12.07.2015 Views

Revista_Black_Rocket_Ed5

Revista_Black_Rocket_Ed5

Revista_Black_Rocket_Ed5

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Devo estar sendo levada para a nave-mãe itiana, na melhor das hipóteses para interrogatório.Poderia facilmente imaginar outras coisas bem piores.Sanchez, o que devo fazer?, pensou.Enquanto imaginava diversas cenas nas quais roubava a pistola de um dos itianos e disparavacontra eles, começou a ouvir batidas como uma chuva pesada caindo em telhas de zinco. Aos poucoso som das pancadas foi crescendo sem que houvesse qualquer indicação de movimento da nave.Também não se via na cabine o seu captor itiano ou ouvia-se outro som que não o das pancadas.O ruído agora era ensurdecedor e algumas pancadas vinham acompanhadas de sacudidas danave. A nave sofreu uma inclinação brusca com uma pancada mais forte, fazendo com que Linafosse jogada dentro da pequena cela batendo fortemente com a cabeça. Ela se segurava na gradequando, do outro lado, uma batida foi tão violenta que a parede foi amassada de forma que ela pôdecolocar a mão para fora pelo vão. Conseguiu alcançar o trinco da porta e sair bem a tempo, pois apróxima pancada reduziu a cela à metade de seu tamanho, fazendo Lina chocar-se com os objetosda sala onde se encontrava.Sem perder um segundo ela correu, agarrando uma haste de metal pesado cuja utilidadeoriginal desconhecia e não se importou em especular, mas que daria um excelente porrete casocruzasse com um de seus captores. A porta se encontrava aberta e ela saiu para a sala onde foratorturada. Pareceu-lhe que era a sala de controle da nave porque, às costas do local onde estiveraamarrada, via-se uma enorme janela transparente à frente de um painel com controles.Surpreendeu-se ao ver que, ao contrário do que pensava, ainda se encontrava no solo e Carina-1469 brilhava alto em seu segundo dia como sobrevivente no planeta. Uma espécie de ave, parecidacom um corvo gigante, esvoaçava do lado de fora trazendo nas patas um grande pedregulho negro.Viu outras aves surgirem e, quando se aproximaram suficientemente, deixaram cair a cargacontra a nave itiana como se fosse uma bomba. Algumas carregavam pedras muito maiores emconjunto de quatro ou cinco animais, e Lina imaginou que seriam capazes de amassar a nave combastante severidade. Não se viam itianos em lugar algum. Sabia que havia animais no planeta, masnão se informara sobre detalhes sobre esles, já que sua função tinha sido levantamento topográficoda parte desértica do planeta. Apesar disso, tinha certeza de que não esqueceria qualquer menção apássaros assassinos jogadores de pedras!Sem pensar muito, sentou-se aos controles, entre pancadas e sacudidas, prendendo-se aocinto de segurança bem maior do que ela. Assim que se viu presa à cadeira olhou para a infinidadede comandos. Não ousava sair da nave, não com aquelas coisas lá fora e, possivelmente, itianos nascercanias.Havia uma série de incompreensíveis alavancas e chaves, botões e cristais no painel de controle.Tudo era marcado com a característica escrita itiana, que se assemelhava ao cirílico. Tentouuma série deles até que sentiu uma vibração na nave, que acreditou ser o motor ligando. Apertoubotões e movimentou alavancas até que, ao alçar uma delas, a nave deu uma sacudida e subiusacolejando bastante. Ao que parecia tinha subido cerca de trezentos metros de uma arrancada só,estabilizando-se nessa altura precária. Antes que Lina pudesse raciocinar muito sobre o assuntopercebeu que, pouco a pouco, a nave perdia altura ladeando-se para a esquerda.Tentou localizar os controles que mantinham a nave estabilizada, movimentando as alavancascom mais suavidade. A nave não respondeu e continuou se inclinando em um ângulo estranho,EL DESERTO E MIRALEJOS69

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!