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Revista_Black_Rocket_Ed5

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O animal começou a farejá-la, como um cão faria, salivando e grunhindo. Dava medo, masMarta tentava se manter serena e parada. Quem sabe assim a criatura desistisse. Mas antes que essepensamento pudesse se instalar de vez em sua mente, o primeiro ataque veio. A criatura a agarroue jogou-se por cima de seu corpo, grunhindo mais alto e querendo rasgar suas roupas, enquanto elagritava tentando se desvencilhar. Era doloroso demais para Delina assistir aquilo, mas seu algozparecia se deliciar.Nesse momento um dardo tranquilizante pousou certeiro no lombo do bicho, fazendo-o tombarimediatamente ainda mais pesado sobre sua vítima. Hans estranhou e olhou de onde viera a talmunição a tempo de ver um punho voando em sua direção. A origem era o braço do doutor Herwern,que depois de torturar seu antigo aluno — o mesmo que o traíra em busca de fama e fortuna,entregando sua localização — descobriu como encontrar as pessoas mais importantes de sua vida.Marta se contorceu e arrastou o corpo para fora do peso, mas acabou perdendo o equilíbrio ecaindo no chão, uma altura de pouco mais de um metro, mas suficiente para causar dor extrema porcausa de seu tamanho. Com muita dor, tentou se erguer, mas não conseguia mexer as pernas. Seuorganismo se adaptava e regenerava de uma forma absurda, mas a queda havia tirado algo do lugare só pararia de sentir dor quando tudo estivesse como deveria. Delina estava em choque haviaalgum tempo e o cientista tentava livrá-la das cordas quando tudo ocorreu. Não sabia se deixavasua assistente e ia ajudar a pequena, ou o contrário...Em seus segundos de hesitação, algo completamente inesperado aconteceu. Os gritos de dorde Marta tiraram Delina de seu torpor, permitindo-lhe ver uma cena que a acompanharia pela vidatoda. Como Marta não podia andar, a natureza encontrou um novo caminho. A uma velocidadeestonteante, asas cresciam no corpo da menina. Os dedos se alongavam, a pele esticava em umamembrana fina que permitia visualizar suas veias com perfeição, um processo doloroso e queparecia não ter fim.— O que usou para criá-la? — a mulher perguntou, pois realmente não sabia que animaistinham feito parte do processo.— Tudo aquilo que de alguma forma se encaixou... Em algum ponto do desespero e dasnoites sem dormir comecei a brincar de quebra-cabeça com todos os animais dos quais tinha materialgenético... E disso ela surgiu. Como uma espécie de evolução...— A união de todas as coisas do mundo trazendo a harmonia e a evolução... Isso chega a serpoético... — Delina estava devaneando.Precisava tirá-la dali, mas também não poderia sair enquanto não tivesse a certeza de queMarta estava bem, algo que notou não precisar de preocupação extra ao vê-la voando para juntodos dois.— Ei... Como você está? — O tom preocupado voltou à voz da mulher. — Por favor, me digaque não virou um anjo depois daquela queda, pois não sei se suportaria perder você...— Estou bem e acho que pareço mais um morcego... — disse, rindo um pouco. Ainda sesentia dolorida, mas não queria preocupá-los mais. — Temos de ir embora daqui o mais rápidopossível. Vamos...— Não tão depressa... — a voz trevosa de Hans soou. — Vocês acreditam mesmo que podemsimplesmente ir embora com minha riqueza? — Ele apontava uma arma de fogo para o casal. —Venha pra cá, sua vampirinha maldita, e ninguém vai se machucar... Muito.112TATIANA RUIZ

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