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Revista_Black_Rocket_Ed5

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Lúcifer K chegou à porta do contêiner e digitou a senha comprada de um ibadânio. A luzdentro do contêiner se acendeu, branca e brilhante, iluminando algumas dezenas de jovens e criançasassustadas, sentados em pequenos grupos no chão almofadado. Solarianos, debubianos,draconianos, outras raças e uma hatoliana.Ele encostou a porta e apoiou a testa no aço frio. Por quê? Por que tinha que ter uma criançahatoliana? Estou morto! O império vai me caçar até no inferno, me trazer de volta e executar-menovamente. Malditos hatolianos! Apesar do discurso de honra, eram tão cafajestes quanto qualquerrato de esgoto. Não se pode confiar nem na realeza. Lúcifer K sorriu da própria desgraça.Preciso fazer um acordo, preciso de um hatoliano vivo.Encontrou alguns guardas mortos e o Coronel Pation com parte da cabeça destruída por umtiro de fuzil. Também encontrou a Tenente-Coronel Salariel com as costas apoiadas num engradado.Ela lhe apontava a pistola, o braço apoiado no corpo do barão caído sobre ela.Lúcifer K ergueu os braços.— Eu não sabia! Juro que não sabia. Precisa acreditar em mim!Salariel continuou apontando a arma para o centro do peito do solariano.— OK. Você não acredita em mim, mas eu vou confiar em você. Vamos fazer um trato. Eusalvo você e as crianças e você alivia o meu lado. — Lúcifer K olhou para cima, a intensidade daluz estava aumentando. — Não temos muito tempo. O safado aí — apontou para o corpo do barão— deve ter alterado os protocolos. Seu pessoal não vai conseguir interromper o processo de esterilizaçãoa tempo. Você vai deixar aquela criança hatoliana morrer?Sua última cartada, e funcionou. Salariel abaixou a arma.— Então? Temos um trato?A hatoliana confirmou com um aceno de cabeça. Lúcifer K arrastou o corpo do barão. Aferida no abdômen da comandante parecia grave, o uniforme dela estava empapado com sanguecor de chocolate.— Isso vai doer — avisou, antes de erguê-la nos braços. Ele a carregou até o contêiner,chutou a porta e a colocou no chão almofadado.Desta vez, o solariano trancou a porta ao sair, correu até o terminal e ativou os trilhos magnéticosque se estenderam através do portão para o exterior da nave. Enquanto corria para o portão,seguindo o contêiner, afixou a máscara que trazia pressa à cintura e saltou no vácuo. Por controleremoto, religou o radiofarol da Vésper. Agora era esperar pelo resgate e rezar para que a hatoliananão morresse.Enquanto isso, no depósito, o sistema de esterilização atingiu o auge, exterminando qualquerforma de vida.Após duas semanas, a Tenente-Coronel Salariel retonou à ponte. Ainda sentia dores no abdômene caminhava com dificuldade sob o olhar apreensivo da tripulação. Na posição de comando, havia umacadeira de espaldar alto. Ela se sentou, rilhando os dentes, e apoiou as mãos nos braços da cadeira.No holograma geoide era possível ver o ponto azul do Cruzador Imperial e o ponto amarelo do14AGUINALDO PERES

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