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Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP

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forma sustentável, prevenir per<strong>da</strong>s econômicas futuras, administrar de modo eficiente o<br />

manejo <strong>da</strong> vegetação nativa e encorajar o envolvimento dos proprietários e <strong>da</strong><br />

comuni<strong>da</strong>de no manejo <strong>da</strong> vegetação (SINDEN, 2003 citando o NSW Department of Land<br />

and Water Conservation, 1998). Este Ato havia sido precedido pela State Environmental<br />

Planning Policy 46 (SEPP 46), de agosto de 1995, que tinha objetivos similares. Os<br />

proprietários não podem usar as áreas de matas e de pastagens nativas, exceto em algumas<br />

exceções. O uso somente pode se <strong>da</strong>r através <strong>da</strong> solicitação dos proprietários e posterior<br />

aprovação do Departamento de Conservação do Solo e <strong>da</strong> Água (DLWC, <strong>da</strong> sigla em<br />

inglês). O balanço entre proteção e desmatamento é determinado por comitês regionais -<br />

Comitê Regional de Manejo <strong>da</strong> Vegetação, estabelecido através do Ato - e que devem<br />

preparar os planos regionais de manejo. As questões de eficiência e equi<strong>da</strong>de são assim<br />

remeti<strong>da</strong>s ao nível do comitê e do planejamento regional.<br />

Em seu trabalho, Sinden (2003) teve preocupação especial em estu<strong>da</strong>r o<br />

cumprimento do objetivo relacionado à equi<strong>da</strong>de, no caso australiano. Para tanto, analisou<br />

os custos oriundos <strong>da</strong> legislação que atingiam os proprietários: per<strong>da</strong>s nos ingressos,<br />

redução do valor <strong>da</strong> terra, custos de manutenção <strong>da</strong>s áreas de conservação e outros que<br />

acompanham as exigências do DLWC para permitir o uso <strong>da</strong>s terras com vegetação<br />

nativa, além de tratar de identificar a disposição dos proprietários em proteger a vegetação<br />

nativa, em face de tais custos. Também analisou como estes custos se distribuíam entre<br />

diferentes tipos de proprie<strong>da</strong>des e entre as famílias rurais e urbanas. O autor justificou seu<br />

trabalho frente à limita<strong>da</strong> literatura que analisa os custos em que incorrem aos<br />

proprietários para se conservar a vegetação natural nas proprie<strong>da</strong>des.<br />

O autor avaliou que os produtores de gado seriam os mais afetados com o Ato,<br />

comparativamente aos que produziam grãos e algodão, pois os pecuaristas detinham<br />

maior extensão de vegetação nativa com restrição de desmatamento, e maior dificul<strong>da</strong>de<br />

em sustentar os custos, <strong>da</strong>do apresentarem os ingressos mais baixos. Assim, seriam os<br />

produtores mais pobres os mais fortemente impactados com o Ato. Em relação aos preços<br />

pagos pelas terras, o Ato contribuiria para a sua redução em cerca de 20%.<br />

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