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Revista_Black_Rocket_Ed5

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Com o coração apertado, ela já voava de volta, mesmo sob os protestos da mãe, que eramantida firme nos braços de Herwern para evitar fazer alguma bobagem. A garota estava já tãoperto que Hans quase conseguia pegá-la, quando um sem-fim de animais pulou sobre ele.— Mas... O quê? — Marta já não entendia mais nada.— Ele nos trancou, maltratou e queria que morrêssemos. Vimos a porta aberta e foi a chance— disse o macaco com sua voz rouca e pausada. Em nenhum momento passou pela cabeça deMarta que ficaria tão feliz ao vê-lo.— Vocês podem até fugir, mas isso jamais acabará ate que milhares de cópias suas em tamanhoreal humano estejam circulando por aí, Marta Cepo! — O homem gritava tentando se desvencilhardas quimeras. – Sempre haverá alguém atrás de vocês.Marta não queria admitir, mas o que ele disse fazia sentido. Os olhinhos se encheram de águae o queixo tremeu, mas não podia chorar. Tinha de ser forte. Lançou um olhar para os outros, quecompreenderam de imediato suas intenções. No fundo era o que todos queriam. Marta voltou-separa o casal humano que se abraçava, tentando evitar os horrores de ver dezenas de quimerasdevorando um homem vivo.— Melhor sair. Eles vão explodir o local pra que ninguém possa ter acesso à pesquisa. O serhumano ainda não está pronto para isso...Baixou a cabeça enquanto voava na direção da saída, guiando os dois. Assim que os viu forae a uma distância segura, deu meia-volta e se enfiou dentro da sala outra vez, ativando as travas desegurança. Delina foi quem primeiro notou, mas mesmo correndo não conseguiu chegar a tempona porta, dando com ela fechada.— O que você esta fazendo?— Me certificando de algumas coisas...— Saia já daí! Você mesma disse que precisávamos sair, pois eles vão explodir tudo e... —Delina se tocou de que Marta nunca disse que todos precisavam sair. — Sai daí! — começou agritar e bater na porta como louca. Herwern já estava atrás dela, mas vira nos olhos da pequena queela estava decidida e sabia que não havia mais nada a fazer além de chorar a dor da perda que viria.— Ele estava certo. Enquanto eu existir alguém me caçará, ate me encontrar... E não vãodescansar até descobrirem como criar outros. O mundo ainda não está preparado para seres comoeu. Como nós... — indicou os animais a seu redor. Seu microfone estava ligado ao sistema de somdo prédio, o que possibilitava que a ouvissem mesmo de fora da sala. — Cuidem um do outro epreocupem-se com o que realmente importa. Deixem que a vida siga seu próprio curso e lutempara salvar vidas, que é o que tanto gostam. Um dia a ciência e a humanidade estarão em pé deigualdade em evolução... E quando esse dia chegar vocês saberão o que fazer.Marta abriu um sorriso. Os roedores já haviam iniciado o trabalho com os cabos em busca deum curto-circuito e não demorou muito para o local ser dominado por chamas e fumaça. Herwernpuxou Delina para longe, fugindo da explosão que levou tudo pelos ares. Ali, naquele túmulo deescombros, foram descobertos mais tarde inúmeros corpos. Todos carbonizados. Aberrações dosmais variados tipos. Mas nenhum coincidia com a descrição da pequenina... Nenhum sinal de quetivesse existido ou deixado de existir. Sua história virou lenda, passada de geração em geraçãoatravés dos tempos, mostrando que não é necessário ser grande para fazer grandes coisas.A PEQUENA MARTA CEPO113

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