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Revista_Black_Rocket_Ed5

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Então o vagão parou e abriu as portas. Os dois saíram. Alana tentava desesperadamentedigerir o que tinha ouvido. Estava confusa com tudo aquilo.Estavam em uma sala comprida com teto alto e bem iluminada. A parede do fundo pareciaum aquário de água muito azul onde flutuava uma miríade de objetos perfeitamente alinhados quebrilhavam como diamantes, negros como a noite. Fritz pousou a mão sobre o que parecia ser ovidro do aquário e imediatamente uma estreita prateleira que ia do chão ao teto deslizou suave esilenciosamente. Só então Alana notou que aquilo não era um aquário, mas um tipo de armárioonde as joias negras eram guardadas em estranhos cubos que pareciam ser feitos de água, massólidos como vidro.— Aqui está a cura para seu pai e também para mim — disse para Alana que estava maravilhadacom o que via.Antes que Fritz alcançasse um dos cubos, uma barulhenta rajada de disparos atingiu suascostas e ele caiu pesadamente. Alana se virou e viu Phillips apontando para ela a metralhadora como cano fumegante. Ele tinha um ferimento feio no rosto e um de seus olhos, verde como umaesmeralda, parecia o de um réptil.— Não tente nada estúpido, senhorita. Está tudo acabado.— O que você fez com Nikolai?— Ele quase levou a melhor, mas apenas quase não foi suficiente.— Estamos apenas tentando salvar meu pai. Deixe-nos em paz.— Não creio que isso seja possível, senhorita.Então uma faca atirada por Fritz atingiu a perna de Phillips próximo da virilha, fazendo-ocambalear enquanto levava uma das mãos ao ferimento. Alana aproveitou a oportunidade paraempunhar a metralhadora que tinha pego de Fritz e levava às costas, disparando em direção aocaçador de recompensas. Dois tiros acertaram o braço que segurava a arma, obrigando-o a soltá-la.Então ele arrancou a faca da perna e com um improvável salto para trás sumiu dentro do vagão quetinham usado para chegar ali.Com o canto dos olhos, Alana viu Fritz perder a consciência. Apesar de gravemente feridoele havia tentado salvá-la com a pequena porém letal faca de lançar que tinha escondida em algumlugar na roupa. Mas agora Alana tinha uma metralhadora e Phillips apenas uma faca, a situaçãoestava a seu favor.— Abaixe a arma — ordenou Phillips. — Esta guerra não é sua. Renda-se e a deixarei voltarpara seu pai com a cura que veio buscar. Não tenho interesse em você ou em qualquer ser humano.Alana não respondeu. Abaixada, tentou se esconder atrás da prateleira aberta. Era uma situaçãocomplicada. Phillips poderia tentar atingi-la com a faca, assim como Fritz fizera com ele, eentão tentar alcançar a arma que havia deixado cair. Tinha de tomar muito cuidado.— Minha paciência está se esgotando. Abaixe logo essa arma e renda-se, ou não terei piedadede você.— Vá se ferrar — respondeu Alana, tentando demonstrar uma coragem que na realidadenão tinha.O que saltou pela porta do vagão em direção ao alto da parede oposta era algo que Alananunca tinha visto em sua vida, uma criatura azul-escura, a cabeça feia como a de um gárgula, numa44CHARLES DIAS

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