dos custos para manutenção e proteção <strong>da</strong> reserva legal) de<br />
uma amostra de produtores de Montividiu foram expandidos para o estado, para efetuar as<br />
simulações. Considerando uma produção estadual mista (agricultura e pecuária), o valor<br />
estimado do subsídio foi de 2,02 bilhões. Para <strong>da</strong>r uma idéia do que representa esse valor,<br />
o autor esclarece que ele equivale a 5,5% do PIB do Estado de Goiás, a mais de 273% do<br />
orçamento para segurança pública, 159% do orçamento <strong>da</strong> saúde e 111% do orçamento <strong>da</strong><br />
educação estaduais. A magnitude desses números mostraria, por outro lado, o elevado<br />
custo econômico <strong>da</strong> reserva legal para os proprietários, com os quais eles estariam<br />
arcando sozinhos, para benefício de to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de. O autor considera, ain<strong>da</strong>, que aliado<br />
à resistência dos produtores em cumprirem a lei, <strong>da</strong>dos os custos subjacentes, o Estado<br />
tem se mostrado incapaz de aplicar instrumentos de monitoramento e fiscalização, o que<br />
resulta na baixa eficácia do instrumento de reserva legal. Considera que essa ineficácia<br />
sugere a aplicação de políticas mistas, combinando-a com outros instrumentos.<br />
Romeiro & Garcia (2008) fizeram uma estimativa do custo de oportuni<strong>da</strong>de para<br />
incorporação <strong>da</strong> reserva legal na área de uso agrícola <strong>da</strong> Bacia dos rios Mogi Guaçu e<br />
Pardo, em sua porção localiza<strong>da</strong> na região nordeste do Estado de São Paulo. Os cálculos<br />
se referem apenas à parcela de área que deverá ser incorpora<strong>da</strong> na forma de <strong>Reserva</strong><br />
<strong>Legal</strong>, isto é, a parcela que deixará de ser utiliza<strong>da</strong> para uso agrícola e que aqui é<br />
considera<strong>da</strong> de 443,4 mil hectares. A estimativa não abarca os custos de implantação e/ou<br />
recuperação <strong>da</strong> vegetação natural, nem de sua manutenção. O custo de oportuni<strong>da</strong>de<br />
médio foi obtido considerando-se os usos agrícolas com cafeicultura, cana-de-açúcar,<br />
culturas anuais, fruticultura, pastagem, seringueira e silvicultura, atingindo o valor de R$<br />
3,3 bilhões, na safra 2002/03, montante concentrado, principalmente na ativi<strong>da</strong>de pastoril<br />
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