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Revista_Black_Rocket_Ed5

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se abriu e uma mulher entrou, carregando um frasco de soro. Usava um uniforme branco de enfermeira,era alta e loira, com frios olhos verdes e um sorriso cruel no rosto. A moça no leito dohospital ficou intimidada com a recém-chegada, mas mesmo assim tentou chamar a atenção delapiscando várias vezes.A enfermeira trocou o soro e parou ao lado da cama. Olhou pensativamente para a pacienteenquanto arrumava o travesseiro do leito.— Então você recuperou a consciência, Senhorita Misteriosa — disse numa voz rouca, comum suave sotaque europeu que fez a moça no leito pensar se já a conhecia.Senhorita Misteriosa?— Vou avisar o doutor, mas não creio que vai fazer diferença para você.Por quê?— O acidente te deixou completamente paralisada — a enfermeira informou insensivelmente,sem olhar para a paciente. — Exceto pelos olhos, é claro — acrescentou, como se fosse umdetalhe sem importância.O QUÊ?— Você está completamente incomunicável, sofre do que os médicos chamam de “Síndromedo Aprisionamento” — a enfermeira recitou. — Pena que você não tivesse identificação no momentodo acidente, porque não podemos contatar sua família. — Ela deu de ombros. — Mas talvezisso seja melhor, não é? Assim eles não precisam se preocupar em cuidar de um vegetal — aenfermeira concluiu e se virou para sair do quarto.Que raio de enfermeira é você, sua miserável?, a paciente silenciosa gritou em sua mente.Uma sensação de poder estranhamente familiar surgiu em seu cérebro, como se um gerador derepente fosse ligado na potência máxima e sua energia fosse transmitida num único relâmpago.A enfermeira caiu no chão, como se tivesse sido derrubada com um golpe na cabeça. Algunsminutos depois, a sádica de branco se levantou e olhou para a mulher amnésica, um brilho mortalnos olhos.— Ponto para você, querida — ela disse, com um gesto de atenção. — Mas lembre-se, quemcontrola a agulha controla sua dor. — E então saiu, fechando a porta com um estrondo.O cérebro da paciente estava a mil. Ela tinha feito aquilo? Tinha derrubado a enfermeira?Mas como? Teria alguma coisa a ver com aquela sensação estranhamente familiar, segundos antes?Mentalmente sacudiu a cabeça, já que fisicamente seu corpo não respondia. Antes de tudo,tinha que sair daquele quarto e descobrir quem era de verdade. Por horas, tentou mover nem quefosse seu dedo mindinho, mas não conseguiu nenhum resultado, exceto o suor percorrendo seucorpo cansado.Voltou então para o problema de sua identidade: quem era ela?Fechou os olhos e começou a inspirar e expirar de forma ritmada, para ver se conseguia seconcentrar e recuperar a memória. Horas se passaram sem qualquer resultado. Era como se algoestivesse mantendo suas memórias longe do alcance dela!A frustração cresceu a cada tentativa malsucedida. De repente a sensação voltou ao cérebrodela e o vidro de remédio caiu ao chão.50JOSHUA FALKEN

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