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Impacto Econômico da Reserva Legal Florestal Sobre ... - LERF - USP

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para os quais julgaram necessário estabelecer limites no planeta: mu<strong>da</strong>nças climáticas;<br />

taxa de per<strong>da</strong> de biodiversi<strong>da</strong>de; interferência nos ciclos de nitrogênio e fósforo; depleção<br />

<strong>da</strong> cama<strong>da</strong> de ozônio; acidificação dos oceanos; uso <strong>da</strong> água doce global; mu<strong>da</strong>nças no<br />

uso <strong>da</strong>s terras; poluição química e carga de aerosol na atmosfera. Segundo sua análise, a<br />

humani<strong>da</strong>de se aproxima rapi<strong>da</strong>mente dos limites para uso <strong>da</strong> água doce, mu<strong>da</strong>nças no<br />

uso dos solos e interferência no ciclo do fósforo. Já para os processos de mu<strong>da</strong>nças<br />

climáticas, taxa de per<strong>da</strong> de biodiversi<strong>da</strong>de e interferência no ciclo de nitrogênio talvez já<br />

se tenham ultrapassado tais fronteiras. Nestes três últimos casos, as atuais taxas de<br />

alterações não poderiam persistir sem erodir, significativamente, a resiliência de<br />

importantes componentes para o funcionamento do sistema terrestre.<br />

Uma vez defini<strong>da</strong> a escala, o problema seguinte a ser resolvido é a questão <strong>da</strong><br />

distribuição, isto é, o problema <strong>da</strong> repartição dos direitos de uso dos bens e serviços<br />

ambientais. O desafio <strong>da</strong> distribuição remete à discussão <strong>da</strong> equi<strong>da</strong>de e justiça na<br />

responsabilização <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de na conservação dos recursos do planeta (ANDRADE et<br />

al., 2006).<br />

Somente em segui<strong>da</strong> tem-se o problema <strong>da</strong> alocação eficiente. A alocação não é<br />

eficiente quando a distribuição de direitos ou deveres pré-determina também a alocação<br />

correspondente, não <strong>da</strong>ndo margem de liber<strong>da</strong>de para os agentes econômicos<br />

(ANDRADE et al., 2006) 16 .<br />

Escala sustentável, distribuição equitativa e alocação eficiente estão relaciona<strong>da</strong>s,<br />

mas suas soluções são distintas e através de instrumentos de política independentes.<br />

Daly & Farley (2004) enfatizam que o mercado não conduz à equi<strong>da</strong>de na<br />

distribuição e tampouco à escala sustentável. Para Romeiro (2003), crescimento<br />

econômico, proteção ambiental e equi<strong>da</strong>de social deveriam ser interdependentes,<br />

16<br />

Estes autores analisam o problema <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças climáticas: a alocação seria ineficiente se ca<strong>da</strong> país fosse<br />

obrigado a reduzir seus níveis de emissão de acordo com a cota que lhe foi distribuí<strong>da</strong>, alocando os recursos<br />

necessários para isso. Neste caso, a ineficiência alocativa surgiria do fato de a matriz energética de ca<strong>da</strong> país<br />

apresentar características específicas e, portanto, custos distintos de redução de emissões. A eficiência alocativa seria<br />

muito maior se um país com alto custo de redução de emissões (decorrente, por exemplo, de uma matriz energética<br />

com alto percentual de participação de uni<strong>da</strong>des geradoras relativamente novas) pudesse cumprir a cota que lhe foi<br />

atribuí<strong>da</strong> através do investimento em redução de emissões em outro país onde este custo fosse muito menor.<br />

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