iii congresso brasileiro de iniciação científica anais 2011 - Unisanta
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Diversida<strong>de</strong> dos cnidários medusói<strong>de</strong>s (águas-vivas) e<br />
sua possível influência na pesca artesanal na Praia do<br />
Forte (Praia Gran<strong>de</strong>, SP)<br />
Alessandra Vallim Lima, Gabriel Sousa Conzo Monteiro, André Carrara Morandini<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia, Universida<strong>de</strong> Santa Cecília<br />
Introdução: O termo água-viva refere-se a forma medusói<strong>de</strong> dos cnidários. Os animais do<br />
filo Cnidaria são bastante simplificados possuindo apenas duas camadas celulares, uma única<br />
abertura corporal e simetria radial (Brusca & Brusca, 2007). Os cnidários possuem estruturas<br />
intracelulares única no reino animal (as cnidas); tais estruturas servem tanto para <strong>de</strong>fesa<br />
quanto para captura <strong>de</strong> alimento. A presença <strong>de</strong>stas cnidas confere a capacida<strong>de</strong> urticante<br />
conhecida para algumas espécies. Medusas são consi<strong>de</strong>radas os maiores organismos<br />
planctônicos (Pereira & Soares-Gomes, 2009) e algumas espécies po<strong>de</strong>m ocorrer em gran<strong>de</strong><br />
número e agregados causando prejuízos a ativida<strong>de</strong>s humanas (pesca e turismo).<br />
Objetivos: Os objetivos <strong>de</strong>ste projeto são: i<strong>de</strong>ntificar as espécies <strong>de</strong> medusas que ocorrem<br />
na Praia do Forte (Praia Gran<strong>de</strong>, SP) com ênfase nas macromedusas (> 5 cm) pertencentes<br />
às classes Hydrozoa, Cubozoa e Scyphozoa; verificar a ocorrência das espécies mais comuns<br />
ao longo do período <strong>de</strong> um ano; quantificar a biomassa (peso úmido) das espécies mais<br />
comuns discutindo sua influência na pesca artesanal na região e os possíveis impactos nela<br />
causados. Metodologia: Os animais estão sendo coletados mensalmente por um ano,<br />
através <strong>de</strong> amostragens <strong>de</strong> fauna acompanhante <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espera. As medusas são<br />
separadas, i<strong>de</strong>ntificadas (segundo Morandini et al., 2005), medidas e pesadas. Alguns<br />
exemplares são preservados para <strong>de</strong>pósito em coleção <strong>de</strong> referência (MZUSP) e os restantes,<br />
<strong>de</strong>volvidos ao mar. Desenvolvimento: Os espécimes são coletados diretamente nas re<strong>de</strong>s<br />
que ficam na água um período mínimo <strong>de</strong> 8 horas, a malha varia <strong>de</strong> 07 a 11, as re<strong>de</strong>s são<br />
lançadas a uma distância média <strong>de</strong> 4 km da costa. Ao recolher as re<strong>de</strong>s, apenas a biomassa<br />
dos peixes e medusas são consi<strong>de</strong>rados sendo, os últimos, pesados em balança <strong>de</strong> precisão.<br />
Resultados preliminares: Nota-se uma variação nos dados <strong>de</strong> um mês para o outro, tanto<br />
com relação ao peso total <strong>de</strong> medusas como à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies nas coletas.<br />
Encontramos até o momento cinco espécies <strong>de</strong> medusas. Em média, 3 kg <strong>de</strong> águas-vivas<br />
estão presentes na re<strong>de</strong> trazida a bordo (<strong>de</strong> um total <strong>de</strong> aproximadamente 30 kg). A espécie<br />
mais comum é Lychnorhiza lucerna equivalente a 11% do peso total das re<strong>de</strong>s em quatro<br />
meses <strong>de</strong> coleta. Nota-se também um predomínio <strong>de</strong>ssa espécie na re<strong>de</strong> boeira (malha 10),<br />
o motivo po<strong>de</strong>ndo apenas se especulado como relacionado à sua biologia.<br />
Fontes consultadas<br />
Brusca, R.C. & Brusca, G.J. (2007) Invertebrados.Guanabara-Koogan, Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Marques, A.C., Morandini, A.C. & Migotto, A.E. (2003) Synopsis of knowledge on Cnidaria Medusozoa from Brazil.Biota Neotropica,3,1-18.<br />
Morandini, A.C., Ascher, D., Stampar, S.N. & Ferreira, J.F.V. (2005) Cubozoa e Scyphozoa (Cnidaria: Medusozoa) <strong>de</strong> águas costeiras do<br />
Brasil. Iheringia, Série Zoologia, 95,281-294.<br />
Pereira, R.C. & Soares-Gomes, A. (2009) Biologia Marinha. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Editora Interciência<br />
III Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Iniciação Científica, 18 a 19 nov <strong>2011</strong> Página 77