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Revista_Black_Rocket_Ed5

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— Sei... Segundo seus estudos ela jamais se machucou em todo seu tempo de vida, mesmocom tudo o que fizeram. Não seria agora a primeira vez.— Isso não impede que ela sinta dor!— E o que impede? Um sedativo extraforte? — Isso fez com que a aspirante a cientista secalasse e um choque estremecesse o corpo inteiro da garota na maca. — É... Eu sei muito mais do quevocê pensa. Por exemplo, sei que diversas vezes a doparam para tentar quebrar seus ossos; ao descobrirque eles se tornavam quase elásticos, forçaram para ver até que ponto poderia ir. E também...— Cala a boca! — A mulher gritou em prantos, pouco antes de levar um murro tão forte noestômago que a fez cuspir sangue.— Nunca mais me mande calar a boca — censurou Hans pausadamente, enquanto limpavacom um lencinho de renda os pingos de sangue de seu terno —, isso me deixa muito irritado.Marta! — Virou-se e caminhou outra vez até a maca, onde a diminuta criatura já se encolhiaassustada. — Eu adoraria ter tempo para todas aquelas coisas que vocês jovens sonham, comovestidos de noiva e véu com grinalda, mas não tenho. Então teremos de ser bem mais diretos. —Ela apenas balançou a cabeça, indicando confusão. Hans se afastou novamente, indo até a bancadaatrás de uma de suas roupas antigas. — Espero que isso ainda sirva para algo. — Ato seguido,abotoou em sua roupa, sem nenhum cuidado ou cerimônia, o microfone que ela sempre usava. —Agora creio que você já possa falar.— O que você quer de mim afinal? — foi a primeira coisa que saiu pelos alto-falantes.— Lindos e saudáveis filhotes... — A resposta a deixou atônita. — Como eu disse, tentamosreproduzir os experimentos que criaram você, sem sucesso... Mas a última de nossas tentativasunindo um óvulo seu, retirado enquanto você estava sedada, aos espermatozoides daquele que veioantes de você resultaram em um embrião que teria seguido adiante nas condições corretas... Ouseja: dentro do seu corpinho. Tudo o que precisa é abrigar esse bebê, cuja hipófise anterior bombardearemospara produzir mais hormônios do crescimento. Aos poucos vamos melhorar sua raçapara torná-la grande o suficiente para servir a nação.— O quê? Você é doente! Já viu o tamanho dela? Não seria capaz de suportar uma gestação!Ela poderia explodir! — Delina gritava, tentando se soltar. Não podia acreditar no que ouvia.Estava com medo que algo acontecesse à sua menininha...— Se eu fizer isso vai deixá-la ir? — Marta parecia resignada.— Sim. Eu prometo. — Novamente aquele sorriso que fazia gelar até o coração de um urso polar.— Então, está bem... — disse de cabeça baixa, enquanto ouvia o desespero da mãe. Deixouselevar até uma mesa próxima ao computador central, onde se encontrava a jaula do animal citado.Era peludo e tinha quase o dobro de seu tamanho, além de não parecer muito inteligente. Seusdentes eram quadrados e tortos e a boca fedia muito, deixando-a nauseada. Sua aparência era a deum roedor gigante, mas as mãos e pés possuíam cinco longos dedos, como os humanos ou osmacacos. Os olhos eram quase brancos, o que significava que por alguma falha genética ele erapraticamente cego. A luminosidade daquela parte da sala era bastante reduzida.— Olá... — A garota ensaiou um início de conversação, mas, ao ouvir o som pavoroso, quebem poderia ser uma risada, que o ser emitiu, simplesmente desistiu de qualquer assunto.— Agora deixarei os dois pombinhos a sós para que possam se conhecer. Toda sua, garanhão...— e saiu rindo.A PEQUENA MARTA CEPO111

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