iii congresso brasileiro de iniciação científica anais 2011 - Unisanta

Caracterização da frota direcionada a pesca de emalhe na
praia do Guaiúba, Guarujá, Brasil
Vitor Alvarenga Horta, Mariana Galvão de Azevedo, Nayla de Oliveira
Fargnoli, Jorge Luis dos Santos
Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade Santa Cecília
Introdução: A pesca é realizada em embarcações de pequeno porte, como canoas, barcos
de madeira motorizados ou botes de alumínio (Begossi, 2004), os quais são de fácil
manuseio na praia. Vários trabalhos indicam relação direta entre os aspectos físicos das
embarcações que compõe a frota às variáveis ambientais, econômicas, sociais e culturais,
sendo de fundamental importância o conhecimento dessas relações para a manutenção de
comunidades pesqueiras. (Diegues, 1983 e 1995; Silvano, 1997). Objetivos: Analisar os
aspectos físicos e tecnológicos da frota e a área de pesca dos pescadores da Praia do
Guaiúba. Gerar subsídio para os trabalhos científicos que tratem das relações entre aspectos
tecnológicos e a área de atuação dos pescadores locais. Metodologia: A praia do Guaiúba é
conhecida pela ocorrência pela pesca de pequeno porte direcionada a captura de peixes
diversos, com a respectiva venda deste produto ao comércio local. Desenvolvimento: Os
dados foram coletados no ano 2011 em visitas ao local para as observações das artes de
pesca e embarcações utilizadas. Foram obtidos dados de comprimento, material de
fabricação da embarcação, presença ou ausência de motor, além de petrechos de pesca
utilizados e área de pesca. Resultados preliminares: Os comprimentos das embarcações
variaram entre 3m e 7m sendo 88% casco de alumínio e o restante de materiais variáveis.
Em relação aos métodos de pesca, a rede de emalhe apresentou 100% de utilização sendo
as formas: de fundo (50%) e de superfície (50%). Todas as redes apresentaram a poliamida
monofilamento como material de confecção e as malhas variaram entre 70mm e 120mm
entre nós opostos. A área de atuação esteve entre os paralelos (24°00’54,87’’S e
24°03’00,05’’S) e profundidade de 15m nas proximidades da Ilha da Moela. Por se tratar de
uma praia eventualmente abrigada, encontraram-se barcos relativamente pequenos com
casco de alumínio ou madeira e alguns com motor de popa, por ser mais manobrável e
facilitar a passagem pela zona de arrebentação ou remos, já que as redes são deixadas
próximas à praia.
Fontes consultadas
Begossi, A. 2004. Artisanal fisheries in the SE Brazilian coast: using fisher information towards local management. In:
Pineda FD, Brebbia C. A. (eds.). Sustainable Tourism. WIT Press, Southampton, UK.
DIEGUES, A.C. 1995. Povos e Mares: Leituras em Sócio- Antropologia
Marítima. São Paulo, NUPAUB- USP.
SILVANO, R. A. M.1997. Ecologia de Três Comunidades de Pescadores do Rio
Piracicaba (SP). Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas
Instituto de Biologia. Campinas, SP.
III Congresso Brasileiro de Iniciação Científica, 18 a 19 nov 2011 Página 76