Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP
Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP
Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1.4 POLÍTICA AMBIENTAL E SEUS INSTRUMENTOS<br />
O intenso debate acerca <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção do meio ambiente passa pela reconheci<strong>da</strong><br />
necessi<strong>da</strong>de de se tomarem medi<strong>da</strong>s para proteção dos ecossistemas, compatibilizando a<br />
sua preservação com os objetivos de desenvolvimento econômico.<br />
Para tanto, a ciência econômica oferece um instrumental analítico que pode<br />
auxiliar na proteção dos ecossistemas e seus serviços. As ferramentas econômicas se<br />
consubstanciam na chama<strong>da</strong> Política Ambiental, cujo objetivo principal é “ ... induzir ou<br />
forçar os agentes econômicos a adotarem posturas e procedimentos menos agressivos ao<br />
meio ambiente, ou seja, reduzir a quanti<strong>da</strong>de de poluentes lançados no ambiente e<br />
minimizar a depleção dos recursos naturais” (LUSTOSA et al., 2003, p. 139).<br />
Margulis (1996) enfatiza que, <strong>da</strong><strong>da</strong> a escassez de recursos, os governos devem<br />
restringir (focar) seu espectro de ação. As políticas ambientais, portanto, deveriam<br />
estabelecer priori<strong>da</strong>des para os diversos problemas e intervenções. Para o autor, os<br />
critérios geralmente usados na hierarquização dos problemas ambientais são os<br />
ecológicos, os sociais e os econômicos, mas admite que, em última instância a decisão<br />
quanto a priori<strong>da</strong>des é sempre um processo político.<br />
Para implementar as políticas, os governos consideram o cumprimento dos<br />
seguintes objetivos: i) conveniência (a intervenção governamental se justifica); ii)<br />
eficácia (é provável que a política alcance seu objetivo); iii) eficiência (os benefícios <strong>da</strong><br />
política excedem os custos); iv) equi<strong>da</strong>de (como se <strong>da</strong>rá a distribuição dos benefícios e<br />
custos) (SINDEN, 2003).<br />
Daly e Farley (2004) descrevem seis princípios para o desenho de políticas<br />
econômicas: i) para ca<strong>da</strong> objetivo independente perseguido pela política, requer-se um<br />
instrumento independente; ii) as políticas devem buscar alcançar o grau necessário de<br />
controle no nível macro, com o mínimo sacrifício <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de no nível micro; iii) as<br />
políticas devem admitir uma margem de erro quando tratam com o meio ambiente físico;<br />
iv) as políticas devem reconhecer como ponto de parti<strong>da</strong> as condições históricas <strong>da</strong><strong>da</strong>s; v)<br />
44