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Revista_Black_Rocket_Ed5

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Ela abriu lentamente os olhos quando as ondas de dor que percorriam seu corpo finalmenteatingiram a altura desse orgão. O clarão súbito de luz branca fez com que os fechasse novamente.Desta vez contou até dez, começou a abri-los devagar para se acostumar com a luz. A fonte era umaluminária de teto, com lâmpadas fluorescentes. O teto era branco, sem marcas. Seus olhos começarama percorrer o recinto. Paredes brancas, sem qualquer janela. Uma divisória. Forçando os olhospara a direita (o pescoço estava muito duro, como se tivesse com torcicolo), viu o criado-mudocom um vidro de remédio e duas seringas. Um frasco de soro estava conectado ao seu braço direito.Olhando para o outro lado, um monitor de batimentos cardíacos.Por que não ouvi o barulho do monitor?, ela se perguntou ao perceber que até o momento emque viu o aparelho não tinha ouvido seu bipe.Tentou levantar a cabeça o máximo que podia, mas parecia que estava soldada à cama. Mesmoassim, viu que bem na frente de onde estava deitada tinha uma porta fechada, sem nenhumamarca distintiva, branca como tudo mais naquele quarto.Estou num quarto de hospital, concluiu. No reflexo da tela do monitor, viu uma mulher nacasa dos trinta anos, olhos castanho-claros e cabelos também castanho-claros, ondulados, cortadosna altura do queixo.Foi quando a sensação de terror que estava esperando apenas uma chance de aparecersurgiu como um relâmpago em sua mente.Ela não se reconhecia no reflexo.Ela não se lembrava de quem era.Quem sou eu?, pensou. O que aconteceu?Tentou abrir a boca para falar durante o que pareceu vários minutos... sem sucesso.Inspirou profundamente de olhos fechados, para recuperar o fôlego. Abriu-os desúbito, ao ouvir um par de vozes falando, como se viessem de muito longe.— Mas, delegado, você acha que ela vai acordar? — uma voz de mulher, claramentepreocupada e estranhamente familiar.— Bom, os médicos dizem que sim, o golpe não foi tão forte — uma voz de homem,preocupada também, mas tentando parecer otimista.Quem são vocês? Onde estão? Procurava a fonte das vozes, lançando o olhar de umlado para o outro. Não havia ninguém no quarto.— E lembre-se, ela uma vez já acordou de um trauma muito maior.Ela é uma verdadeira Fênix — a voz masculina acrescentou.— Mas raio cai duas vezes no mesmo lugar? — a voz de mulherperguntou, claramente assustada com a possibilidade que a respostafosse não.É de mim que vocês, seja quem forem, estão falando?,perguntou-se, desesperada. De que trauma vocêsestão falando?Por um momento, pareceu que havia alguémno quarto, mas a sombra desapareceu quando a portawww.revistablackrocket.net -49

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