12.07.2015 Views

Revista_Black_Rocket_Ed5

Revista_Black_Rocket_Ed5

Revista_Black_Rocket_Ed5

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Lúcifer K se ajeitou o melhor que pode na cadeira desconfortável e relaxou. O gordão queriafalar de negócios.— Isso mesmo! Uma Megalon adaptada para transporte de carga e passageiros. Não é muitogrande ou confortável, mas com certeza é uma das melhores naves hatolonianas. Rápida e ágil.— Muito útil no seu ramo de trabalho. — Lúcifer K apenas sorriu de volta como resposta aocomentário. — Normalmente eu utilizaria um dos transportes regulares do clero. Mas infelizmenteainda demorará alguns ciclos e a carga precisa ser entregue com urgência em Tar-Babir.— Carga perecível, hein?— Viva, para ser mais preciso. Mas não há necessidade de saber o que é. Você pegará ocontêiner lacrado e o entregará lacrado em Tar-Babir em dois dias.Para Lúcifer K a coisa agora era óbvia. O sacerdote gordo havia negociado o exílio de algumendinheirado. Alguém que podia ser reconhecido se permanecesse muito tempo em Shah-day,quem sabe um político em desgraça ou um criminoso procurado. Mas isso não importava. Negóciossão negócios.A solenidade a entediava. Por mais que Salariel procurasse, não conseguia encontrar ninguémque lhe despertasse interesse. A comitiva do barão mostrara-se tão insípida quanto o próprio. Atémesmo o comandante do cruzador acabou provando ter a mentalidade burguesa digna de um solariano.Caminhava perto das mesas e dividia sua atenção entre os estranhos quitutes alienígenas e osconvidados da recepção. Tinha que admitir que os ibadânios sabiam organizar uma festa. A mesaera farta e disposta em níveis de altura adequados às várias espécies presentes. Esticou o braço epegou uma frutinha translúcida e rosada. Com uma mordida suave rompeu a pele fina e o sumolevemente azedo espalhou-se pela boca.Foi com alivio que viu o Barão Malaty adentrar o salão acompanhado pelo idoso PatriarcaCrocir. Logo a parte cerimonial terminaria e ela poderia retornar às suas atividades. Isso se sobrevivesseao tédio e ao mal gosto do barão. Roupas extravagantes e adornos reluzentes. Estaria eleenvolvido em algum tipo de competição com o senil patriarca de Ibadan?Em outro ponto do salão, Lúcifer K aproveitava a boca-livre e atacava sem nenhum pudor obufê, empilhando no prato de cristal qualquer coisa que lhe parecesse comestível. Naquele instanteestudava com desconfiança uma espécie de camarão esverdeado. Guloseima ou veneno?Desistiu da iguaria quando percebeu pelo canto de olho a aproximação da Tenente-CoronelSalariel. Afastou-se discretamente. A rigorosa hatoloniana era a última pessoa na estação que elegostaria de encontrar. Oculto atrás de um grupo de convidados, aproveitou para estudá-la. Não erabonita. Era magra e alta demais, em torno de dois metros e dez. O peito reto como tábua. Afinalnão são mamíferos. Pelo menos as ancas largas permitiam algumas ideias mais voluptuosas. A peleazulada era exótica e, sabia por experiência, sedosa ao tato. Balançou a cabeça para afastar osestranhos pensamentos, seu novo contratante lhe acenava.Atravessou o salão até onde o Diácono Bafur conversava com um hatoloniano.SHAH-DAY9

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!